Nao e segredo para ninguem que a velha midia (grupos Globo, Folha de Sao Paulo, Estado de Sao Paulo, Abril e congeneres) tem um lado, ainda que nao estejam muito preocupados em declina-lo. Isto fica bem patente quando se trata da abordagem politica, qualquer que seja o assunto. O lulismo nao lhes cabe bem, e pouco palatavel ao "gosto refinado" com que sempre foram acostumados a sorver o naco de poder que lhes cabia. O "mainstream" nao suporta a ideia de que um operario tenha feito o trabalho que, certamente de uma forma bem diferente, caberia aqueles que representam. Isto fez com que um outro grupo, estranho a este - acostumado ao exercicio do poder central do pais, e a influenciar intimamente os seus designios -, ocupasse o Planalto e, por consequencia, toda uma estrutura que antes lhes era favoravel e confiavel. Com efeito o paradigma de poder no pais, sobre um determinado aspecto, sofreu uma enorme mudanca.
Assim e que, empurrada para a "oposicao", a velha midia, na inapetencia da verdadeira oposicao em levantar grandes temas relevantes para a nacao, em formar seu discurso com um projeto claro que pudesse cativar e avancar na parte do eleitorado que hoje vota no Lula ou em quem ele indicar, ocupou um espaco que devia ser, naturalmente, de competencia dos partidos politicos, de modo que o oficio de bem informar ficou em um plano invertido para dar lugar ao oficio do proselitismo difarcado, seja pela omissao descarada, seja pela manipulacao de informacoes, seja pela utilizacao de termos ou tecnicas que diminuam ou detratem a imagem do Presidente e daqueles que o cercam ou o apoiam. Nao que uma empresa de comunicacao nao possa ter suas preferencias. Mas isso e um assunto que deveria ficar restrito aos editoriais, de modo a que o publico tivesse acesso as noticias daquele orgao, sabendo qual sua preferencia politica. Seria mais honesto. De qualquer modo hoje se sabe por vias transversas.
De fato isto e um fenomeno mundial, como ressaltou Bernard Cassen, no seu texto "Midias viraram Arma Ideologica e Politica", quando ressalta que os meios de comunicacao deixam de lado a informação e se transformam em “arma ideológica e política, abandonando toda a fachada do pluralismo”. Cita tambem a situacao da Venezuela, destacando que “oitenta por cento das mídias venezuelanas são privadas e em guerra aberta ao governo. Não fazem informação, fazem guerra”.
Essas constatacoes ficaram mais evidentes com o acesso a internet, que diminuiu em muito o poder dos articulistas dos grandes jornais e canais de televisao, ainda que estes tenham migrado para os portais homonimos. Isto porque na web quem faz a rede de noticias e o internauta, e, com a abertura das caixas de comentarios, ficou mais dificil a manutencao de posicoes fundadas em argumentos frageis ou pouco confiaveis.
Mas a velha midia insiste em enveredar pelo mesmo comportamento que lhe batizou com a alcunha, tratando o seu publico como se so ela continuasse a ter a exclusividade da informacao e da constatacao. E o caso agora da pesquisa Vox Populi, que, fora da blogosfera, e da cobertura da Band, quase nao teve repercussao. Verdade que e uma pesquisa com possiveis candidatos e que ninguem esta obrigado a divulgar resultado algum, mas, ate o mundo mineral (com a licenca do Mino Carta) sabe que, se o desempenho de um dos possiveis candidatos fosse outro, sem a menor sombra de duvida a cobertura seria bem diferente.
Mas, de fato, a velha midia tem experiencia de sobra para saber que este comportamento e a unica forma que tem para tentar influir no sistema politico, seja nos eleitores mais ingenuos, seja nos proprios partidos que sao por ela apoiados, ainda que estejam jogando pelo ralo a credibilidade. Porque a blogosfera e a web nao tem, ainda, a penetracao na sociedade brasileira para deixar patente e claro para a maior parte da populacao a sabujice que impera nestes meios de comunicacao. E nao se trata apenas de acesso a banda larga ou inclusao digital. Tem que haver tambem a educacao politica. Entretanto, a fama precede o ator, e, para a populacao, ainda que alguem seja fanatico pelos "big brothers" da vida, sabe-se bem quem a Rede Globo ou a Veja apoiam ou querem ver pelas costas. O problema e de vulnerabilidade e de maturidade politica, que so fica menos evidente quando se tem emprego e dinheiro no bolso.
A verdade e que as velhas midias tem a tarefa ingloria de brigar contra os fatos reais de um governo que, ainda que envolvido nos velhos problemas do sistema politico brasileiro, melhorou a vida de toda a populacao, que tem tido, justamente, mais emprego, dinheiro no bolso, acesso ao credito e uma vida mais digna.
Ha um outro aspecto importante a se destacar. Nos estados mais conservadores e mais ricos do pais (do sul e sudeste), principalmente Sao Paulo, a velha midia tem conseguido, com algumas interrupcoes, ajudar a manter no poder aqueles a quem apoiam. De fato e para este publico que ela se dirige com mais afinco, com maior empenho, porque e nesta regiao onde se concentram seus maiores interesses. Nao que nunca tiveram no resto do pais - algumas tem alcance ate fora do pais - mas e porque as disparidades regionais combatidas com sucesso, favorecem o governo, principalmente no norte-nordeste.
Por fim, e possivel concluir que as novas midias tem, de alguma forma, contribuido para a formacao de uma consciencia politica que, ainda sem a penetracao desejada, tem se espalhado por setores mais politizados da sociedade, nao deixando que a velha midia, com efeito ainda muito poderosa, fique a falar sozinha, mesmo que sob o olhar desconfiado da nacao. Tem, para isso, a tarefa facilitada pelo desempenho de um governo que teve a sensatez de fazer o bolo crescer e distribuir as fatias para todos enquanto este mesmo bolo crescia.
Principais análises e notícias sobre politica, economia, relações internacionais, etc., etc.
sábado, 30 de janeiro de 2010
Presidente do BC argentino, Martín Redrado, renuncia ao Cargo
Do Ultimo Segundo
BUENOS AIRES - O presidente do Banco Central da Argentina, Martín Redrado, renunciou ao cargo nesta sexta-feira depois de um duro conflito com o governo, que tenta se apropriar de US$ 6,56 bilhões das reservas da entidade monetária para pagar dívidas.
Redrado, que se opôs firmemente ao plano, anunciou sua demissão durante uma entrevista coletiva. "A indignação foi mais forte", disse.
O funcionário estava afastado da liderança formal do Banco Central desde domingo, quando a polícia o impediu de entrar em seu gabinete.
A Justiça mantém bloqueada a transferência de reservas ao governo pelo Banco Central, conduzido formalmente por seu vice-presidente Miguel Pesce.
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Meirelles diz que economia 'não precisa mais de estímulos anticrise'
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta sexta-feira em Davos, na Suíça, que a economia brasileira superou a crise econômica e não precisa mais de “estímulos” para combater a desaceleração.
Ecoando as palavras do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que disse em Zurique que “a economia não precisa mais da ajuda do Estado”, o presidente do BC disse que o país teve uma típica crise em formato de “V”: “curta, mas de grande intensidade”.
“Hoje a economia brasileira volta à normalidade e não é necessário mais estímulos anticrise”, disse Meirelles.
O discurso afinado da equipe econômica, que veio à Suíça para participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, é revelado no momento em que outros países discutem “estratégias de saída” da crise, no sentido de desvencilhar o Estado da vida econômica, pelo menos nos níveis em que se viu obrigado a se meter para salvar as empresas.
Mas, ressaltam os porta-vozes da economia brasileira, esse não é um problema do país, onde o que requer atenção é a possibilidade de superaquecimento.
Sobre esse tema, Mantega disse que não vê formação de nenhuma “bolha”. Citou como exemplo a indústria, que deve encerrar o ano com queda de 5%, recuperando-se de uma retração de 20% no primeiro trimestre do ano, mas ainda com capacidade ociosa e necessidade de absorção de mão-de-obra para crescer em 2010.
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Novo caça russo chega para competir com os modelos ocidentais
O PAK-FA está a ser construído na fábrica Sukhoi de Knaapo em Komsomolsk-na-Amur, onde estão 5 protótipos, em fases diferentes de finalização. Três destes serão usados em testes de voo, um para testes estáticos no solo e o quinto não deverá nunca voar, sendo usado em exibições e em testes de solo.
O segundo T-50 já construído – em agosto – foi entregue à base de Zhukovsky e está desde então a ser testado pelo Instituto TsAGI.
Todos os protótipos serão equipados com motores NPO Saturn 117S. Uma opção temporária, enquanto não termina o desenvolvimento de novos motores para o PAK-FA. Os aviões irão receber também os radares AESA Sh121, logo que estes estiverem terminados, a partir de meados de 2010.
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O segundo T-50 já construído – em agosto – foi entregue à base de Zhukovsky e está desde então a ser testado pelo Instituto TsAGI.
Todos os protótipos serão equipados com motores NPO Saturn 117S. Uma opção temporária, enquanto não termina o desenvolvimento de novos motores para o PAK-FA. Os aviões irão receber também os radares AESA Sh121, logo que estes estiverem terminados, a partir de meados de 2010.
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Saiu a Vox Populi...Dilma sobe 9 Pontos e vai a 27, Serra cai 5 e tem 34.
Depois do conta-gotas desde o inicio da semana, quando a Band divulgou a pesquisa por alguns Estados, saiu nesta sexta, no fim do dia, o resultado geral.
Do Portal Terra.
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), lidera a corrida presidencial com 34% das intenções de voto, seguido da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), com 27%, segundo pesquisa do Instituto Vox Populi, encomendada pela TV Bandeirantes. Dilma tem nove pontos a mais do que o registrado no último levantamento do instituto, sendo que Serra caiu cinco pontos. O deputado federal Ciro Gomes (PSB) somou 11%, seguido da senadora Marina Silva (PV), com 6%. Brancos e nulos ficaram em 10%, sendo que 12% não sabem ou não opinaram. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 23 Estados e no Distrito Federal, entre os dias 14 a 17 de janeiro, O levantamento, que tem margem de erro de três pontos percentuais, foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 1057/2010. A pesquisa, divulgada no Jornal da Band desta sexta-feira, é a primeira do ano eleitoral.
No cenário sem Ciro, Serra oscila para 38%, e Dilma, para 29%. Marina fica com 8%. Brancos e nulos somaram 12% e 13% não sabem ou não opinaram.
Em pesquisa encomendada pela revista IstoÉ, e divulgada em 19 de dezembro, Serra obteve 39% das intenções de voto contra 18% de Dilma. Ciro Gomes somava 17%, e Marina teve 8% da preferência.
A nova pesquisa da Vox Populi também simulou um possível segundo turno entre Serra e Dilma. O tucano somou 46% contra 35% de Dilma. Os brancos e nulos ficaram em 10%, sendo que 9% estão indecisos ou não opinaram.
Do blog de Fernando Rodrigues
Dilma sobe menos se Ciro sai da disputa, diz Vox Populi
Pesquisa eleitoral Vox Populi indica que por enquanto não se comprova a tese governista de que menos postulantes favoreceriam a pré-candidata do PT a presidente, Dilma Rousseff.
Quando Ciro está entre os possíveis candidatos, Dilma Rousseff sobe 9 pontos percentuais em relação ao que tinha em dezembro na pesquisa Vox Populi. Se o candidato do PSB é retirado da lista de candidatos, Dilma sobe 8 pontos no mesmo levantamento.
Eis os dados:
Cenário com Ciro em 11-14.dez.2009 e em 14-17.jan.2010
José Serra (PSDB) – 39% > 34% (caiu 5 pontos)
Dilma Rousseff (PT) – 18% > 27% (subiu 9 pontos)
Ciro Gomes (PSB) – 17% > 11% (caiu 6 pontos)
Marina Silva (PV) – 8% > 6% (caiu 2 pontos)
Indecisos, brancos e nulos – 18% > n.d. (variação?)
Cenário sem Ciro em 11-14.dez.2009 e em 14-17.jan.2010
José Serra (PSDB) – 46% > 38% (caiu 8 pontos)
Dilma Rousseff (PT) – 21% > 29% (subiu 8 pontos)
Marina Silva (PV) – 11% > 8% (caiu 2 pontos)
Indecisos, brancos e nulos – 23% > n.d. (variação?)
A pesquisa Vox Populi entrevistou 2.000 pessoas em todas as regiões do Brasil e tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais. Não foram divulgados no início da noite de sexta-feira (29.jan.2010) os percentuais de indecisos, brancos e nulos pelo contratante do levantamento, a TV Bandeirantes.
Como os dados à disposição, a pesquisa Vox Populi de janeiro na comparação com a dezembro indica o seguinte:
· Ciro Gomes fora da disputa não favorece necessariamente e integralmente a Dilma Rousseff. Aparentemente, uma parte das intenções do pré-candidato do PSB acabam desaguando na categoria de indecisos, brancos e nulos;
· Dilma está crescendo e José Serra está caindo;
· Marina Silva e Ciro Gomes estão em queda.
É claro que também pode-se argumentar que esse levantamento do Vox Populi apresenta altas de 8 e 9 pontos para Dilma nos 2 cenários. E que Serra cai 5 a 8 pontos. É verdade. Mas essa tendência já estava detectada em outros levantamentos, sobretudo no Datafolha de dezembro.
A grande dúvida agora é se a saída de Ciro Gomes favorece ou não a pré-candidata do PT. De acordo com esse levantamento do Vox Populi, não fica claro se a desistência de Ciro de fato fará com que todos os votos dele migrem para Dilma. Pode ser que isso ocorra mais adiante. Por enquanto, não está claro esse cenário –a saída do postulante do PSB parece apenas confundir os eleitores, com mais gente ficando indecisa.
Outra conta possível é somar os percentuais. Sem Ciro, a conta Serra + Marina dá 46% contra 29% de Dilma. Com Ciro, o cenário Serra + Marina fica com 40% contra Dilma + Ciro somando 38%.
Até às 23 horas desta sexta (29/01), apesar de a pesquisa ter saído às 19 horas na Band, G1, Estadão, Veja e IG não haviam noticiado. UOL, Terra e R7 noticiaram. Isso porque desde dezembro a diferenca caiu 14 pontos! Muito estranho...
Em tempo: no Blog do Nassif o leitor Vander Fagundes elaborou uma tabela muito interessante, com a media das principais pesquisas eleitorais por instituto para a proxima eleicao. Cliquem na tabela para ve-la ampliada.
Clique aqui para ir ao Blog do Nassif
Do Portal Terra.
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), lidera a corrida presidencial com 34% das intenções de voto, seguido da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), com 27%, segundo pesquisa do Instituto Vox Populi, encomendada pela TV Bandeirantes. Dilma tem nove pontos a mais do que o registrado no último levantamento do instituto, sendo que Serra caiu cinco pontos. O deputado federal Ciro Gomes (PSB) somou 11%, seguido da senadora Marina Silva (PV), com 6%. Brancos e nulos ficaram em 10%, sendo que 12% não sabem ou não opinaram. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 23 Estados e no Distrito Federal, entre os dias 14 a 17 de janeiro, O levantamento, que tem margem de erro de três pontos percentuais, foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 1057/2010. A pesquisa, divulgada no Jornal da Band desta sexta-feira, é a primeira do ano eleitoral.
No cenário sem Ciro, Serra oscila para 38%, e Dilma, para 29%. Marina fica com 8%. Brancos e nulos somaram 12% e 13% não sabem ou não opinaram.
Em pesquisa encomendada pela revista IstoÉ, e divulgada em 19 de dezembro, Serra obteve 39% das intenções de voto contra 18% de Dilma. Ciro Gomes somava 17%, e Marina teve 8% da preferência.
A nova pesquisa da Vox Populi também simulou um possível segundo turno entre Serra e Dilma. O tucano somou 46% contra 35% de Dilma. Os brancos e nulos ficaram em 10%, sendo que 9% estão indecisos ou não opinaram.
Do blog de Fernando Rodrigues
Dilma sobe menos se Ciro sai da disputa, diz Vox Populi
Pesquisa eleitoral Vox Populi indica que por enquanto não se comprova a tese governista de que menos postulantes favoreceriam a pré-candidata do PT a presidente, Dilma Rousseff.
Quando Ciro está entre os possíveis candidatos, Dilma Rousseff sobe 9 pontos percentuais em relação ao que tinha em dezembro na pesquisa Vox Populi. Se o candidato do PSB é retirado da lista de candidatos, Dilma sobe 8 pontos no mesmo levantamento.
Eis os dados:
Cenário com Ciro em 11-14.dez.2009 e em 14-17.jan.2010
José Serra (PSDB) – 39% > 34% (caiu 5 pontos)
Dilma Rousseff (PT) – 18% > 27% (subiu 9 pontos)
Ciro Gomes (PSB) – 17% > 11% (caiu 6 pontos)
Marina Silva (PV) – 8% > 6% (caiu 2 pontos)
Indecisos, brancos e nulos – 18% > n.d. (variação?)
Cenário sem Ciro em 11-14.dez.2009 e em 14-17.jan.2010
José Serra (PSDB) – 46% > 38% (caiu 8 pontos)
Dilma Rousseff (PT) – 21% > 29% (subiu 8 pontos)
Marina Silva (PV) – 11% > 8% (caiu 2 pontos)
Indecisos, brancos e nulos – 23% > n.d. (variação?)
A pesquisa Vox Populi entrevistou 2.000 pessoas em todas as regiões do Brasil e tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais. Não foram divulgados no início da noite de sexta-feira (29.jan.2010) os percentuais de indecisos, brancos e nulos pelo contratante do levantamento, a TV Bandeirantes.
Como os dados à disposição, a pesquisa Vox Populi de janeiro na comparação com a dezembro indica o seguinte:
· Ciro Gomes fora da disputa não favorece necessariamente e integralmente a Dilma Rousseff. Aparentemente, uma parte das intenções do pré-candidato do PSB acabam desaguando na categoria de indecisos, brancos e nulos;
· Dilma está crescendo e José Serra está caindo;
· Marina Silva e Ciro Gomes estão em queda.
É claro que também pode-se argumentar que esse levantamento do Vox Populi apresenta altas de 8 e 9 pontos para Dilma nos 2 cenários. E que Serra cai 5 a 8 pontos. É verdade. Mas essa tendência já estava detectada em outros levantamentos, sobretudo no Datafolha de dezembro.
A grande dúvida agora é se a saída de Ciro Gomes favorece ou não a pré-candidata do PT. De acordo com esse levantamento do Vox Populi, não fica claro se a desistência de Ciro de fato fará com que todos os votos dele migrem para Dilma. Pode ser que isso ocorra mais adiante. Por enquanto, não está claro esse cenário –a saída do postulante do PSB parece apenas confundir os eleitores, com mais gente ficando indecisa.
Outra conta possível é somar os percentuais. Sem Ciro, a conta Serra + Marina dá 46% contra 29% de Dilma. Com Ciro, o cenário Serra + Marina fica com 40% contra Dilma + Ciro somando 38%.
Até às 23 horas desta sexta (29/01), apesar de a pesquisa ter saído às 19 horas na Band, G1, Estadão, Veja e IG não haviam noticiado. UOL, Terra e R7 noticiaram. Isso porque desde dezembro a diferenca caiu 14 pontos! Muito estranho...
Em tempo: no Blog do Nassif o leitor Vander Fagundes elaborou uma tabela muito interessante, com a media das principais pesquisas eleitorais por instituto para a proxima eleicao. Cliquem na tabela para ve-la ampliada.
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Criminalizacao dos Movimentos Sociais: O Fator MST
Nao ha como esperar uma analise isenta dos problemas fundiarios no Brasil pela velha midia, tampouco em relacao aos movimentos sociais que atuam no campo. A abordagem e sempre de criminalizacao e destruicao de toda e qualquer inciativa de democratizacao do acesso a terra. A verdade e que existem exageros e erros graves por parte dos movimentos, mas isto nao pode ser utilizado apenas para destruir qualquer iniciativa nesta area, como se nao houvesse erros em outras inciativas sociais existentes, caso dos proprios latifundiarios e do agrobusiness. O que fica e a dificil missao de se buscar o equilibrio nos interesses envolvidos, sabendo que os ruralistas tem um grande poder de atuacao, exercendo pressao, principalmente no Congresso e na midia. A reforma agraria e o desafio dos proximos governos se o Brasil quiser galgar degraus importantes no objetivo da pacificacao social.
A analise do Leandro Fortes, corajosa e profunda, traz informacoes importantes que, infelizmente, nao sao utilizadas pelos meios de comunicacao tradicionais para fomentar um debate honesto sobre o tema.
O Fator MST
Por Leandro Fortes
A prisão de nove lideranças do MST, no interior de São Paulo, algumas das quais filiadas ao PT, foi o ponto de partida de uma estratégia eleitoral virtualmente criminosa e extremamente profissional, embora carente de originalidade. Trata-se de perseguição organizada, de inspiração claramente fascista, de líderes de um movimento que diz respeito à vida e ao futuro de milhões de brasileiros, que revela mais do que o uso rasteiro da política. Revela um tipo de crueldade social que se imaginava restrita a políticos do Brasil arcaico, perdidos nos poucos grotões onde ainda vivem, isolados em seus feudos de miséria, uns poucos coronéis distantes dos bons modos da civilização e da modernidade.
No entanto, o rico interior paulista, repleto de terras devolutas da União griladas por diversas gerações de amigos do rei, tem sido um front permanente dessa guerra patrocinada pela extrema direita brasileira perfilada hoje, mais do que nunca, por trás da bela fachada do agronegócio e sua propalada importância para a balança comercial brasileira. Falar-lhes mal passou a ser de mau alvitre, um insulto a uma espécie de cruzada dourada cujo efeito colateral tem sido a produção de miséria e cadáveres no campo e, por extensão, nas cidades. É nosso mais grave problema social e o mais claramente diagnosticável, mas nem Lula chegou a tanto.
Assim, na virada de seu último ano de mandato, o presidente parece ter afrouxado o controle sobre a aliança política que lhe permitiu colocar, às custas de não poucos danos, algumas raposas dentro do galinheiro do Planalto. Bastou a revelação do pacote de intenções do Plano Nacional de Direitos Humanos, contudo, para as raposas arreganharem os dentes sem medo, fortalecidos pela hesitação de Lula em enquadrá-los sob o pretexto de evitar crises inevitáveis. A reação do ministro Nelson Jobim, da Defesa, ao PNDH-3, nesse sentido, foi emblemática e, ao mesmo tempo, reveladora da artificialidade dessa convivência entre forças conservadoras e progressistas dentro do governo do PT, um nó político-ideológico a ser desatado durante a campanha eleitoral, não sem traumas para a candidata de Lula, a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil.
Com a ajuda de Jobim, a velha sanfona anticomunista voltou a soltar os foles e se engajou nesse desarranjo histórico que tem gerado crises artificiais e um consequente show de péssimo jornalismo. Tocou-se, então, o triste baião anti-Dilma das vivandeiras, a arrastar os pés nas portas dos quartéis e a atiçar as sentinelas com assombros de revanchismo e caça às bruxas, saudosos do obscurantismo de tempos idos – mas, teimosamente, nunca esquecidos –, quando bastava soltar bestas-feras fardadas sobre a sociedade para calá-la. Ao sucumbir à chantagem de Jobim e, por extensão, à dos comandantes militares que lhe devem subordinação e obediência, Lula piscou.
No lastro da falsa crise militar criada por Jobim, com o auxílio luxuoso de jornalistas amigos, foi a vez de soltar a voz o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, cujo arrivismo político iniciou-se na ditadura militar, à qual serviu como deputado da Arena (célula-tronco do DEM) e presidente do INPS no governo do general Ernesto Geisel, até fazer carreira de ministro nos governos Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Lula. Essa volatilidade, no entanto, sempre foi justificada por conta de um festejado “perfil técnico” de Stephanes. Trata-se de um mistério ainda a ser desvendado, não a capacidade técnica, mas as intenções de um representante político do agronegócio dentro governo Lula, uma posição institucional baseada em alinhamento incondicional à Confederação Nacional da Agricultura (CNA), comandada pelo senadora Kátia Abreu, do DEM de Tocantins.
Com Kátia, Stephanes ensaiou um animado jogral e conseguiu, até agora, boicotar a mudança dos índices de produtividade agrícola para fins de reforma agrária – um tiro certeiro no peito do latifúndio, infelizmente, ainda hoje não desferido por Lula. Depois, a dupla partiu para cima do PNDH-3, ambos procupadíssimos com a possibilidade de criação de comitês sociais a serem montados para mediar conflitos agrários deflagrados por ocupações de terra. Os ruralistas liderados por Kátia Abreu e Ronaldo Caiado se arrepiam só de imaginar o fim da tradicional política de reintegração de posse, tocada pelos judiciários e polícias estaduais, como no caso relatado nesta matéria de CartaCapital. A dupla viu na proposta um incentivo à violência no campo, quando veria justamente o contrário qualquer menino bem educado nas escolas geridas pelo MST. São meninos crescidos o suficiente para saber muito bem a diferença entre mediadores de verdade e os cassetetes da Polícia Militar.
O governo Lula já havia conseguido, em 2008, neutralizar um movimento interno, tocado pelo Gabinete de Segurança Institucional, interessado em criminalizar o MST taxando o ato de invasão de terra de ação terrorista. Infelizmente, coisas assimainda vêm da área militar. O texto do projeto foi engavetado pela Casa Civil por obra e graça da ministra Dilma Rousseff. Lula, contudo, não quer gastar o último ano de uma era pessoal memorável comprando briga com uma turma que, entre outros trunfos, tem uma bancada de mais de uma centena de congressistas e a simpatia declarada do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes. Assim, distraído, o presidente deixou que Jobim e Stephanes envenenassem o processo político às vésperas das eleições, com óbvios prejuízos para a candidatura Dilma, bem no começo da briga com José Serra, do PSDB, o governador que por ora se ocupa em prender militantes do MST e do PT enquanto toca terror em assentamentos cheios de mulheres e crianças, no interior de São Paulo, com seu aparato de segurança pública.
(...)
Leia mais...
A analise do Leandro Fortes, corajosa e profunda, traz informacoes importantes que, infelizmente, nao sao utilizadas pelos meios de comunicacao tradicionais para fomentar um debate honesto sobre o tema.
O Fator MST
Por Leandro Fortes
A prisão de nove lideranças do MST, no interior de São Paulo, algumas das quais filiadas ao PT, foi o ponto de partida de uma estratégia eleitoral virtualmente criminosa e extremamente profissional, embora carente de originalidade. Trata-se de perseguição organizada, de inspiração claramente fascista, de líderes de um movimento que diz respeito à vida e ao futuro de milhões de brasileiros, que revela mais do que o uso rasteiro da política. Revela um tipo de crueldade social que se imaginava restrita a políticos do Brasil arcaico, perdidos nos poucos grotões onde ainda vivem, isolados em seus feudos de miséria, uns poucos coronéis distantes dos bons modos da civilização e da modernidade.
No entanto, o rico interior paulista, repleto de terras devolutas da União griladas por diversas gerações de amigos do rei, tem sido um front permanente dessa guerra patrocinada pela extrema direita brasileira perfilada hoje, mais do que nunca, por trás da bela fachada do agronegócio e sua propalada importância para a balança comercial brasileira. Falar-lhes mal passou a ser de mau alvitre, um insulto a uma espécie de cruzada dourada cujo efeito colateral tem sido a produção de miséria e cadáveres no campo e, por extensão, nas cidades. É nosso mais grave problema social e o mais claramente diagnosticável, mas nem Lula chegou a tanto.
Assim, na virada de seu último ano de mandato, o presidente parece ter afrouxado o controle sobre a aliança política que lhe permitiu colocar, às custas de não poucos danos, algumas raposas dentro do galinheiro do Planalto. Bastou a revelação do pacote de intenções do Plano Nacional de Direitos Humanos, contudo, para as raposas arreganharem os dentes sem medo, fortalecidos pela hesitação de Lula em enquadrá-los sob o pretexto de evitar crises inevitáveis. A reação do ministro Nelson Jobim, da Defesa, ao PNDH-3, nesse sentido, foi emblemática e, ao mesmo tempo, reveladora da artificialidade dessa convivência entre forças conservadoras e progressistas dentro do governo do PT, um nó político-ideológico a ser desatado durante a campanha eleitoral, não sem traumas para a candidata de Lula, a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil.
Com a ajuda de Jobim, a velha sanfona anticomunista voltou a soltar os foles e se engajou nesse desarranjo histórico que tem gerado crises artificiais e um consequente show de péssimo jornalismo. Tocou-se, então, o triste baião anti-Dilma das vivandeiras, a arrastar os pés nas portas dos quartéis e a atiçar as sentinelas com assombros de revanchismo e caça às bruxas, saudosos do obscurantismo de tempos idos – mas, teimosamente, nunca esquecidos –, quando bastava soltar bestas-feras fardadas sobre a sociedade para calá-la. Ao sucumbir à chantagem de Jobim e, por extensão, à dos comandantes militares que lhe devem subordinação e obediência, Lula piscou.
No lastro da falsa crise militar criada por Jobim, com o auxílio luxuoso de jornalistas amigos, foi a vez de soltar a voz o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, cujo arrivismo político iniciou-se na ditadura militar, à qual serviu como deputado da Arena (célula-tronco do DEM) e presidente do INPS no governo do general Ernesto Geisel, até fazer carreira de ministro nos governos Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Lula. Essa volatilidade, no entanto, sempre foi justificada por conta de um festejado “perfil técnico” de Stephanes. Trata-se de um mistério ainda a ser desvendado, não a capacidade técnica, mas as intenções de um representante político do agronegócio dentro governo Lula, uma posição institucional baseada em alinhamento incondicional à Confederação Nacional da Agricultura (CNA), comandada pelo senadora Kátia Abreu, do DEM de Tocantins.
Com Kátia, Stephanes ensaiou um animado jogral e conseguiu, até agora, boicotar a mudança dos índices de produtividade agrícola para fins de reforma agrária – um tiro certeiro no peito do latifúndio, infelizmente, ainda hoje não desferido por Lula. Depois, a dupla partiu para cima do PNDH-3, ambos procupadíssimos com a possibilidade de criação de comitês sociais a serem montados para mediar conflitos agrários deflagrados por ocupações de terra. Os ruralistas liderados por Kátia Abreu e Ronaldo Caiado se arrepiam só de imaginar o fim da tradicional política de reintegração de posse, tocada pelos judiciários e polícias estaduais, como no caso relatado nesta matéria de CartaCapital. A dupla viu na proposta um incentivo à violência no campo, quando veria justamente o contrário qualquer menino bem educado nas escolas geridas pelo MST. São meninos crescidos o suficiente para saber muito bem a diferença entre mediadores de verdade e os cassetetes da Polícia Militar.
O governo Lula já havia conseguido, em 2008, neutralizar um movimento interno, tocado pelo Gabinete de Segurança Institucional, interessado em criminalizar o MST taxando o ato de invasão de terra de ação terrorista. Infelizmente, coisas assimainda vêm da área militar. O texto do projeto foi engavetado pela Casa Civil por obra e graça da ministra Dilma Rousseff. Lula, contudo, não quer gastar o último ano de uma era pessoal memorável comprando briga com uma turma que, entre outros trunfos, tem uma bancada de mais de uma centena de congressistas e a simpatia declarada do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes. Assim, distraído, o presidente deixou que Jobim e Stephanes envenenassem o processo político às vésperas das eleições, com óbvios prejuízos para a candidatura Dilma, bem no começo da briga com José Serra, do PSDB, o governador que por ora se ocupa em prender militantes do MST e do PT enquanto toca terror em assentamentos cheios de mulheres e crianças, no interior de São Paulo, com seu aparato de segurança pública.
(...)
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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Chuvas em Sao Paulo: Comite afirma que SABESP ignorou Alerta
Do Portal Terra
O Comitê de Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CB-PCJ) diz ter alertado a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) em 2 de outubro para fazer descargas nos reservatórios. Técnicos do comitê - que é responsável pela gestão do sistema Cantareira - indicaram que as comportas deveriam liberar água dos rios Atibaia e Jaguari quando o nível nas barragens chegasse a 81%. O órgão afirma que a reunião aconteceu em Capivari e alertas foram registrados em áudio e ata. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Os dois reservatórios transbordaram na segunda-feira e causaram inundações em Atibaia, Piracaia, Bom Jesus dos Perdões e Bragança Paulista, forçando moradores a deixarem suas casas. Apesar do alerta do comitê, "eles (Sabesp) optaram por seguir as regras de seus próprios técnicos", afirma o coordenador do CB-PCJ, Astor Dias de Andrade.
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A revolta (da direita) contra a democracia liberal
Por Luiz Carlos Azenha
Aquela revista de futebol dos Estados Unidos, a Time, em um dos perfis que traçou do então presidente George W. Bush, encaixou o filhinho de papai da Nova Inglaterra transformado pela política em caubói do Texas, na linhagem dos revolucionários estadunidenses. Sim, dizia a revista, Bush não era um conservador tradicional. Não se preocupava com aquela facção do Partido Republicano que se orgulha de fazer concessões, ainda que minúsculas, às massas ou aos projetos doidivanas do liberalismo democrata.
Bush pai era desta cepa. Bush filho, não. Por oportunismo político e claras limitações intelectuais, optou por um certo "populismo de direita", do mesmo tipo daquele que viceja nos programas vespertinos policiais de nossa TV: o "conservadorismo com compaixão", inventado como veículo eleitoral pelo assessor de imagem Karl Rove, propunha soluções de mercado para as aflições sociais, jogo duro com o crime e um tom transformador na política externa.
O fato de que Bush filho se converteu adulto, "viu a luz" depois de enfrentar dramas pessoais, deu a ele credenciais para se apresentar como o candidato da direita religiosa, que é quem fez todas as campanhas bem sucedidas dos republicanos nos Estados Unidos: ela é militante, organizada, suficientemente ampla e geograficamente espalhada para produzir votos e eleitores em todo o país.
Por trás dessa construção eleitoral, no entanto, atuaram os grandes interesses econômicos que privatizaram completamente o estado americano -- ou pelo menos o que restava dele depois dos mandatos de Bill Clinton. Bush filho entregou as embaixadas americanas a amigos, enfraqueceu o Departamento de Estado, transferiu responsabilidades da política externa para o Pentágono, enfraqueceu todas as agências reguladoras, privatizou a segurança pública, as guerras e parte da diplomacia. Hoje, os "empreiteiros" que tiram proveito desses esquemas continuam à solta por aí, sem que se identifiquem abertamente como agentes de Washington, promovendo os interesses dos Estados Unidos em ações de "apoio" e "ensinamento" às sociedades civis locais.
É a crença nesse ativismo transformador que fez a Time dizer que Bush teve uma ação revolucionária. Ele queria, afinal, transformar o Oriente Médio, "implantar" uma democracia no Iraque que teria efeito dominó sobre todos os países da região. Bush queria acelerar a História e é curioso observar que, dentro dos Estados Unidos, não tenha propriamente desmantelado as estruturas estatais. Enfraqueceu algumas. Fortaleceu outras. O nexo entre os grandes conglomerados econômicos e o Pentágono se fortaleceu e o poder relativo dos militares e das chamadas agências de segurança aumentou.
A incentivar Bush filho estava a claque de intelectuais que se convencionou chamar de "neocons", um rótulo abrangente para um grupo diverso. Alguns dos mentores do movimento eram originários da esquerda trotskista e Leo Strauss, o filósofo cujas ideias embalaram o movimento, acreditava na eficácia da mentira como arma política, no papel preponderante de uma "vanguarda intelectual" motivadora, nutria um certo desprezo pelas "massas" e a crença na ordem natural marcada por domínio e subordinação. A democracia, portanto, não é um valor em si, mas algo a ser "concedido". Uma concessão que pressupõe uma elite intelectualmente superior, embora no modelo Bush tenha mandado mesmo o dinheiro grosso. Esse, aliás, é o padrão: o discurso político é uma forma de dissimulação dos verdadeiros objetivos políticos, como em "armas de destruição em massa".
Embora os republicanos tenham perdido o controle da Casa Branca, essas ideias não perderam força, até porque não falta dinheiro para promovê-las, nem espaço na mídia.
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Banco Central aperta cerco às operações com derivativos
Do Ultimo Segundo
O Banco Central está elevando as exigências para saber o que tem sido feito em operações com derivativos pelo mercado brasileiro. Nesta quinta-feira, resolução divulgada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) tornou obrigatório para o setor financeiro o registro de operações de hedge (proteção) realizadas em bolsas estrangeiras ou por instituições financeiras no exterior. “A palavra de ordem é transparência”, afirma Sérgio Odilon, chefe do Departamento de Normas do Banco Central (BC). “Não há nenhum cunho, na resolução, de desestimular as operações com derivativos.” A medida entra em vigor em 15 de março.
As operações de hedge (proteção) são feitas por meio de contratos de derivativos e podem ser referenciadas numa moeda, como o dólar, ou mercadorias, como açúcar ou café. Os contratos podem ser feitos tanto no mercado interno como no exterior. Na Bolsa Mercantil de Chicago, por exemplo, existem até contratos de clima, no qual um produtor rural pode fazer uma proteção contra eventuais mudanças climáticas que prejudiquem sua colheita.
De acordo com Odilon, o BC vem tomando medidas paulatinas no sentido de exigir os registros das operações em entidades ou empresas especializadas no registro e liquidação de ativos e derivativos. Os negócios no mercado interno já têm de ser registrados na Cetip ou na BM&FBovespa há anos. Do fim do ano passado para cá, a resolução desta semana é a terceira, no sentido de expor ou controlar essas operações com derivativos.
Segundo uma fonte do mercado financeiro que não quer se identificar, o objetivo do BC é dar mais visibilidade aos negócios que envolvam derivativos fora do País. A primeira medida nesse sentido foi a edição da circular 3.474/09, que determinou que todo o repasse de recursos ou empréstimos do exterior, contendo algum derivativo embutido, tem de ser registrado pelas instituições financeiras. A segunda, com a circular 3.824/09, faz com que bancos e instituições registrem operações de derivativos feitas por eles próprios no exterior. “Os bancos já faziam isso no balanço, mas agora fica acelerada a transparência”, afirma a fonte. “Desta vez, o BC pega outra ponta, com a resolução do CMN.”
“O que dissemos às instituições agora é que, quem fizer operação de hedge e essa operação envolver derivativo, quando o banco fizer o registro do câmbio, tem que registrar a transação”, afirma Odilon. Segundo ele, não é possível quantificar essas operações no exterior. “A partir da vigência da resolução é que os números irão surgir”, diz.
Efeitos da crise
As operações com derivativos tornaram-se mais conhecidas logo após o recrudescimento da crise financeira internacional, em setembro de 2008, quando veio a público que empresas como Sadia e Aracruz perderam bilhões por apostarem contra o real em operações com derivativos chamadas “target forward”. No mercado de derivativos, a combinação de dois ou mais contratos, tradicionalmente, recebe um nome. Ambas as companhias acabaram sendo vendidas em 2009. De acordo com uma fonte do mercado de câmbio, toda a operação com derivativos da Sadia foi feita no exterior. No caso da Aracruz, 60% dela. Mas nem o mercado nem os acionistas tinham conhecimento dos contratos.
Odilon ressalta que o BC não tem jurisdição sobre empresas e que o registro que está sendo determinado é por parte das instituições financeiras. Quanto às empresas não-financeiras, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio da instrução 475/09, obriga que as companhias abertas abram as informações com derivativos em seus balanços. “Com as novas medidas, o BC terá condições de saber se uma empresa está exposta demais. O que não sabemos é se ele terá instrumentos para agir”, acrescenta a fonte do mercado financeiro.
O Banco Central está elevando as exigências para saber o que tem sido feito em operações com derivativos pelo mercado brasileiro. Nesta quinta-feira, resolução divulgada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) tornou obrigatório para o setor financeiro o registro de operações de hedge (proteção) realizadas em bolsas estrangeiras ou por instituições financeiras no exterior. “A palavra de ordem é transparência”, afirma Sérgio Odilon, chefe do Departamento de Normas do Banco Central (BC). “Não há nenhum cunho, na resolução, de desestimular as operações com derivativos.” A medida entra em vigor em 15 de março.
As operações de hedge (proteção) são feitas por meio de contratos de derivativos e podem ser referenciadas numa moeda, como o dólar, ou mercadorias, como açúcar ou café. Os contratos podem ser feitos tanto no mercado interno como no exterior. Na Bolsa Mercantil de Chicago, por exemplo, existem até contratos de clima, no qual um produtor rural pode fazer uma proteção contra eventuais mudanças climáticas que prejudiquem sua colheita.
De acordo com Odilon, o BC vem tomando medidas paulatinas no sentido de exigir os registros das operações em entidades ou empresas especializadas no registro e liquidação de ativos e derivativos. Os negócios no mercado interno já têm de ser registrados na Cetip ou na BM&FBovespa há anos. Do fim do ano passado para cá, a resolução desta semana é a terceira, no sentido de expor ou controlar essas operações com derivativos.
Segundo uma fonte do mercado financeiro que não quer se identificar, o objetivo do BC é dar mais visibilidade aos negócios que envolvam derivativos fora do País. A primeira medida nesse sentido foi a edição da circular 3.474/09, que determinou que todo o repasse de recursos ou empréstimos do exterior, contendo algum derivativo embutido, tem de ser registrado pelas instituições financeiras. A segunda, com a circular 3.824/09, faz com que bancos e instituições registrem operações de derivativos feitas por eles próprios no exterior. “Os bancos já faziam isso no balanço, mas agora fica acelerada a transparência”, afirma a fonte. “Desta vez, o BC pega outra ponta, com a resolução do CMN.”
“O que dissemos às instituições agora é que, quem fizer operação de hedge e essa operação envolver derivativo, quando o banco fizer o registro do câmbio, tem que registrar a transação”, afirma Odilon. Segundo ele, não é possível quantificar essas operações no exterior. “A partir da vigência da resolução é que os números irão surgir”, diz.
Efeitos da crise
As operações com derivativos tornaram-se mais conhecidas logo após o recrudescimento da crise financeira internacional, em setembro de 2008, quando veio a público que empresas como Sadia e Aracruz perderam bilhões por apostarem contra o real em operações com derivativos chamadas “target forward”. No mercado de derivativos, a combinação de dois ou mais contratos, tradicionalmente, recebe um nome. Ambas as companhias acabaram sendo vendidas em 2009. De acordo com uma fonte do mercado de câmbio, toda a operação com derivativos da Sadia foi feita no exterior. No caso da Aracruz, 60% dela. Mas nem o mercado nem os acionistas tinham conhecimento dos contratos.
Odilon ressalta que o BC não tem jurisdição sobre empresas e que o registro que está sendo determinado é por parte das instituições financeiras. Quanto às empresas não-financeiras, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio da instrução 475/09, obriga que as companhias abertas abram as informações com derivativos em seus balanços. “Com as novas medidas, o BC terá condições de saber se uma empresa está exposta demais. O que não sabemos é se ele terá instrumentos para agir”, acrescenta a fonte do mercado financeiro.
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Banqueiro elogia Providencias Anti-ciclicas do Governo
E muito interessante observar um banqueiro - o Luiz Carlos Trabuco Capri, Presidente do Bradesco -, reconhecer o sucesso do governo com suas politicas anti-ciclicas no combate aos efeitos da crise de 2008 e a capacidade de reativar a economia, bem como a regulacao monetaria do sistema bancario e financeiro brasileiros, a ponto de concluir que o Brasil tem muito a ensinar a paises como os EUA, a China e a India, levando-se em conta o papel importante do governo e do setor privado em estabilizar a economia, devendo-se preservar sempre esta parceria do publico e privado, que vem dando certo em diversos setores da vida economica do pais. Sera que o keynesianismo venceu o liberalismo definitivamente? Seria temerario chegar a tal conclusao com base em afirmacoes de um banqueiro? Acho que o Sardemberg ficou meio surpreso...
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Desemprego em Baixa
Desemprego é recorde de baixa
em dezembro, mas sobe em 2009
Apesar do avanço, taxa do ano é a segunda menor desde 2002, diz o IBGE
Do R7, com agências.
A taxa de desemprego brasileira subiu para 8,1% no ano passado, depois de ficar em 7,9% em 2008, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Apesar do aumento em relação a 2008, a taxa do ano passado é a segunda menor desde 2002 - inferior às registradas em 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007. Em sete anos, acumula queda de 28,7%.
Ao final de 2009, cerca de 1,9 milhão de pessoas estavam desempregadas, de acordo com o levantamento do IBGE realizado nas seis principais regiões metropolitanas do país - São Paulo, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Dezembro
A taxa de 2009 só não foi maior porque no último mês do ano o desemprego diminuiu para o menor patamar da série histórica e chegou a 6,8% - igual à de dezembro de 2008 e inferior a de novembro, que foi de 7,4% em novembro.
O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado cresceu 1,5% em dezembro ante novembro e ficou estável na comparação com 2008. O rendimento médio do trabalhador caiu 0,9% em dezembro comparando com novembro e subiu 0,7% ante o ano anterior, a R$ 1.344,40.
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Com Hipertensao, Lula nao vai a Davos
Com informacoes do Ultimo Segundo, Globo e BBC Brasil.
Lula passou mal após um jantar oferecido pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, no Palácio do Campo das Princesas. Já no avião, prestes a embarcar para a Suíca, seu médico, Cléber Ferreira, examinou o presidente e recomendou a internação, pois a pressão de Lula chegou a 18 por 12.
Segundo Ferreira, o presidente foi submetido a uma série de exames e, após receber medicação, sua pressão voltou ao normal, por volta das 3h (hora local, 4h em Brasília).
Em entrevista, Ferreira afirmou que a crise hipertensiva de Lula foi um caso atípico, que não condiz com o padrão de saúde do presidente. "Foi um quadro esporádico. Ele não é hipertenso e a pressão dele é absolutamente normal, sempre foi. Para uma pessoa na idade dele, a pressão dele é invejável: 11 por 8", afirmou. Lula tem 64 anos.
(...)
Em Davos, os organizadores do Fórum Econômico Mundial ainda estão decidindo como reagir à notícia da internação de Lula.
O ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, informou que o presidente será representado em Davos pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
(...)
DAVOS - (...)um dos gurus do encontro, o economista Nouriel Roubini - que em 2006 previu a crise financeira mundial - alertou na quarta-feira, na abertura do evento: o próximo presidente terá que fazer as reformas estruturais que Lula não fez se quiser levar o país mais longe.
- O tamanho do governo e da burocracia é muito grande. Há excessiva distorção em taxação e vocês precisam de investimentos em infraestrutura numa combinação de investimentos privados e públicos - disse Roubini, chamado de Dr. Apocalipse, por suas previsões pessimistas.
Para o economista, o Brasil precisa investir na qualificação de mão de obra e dar mais flexibilidade à economia:
- Dou crédito à Lula por ter conseguido macroestabilidade. Estou otimista em relação ao Brasil. Mas se quiser aumentar o potencial de crescimento, será preciso reformar a microeconomia. Vamos ver quem será o próximo presidente e se ele ou ela vai estar comprometido em acelerar reformas.
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O Discurso do Estado da Uniao de Barack Obama
No seu discurso do Estado da Uniao, em que apresenta as propostas de governo e prioridades a nacao via Congresso Americano, o Presidente dos EUA, Barack Obama, deu o tom das iniciativas que deverao nortear as acoes durante o seu mandato para este ano, sendo destaque a necessidade urgente de geracao de empregos e uma nova postura perante o sistema financeiro e os grandes investidores, bem diferente da adotada pelos Republicanos que priorizaram os cortes de impostos para os mais ricos, quando no final do discurso ele pontuou: "Continuaremos cortando impostos para as famílias de classe média - mas não para as companhias petrolíferas, não para os bancos de Wall Street, não para quem ganha mais de 250 mil dólares por ano. Não podemos pagar por isso". E isso que os americanos chamam de "guinada a esquerda"...
WASHINGTON, EUA — Em seu primeiro discurso do Estado da União, o presidente americano, Barack Obama, afirmou que a criação de empregos será sua prioridade número um em 2010, numa tentativa de reacender a confiança da população em sua promessa de mudanças, após seu primeiro ano na Casa Branca.
Obama admitiu que seu governo sofreu alguns revezes ao longo de 2009 - alguns merecidos, ponderou. Falando num tom confiante, entretanto, prometeu: "nós não vamos desistir. Eu não desisto, vamos começar do zero", referindo-se às diferentes crises que enfrenta dentro e fora dos Estados Unidos.
Em um longo discurso de 68 minutos, pontuado por entusiasmados aplausos, o presidente expôs seus planos e prioridades para 2010, pediu colaboração entre republicanos e democratas para avançar reformas e dedicou grande parte do tempo à economia e a questões domésticas, afirmando que sua missão agora é ajudar a classe média alquebrada pela crise.
Além disso, fez uma avaliação de sua própria performance à frente do governo, que em um ano deixou de ser aprovada pela maioria dos americanos para afundar em níveis preocupantes de popularidade abaixo de 50%. No entanto, pediu apoio para levar adiante iniciativas arriscadas politicamente, como a reforma da saúde.
"Fiz minha campanha com uma promessa de mudança - uma mudança na qual podemos acreditar, dizia o slogan", disse Obama, evocando os dias de sua histórica campanha eleitoral.
"Neste exato momento, eu sei que muitos americanos não têm certeza se ainda podem acreditar em mudanças - ou, pelo menos, se eu serei capaz de fazê-las", estimou, acrescentando, em tom lacônico: "as mudanças não vieram rápido o suficiente".
No entanto, indicou, "nunca estive tão esperançoso sobre o futuro dos EUA quanto estou hoje. Apesar de nossas dificuldades, nossa união é forte. Nós não desistimos. Nós não deixamos o medo ou as divisões deprimirem nosso espírito".
Obama listou uma série de propostas e iniciativas, mas o ambiente político nos Estados Unidos este ano - com as eleições legislativas de novembro - é tão tenso, que dificilmente será possível contar com o apoio necessário para levar adiante tantas promessas.
Falando sobre a polêmica reforma do sistema de saúde que tenta aprovar no Congresso - uma semana depois de ter perdido a maioria democrata no Senado -, Obama prometeu não "abandonar" sua luta para concretizar a iniciativa.
"Depois de quase um século de governos democratas e republicanos, estamos muito próximos de conseguir" aprovar a reforma da saúde.
Ao mesmo tempo, afirmou que as ações de seu governo evitaram que o país afundasse em uma depressão semelhante à da década de 30.
"Quando cheguei ao governo, no meio desta crise, percebi que se nçao agíssemos poderíamos enfrentar outra recessão. E nós agimos imediatamente", disse Obama. "Há dois milhões de americanos trabalhando agora, que não estariam trabalhando" se não fosse pelo pacote aprovado pelo governo para reativar a economia.
Obama também falou sobre o resgate de vários bancos de investimento, responsabilizados pelo quase colapso do sistema financeiro.
"Nossa tarefa mais urgente ao assumir o governo era ajudar os mesmos bancos que haviam criado essa crise", disse. "Eu odiei isso, você odiou isso, mas quando eu concorri à presidência, prometi que não faria apenas o que fosse popular, mas também o que fosse necessário".
O presidente pediu ao Congresso que aprove "sem demora" uma outra lei, anunciada na noite desta quarta-feira, para estimular a criação de empregos, e afirmou que se o projeto apresentado não for forte o suficiente para recuperar o mercado de trabalho - que perdeu sete milhões de empregos nos últimos dois anos - ele o vetará até que o texto esteja de acordo com as necessidades do país.
"Os empregos precisam ser nosso foco número um em 2010", declarou Obama, anunciando que destinará 30 bilhões de dólares do dinheiro devolvido pelos bancos resgatados pelo governo no auge da crise, em 2008, para financiar crédito para as pequenas empresas, incentivando assim a criação de novos postos de trabalho.
Obama disse também que o país precisa dobrar o volume de exportações nos próximos cinco anos, o que abriria cerca de duas milhões de novas vagas. No entanto, entre tantos pedidos feitos ao Congresso, a análise de eventuais novos acordos comerciais não estava entre eles.
Obama só falou de política externa nos últimos minutos de seu discurso, claramente dominado pelas preocupações econômicas do governo, e não entrou em muitos detalhes. Rapidamente, alertou que o Irã enfrentará "crescentes consequências" se insistir em avançar seu programa nuclear.
Além disso, indicou que a Coreia do Norte estava cada vez mais isolada devido à insistência de manter armas nucleares.
Obama pediu à população que apóie as forças dos Estados Unidos no Afeganistão, e destacou que as tropas de combate americanas que ainda estão no Iraque voltarão para casa até o fim de agosto de 2010.
(...)
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WASHINGTON, EUA — Em seu primeiro discurso do Estado da União, o presidente americano, Barack Obama, afirmou que a criação de empregos será sua prioridade número um em 2010, numa tentativa de reacender a confiança da população em sua promessa de mudanças, após seu primeiro ano na Casa Branca.
Obama admitiu que seu governo sofreu alguns revezes ao longo de 2009 - alguns merecidos, ponderou. Falando num tom confiante, entretanto, prometeu: "nós não vamos desistir. Eu não desisto, vamos começar do zero", referindo-se às diferentes crises que enfrenta dentro e fora dos Estados Unidos.
Em um longo discurso de 68 minutos, pontuado por entusiasmados aplausos, o presidente expôs seus planos e prioridades para 2010, pediu colaboração entre republicanos e democratas para avançar reformas e dedicou grande parte do tempo à economia e a questões domésticas, afirmando que sua missão agora é ajudar a classe média alquebrada pela crise.
Além disso, fez uma avaliação de sua própria performance à frente do governo, que em um ano deixou de ser aprovada pela maioria dos americanos para afundar em níveis preocupantes de popularidade abaixo de 50%. No entanto, pediu apoio para levar adiante iniciativas arriscadas politicamente, como a reforma da saúde.
"Fiz minha campanha com uma promessa de mudança - uma mudança na qual podemos acreditar, dizia o slogan", disse Obama, evocando os dias de sua histórica campanha eleitoral.
"Neste exato momento, eu sei que muitos americanos não têm certeza se ainda podem acreditar em mudanças - ou, pelo menos, se eu serei capaz de fazê-las", estimou, acrescentando, em tom lacônico: "as mudanças não vieram rápido o suficiente".
No entanto, indicou, "nunca estive tão esperançoso sobre o futuro dos EUA quanto estou hoje. Apesar de nossas dificuldades, nossa união é forte. Nós não desistimos. Nós não deixamos o medo ou as divisões deprimirem nosso espírito".
Obama listou uma série de propostas e iniciativas, mas o ambiente político nos Estados Unidos este ano - com as eleições legislativas de novembro - é tão tenso, que dificilmente será possível contar com o apoio necessário para levar adiante tantas promessas.
Falando sobre a polêmica reforma do sistema de saúde que tenta aprovar no Congresso - uma semana depois de ter perdido a maioria democrata no Senado -, Obama prometeu não "abandonar" sua luta para concretizar a iniciativa.
"Depois de quase um século de governos democratas e republicanos, estamos muito próximos de conseguir" aprovar a reforma da saúde.
Ao mesmo tempo, afirmou que as ações de seu governo evitaram que o país afundasse em uma depressão semelhante à da década de 30.
"Quando cheguei ao governo, no meio desta crise, percebi que se nçao agíssemos poderíamos enfrentar outra recessão. E nós agimos imediatamente", disse Obama. "Há dois milhões de americanos trabalhando agora, que não estariam trabalhando" se não fosse pelo pacote aprovado pelo governo para reativar a economia.
Obama também falou sobre o resgate de vários bancos de investimento, responsabilizados pelo quase colapso do sistema financeiro.
"Nossa tarefa mais urgente ao assumir o governo era ajudar os mesmos bancos que haviam criado essa crise", disse. "Eu odiei isso, você odiou isso, mas quando eu concorri à presidência, prometi que não faria apenas o que fosse popular, mas também o que fosse necessário".
O presidente pediu ao Congresso que aprove "sem demora" uma outra lei, anunciada na noite desta quarta-feira, para estimular a criação de empregos, e afirmou que se o projeto apresentado não for forte o suficiente para recuperar o mercado de trabalho - que perdeu sete milhões de empregos nos últimos dois anos - ele o vetará até que o texto esteja de acordo com as necessidades do país.
"Os empregos precisam ser nosso foco número um em 2010", declarou Obama, anunciando que destinará 30 bilhões de dólares do dinheiro devolvido pelos bancos resgatados pelo governo no auge da crise, em 2008, para financiar crédito para as pequenas empresas, incentivando assim a criação de novos postos de trabalho.
Obama disse também que o país precisa dobrar o volume de exportações nos próximos cinco anos, o que abriria cerca de duas milhões de novas vagas. No entanto, entre tantos pedidos feitos ao Congresso, a análise de eventuais novos acordos comerciais não estava entre eles.
Obama só falou de política externa nos últimos minutos de seu discurso, claramente dominado pelas preocupações econômicas do governo, e não entrou em muitos detalhes. Rapidamente, alertou que o Irã enfrentará "crescentes consequências" se insistir em avançar seu programa nuclear.
Além disso, indicou que a Coreia do Norte estava cada vez mais isolada devido à insistência de manter armas nucleares.
Obama pediu à população que apóie as forças dos Estados Unidos no Afeganistão, e destacou que as tropas de combate americanas que ainda estão no Iraque voltarão para casa até o fim de agosto de 2010.
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Tesouro critica Taxas pedidas pelo Mercado
O Estado de Sao Paulo.
Às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou ontem que os juros pedidos pelos investidores para comprar títulos do governo estão ”acima do razoável”, levando em conta a perspectiva de inflação. Em tom mais elevado que o habitual, o secretário mandou um recado aos investidores: o Tesouro não vai sancionar taxa de juros elevadas nos leilões de vendas de títulos.
Nas últimas semanas, as taxas subiram com a expectativa do mercado de que o BC vai aumentar a taxa básica de juros (Selic) já no primeiro trimestre para conter a alta de preços decorrente da previsão de crescimento mais rápido da economia. O mercado avalia que a expansão acelerada pode provocar descompasso entre oferta e demanda e pressionar os preços de bens e serviços, o que levaria o BC a agir para evitar a alta da inflação.
Augustin frisou que o Tesouro tem dinheiro em caixa para não precisar vender os papéis com preços mais salgados. O caixa é suficiente para pagar os títulos que vencem nos próximos seis meses. Para Augustin, o cenário de inflação e de juros é melhor que o projetado pelo mercado.
”Nada justifica algumas avaliações do mercado. Portanto, não estamos sancionando as taxas, em alguns casos. As condições da economia, em termos de inflação, de necessidade de política monetária são bem melhores do que o mercado coloca em alguns pontos, principalmente no longo prazo”, disse Augustin.
A resistência do Tesouro é um dos instrumentos da equipe econômica para tentar evitar a elevação da Selic. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem trabalhado nos bastidores para conter essa alta dos juros. Um dos argumentos é de que o aumento dos investimentos vai aumentar a capacidade de produção e evitar o risco de demanda aquecida.
Lula lança programas de formação de policiais para atuar na Copa e Olimpíadas
Uma pena que este programa nao alcance todos os policiais, incluindo os do interior e aqueles que nao vao estar nas cidades que receberao jogos da Copa.
Do Portal G1
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta terça-feira (26) um programa de formação de policiais que vão atuar na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. O programa consiste numa bolsa que será paga aos profissionais que se qualificarem para atuar nos eventos.
Os governos estaduais precisam aderir ao programa para que os agentes de segurança possam receber o benefício. As bolsas devem começar a ser pagas a partir de julho.
"O que se encaminha aqui é uma mudança estrutural na remuneração dos servidores policiais do país", disse o ministro da Justiça, Tarso Genro. O ministro estima que entre 220 mil e 230 mil policiais possam ser beneficiados pelas novas bolsas. Em 2011, quando Tarso acredita que o programa estará totalmente implementado, os gastos do governo federal seriam de cerca de R$ 1,3 bilhão.
Segundo o Ministério da Justiça, os policiais e bombeiros das 12 cidades-sede da Copa do Mundo que participarem do programa de formação receberão R$ 550 mensais em 2010. O valor do chamado "Bolsa Copa" sobe gradativamente até chegar a R$ 1 mil em 2014.
No caso das Olimpíadas, a bolsa será de R$ 1,2 mil mensais e será concedida a todos os policiais, bombeiros e guardas municipais da cidade do Rio de Janeiro.
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Do Portal G1
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta terça-feira (26) um programa de formação de policiais que vão atuar na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. O programa consiste numa bolsa que será paga aos profissionais que se qualificarem para atuar nos eventos.
Os governos estaduais precisam aderir ao programa para que os agentes de segurança possam receber o benefício. As bolsas devem começar a ser pagas a partir de julho.
"O que se encaminha aqui é uma mudança estrutural na remuneração dos servidores policiais do país", disse o ministro da Justiça, Tarso Genro. O ministro estima que entre 220 mil e 230 mil policiais possam ser beneficiados pelas novas bolsas. Em 2011, quando Tarso acredita que o programa estará totalmente implementado, os gastos do governo federal seriam de cerca de R$ 1,3 bilhão.
Segundo o Ministério da Justiça, os policiais e bombeiros das 12 cidades-sede da Copa do Mundo que participarem do programa de formação receberão R$ 550 mensais em 2010. O valor do chamado "Bolsa Copa" sobe gradativamente até chegar a R$ 1 mil em 2014.
No caso das Olimpíadas, a bolsa será de R$ 1,2 mil mensais e será concedida a todos os policiais, bombeiros e guardas municipais da cidade do Rio de Janeiro.
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FMI preve que o Brasil puxara crescimento da America Latina em 2010
Washington, 26 jan (EFE).- A força da recuperação da economia brasileira após a crise já em 2009, antes de muitos outros países da América Latina, é um dos fatores que contribuirão para o crescimento da região em 2010, disse nesta terça-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Segundo a entidade, a América Latina terá um ano melhor que o previsto, com crescimento de 3,7%, graças ao aumento da demanda interna e à aceleração econômica no resto do mundo.
Além disso, o FMI demonstrou aceitar os controles estatais sobre capitais, como os impostos criados pelo Governo brasileiro, em postura diferente do ceticismo inicial demonstrado pelo organismo em relação à utilidade deste tipo de medida.
De acordo com o fundo, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançará 4,7% neste ano, o que representa uma grande revisão em alta contra o índice de 3,5% previsto em outubro.
Em 2011, entretanto, a previsão é de que o crescimento da economia brasileira desacelerará devido em parte ao fim gradual das iniciativas de estímulo do Governo e ficará em 3,7% - ainda assim, 0,2 ponto percentual acima do cálculo anterior.
"A maior parte da América Latina se recupera bem, embora a uma taxa menor do que a Ásia", afirmou Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI, em entrevista coletiva.
A entidade também prevê que o crescimento latino-americano terá sustentação, dado que a demanda interna é "bastante enérgica", explicou Jörg Decressin, chefe de Estudos Econômicos Mundiais do departamento de análise do FMI.
A aceleração econômica no resto do mundo também ajudará a América Latina, já que poderá aumentar suas exportações, disse Decressin.
O FMI subiu sua previsão de crescimento para região em 0,8 ponto percentual para este ano. A taxa de 3,7%, entretanto, ainda fica abaixo dos 4,1% previstos pela Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Para 2011, o fundo prevê um crescimento de 3,8%, um décimo acima do cálculo de outubro.
Esses números estão muito atrás dos da Ásia, onde o crescimento da China voltará a bater nos dois dígitos, ao alcançar 10% neste ano, e a Índia avançará 7,7%.
O vigor da Ásia beneficia especialmente o Cone Sul, que é um importante fornecedor de matérias-primas.
Além do Brasil, outra economia que contribui para essa melhora na perspectiva de crescimento para 2010 é a do México, que finalmente deixou sua recessão profunda para trás, segundo o FMI.
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Onde estava Deus?!!! Onde estava o Homem?
Do Blog do Nassif
O Resultado da Chuva e da Falta de Dragagem.
A velha mídia foge o quanto pode do encontro com a verdade. Mas não haverá como fugir para sempre. Desde 2005 não são feitas dragagens ou desassoreamento no rio Tietê. O investimento de décadas, mais de um bilhão de dólares no rebaixamento da calha do Tietê, foi jogado fora nesses quatro anos sem desassorear o rio.
Um dado crucial para o bem estar, a segurança e a vitalidade econômica da cidade – manter o rio desassoreado – foi ignorado pelos governantes.
Pergunta-se: como é que fica? Não se trata de um erro banal de planejamento, mas de descuido em relação a um ponto estratégico na vida da cidade: o rio Tietê.
Quantas vezes esses fato foi analisado nas reuniões de secretariado do governo? O que aconteceu com o processo de licitação, depois que foi interrompido por liminares dos concorrentes? Se não constava do decreto a permissão para a empresa vencedora vender as areias do rio – o que alterava completamente o plano de negócios e a proposta financeira -, porque não se anulou e se procedeu a uma licitação de emergência? Foram quatro anos sem nada fazer, sabendo que a cada ano a situação se tornaria mais crítica.
O governo do Estado confiou na sorte, apostou na probabilidade de não haver chuvas maiores, para justificar sua inação frente o problema. E agora? Quem responde pelas mortes, pela paralisação da cidade, pelos bens perdidos, pelas casas inundadas?
De quem é a responsabilidade? Do DAEE (Departamento de Água e Energiaa Elétrica) que não alertou o governo do Estado? Do governo, que preferiu guardar o dinheiro para obras de maior visibilidade? Houve alertas do DAEE que não foram considerados? Ou a equipe do DAEE não cumpriu com suas obrigações funcionais, deixando a população exposta?
Vale a pena rever o Entre Aspas sobre o assunto:
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O Resultado da Chuva e da Falta de Dragagem.
A velha mídia foge o quanto pode do encontro com a verdade. Mas não haverá como fugir para sempre. Desde 2005 não são feitas dragagens ou desassoreamento no rio Tietê. O investimento de décadas, mais de um bilhão de dólares no rebaixamento da calha do Tietê, foi jogado fora nesses quatro anos sem desassorear o rio.
Um dado crucial para o bem estar, a segurança e a vitalidade econômica da cidade – manter o rio desassoreado – foi ignorado pelos governantes.
Pergunta-se: como é que fica? Não se trata de um erro banal de planejamento, mas de descuido em relação a um ponto estratégico na vida da cidade: o rio Tietê.
Quantas vezes esses fato foi analisado nas reuniões de secretariado do governo? O que aconteceu com o processo de licitação, depois que foi interrompido por liminares dos concorrentes? Se não constava do decreto a permissão para a empresa vencedora vender as areias do rio – o que alterava completamente o plano de negócios e a proposta financeira -, porque não se anulou e se procedeu a uma licitação de emergência? Foram quatro anos sem nada fazer, sabendo que a cada ano a situação se tornaria mais crítica.
O governo do Estado confiou na sorte, apostou na probabilidade de não haver chuvas maiores, para justificar sua inação frente o problema. E agora? Quem responde pelas mortes, pela paralisação da cidade, pelos bens perdidos, pelas casas inundadas?
De quem é a responsabilidade? Do DAEE (Departamento de Água e Energiaa Elétrica) que não alertou o governo do Estado? Do governo, que preferiu guardar o dinheiro para obras de maior visibilidade? Houve alertas do DAEE que não foram considerados? Ou a equipe do DAEE não cumpriu com suas obrigações funcionais, deixando a população exposta?
Vale a pena rever o Entre Aspas sobre o assunto:
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My Sweet Lord - Tributo a George Harrison
Este show foi uma homenagem ao George Harrison, dois anos após a sua morte. No violão, Eric Clapton, no outro, o filho de Harrison, no piano Paul McCartney, na 1ª bateria Ringo Star, na segunda Phill Collins, na guitarra Tom Petty, no órgão e vocal Billy Preston.
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E a Nova Pesquisa Vox Populi nao saiu...
E sera que ainda vai sair? Sera que foi tao ruim assim pros tucanos a ponto da Band ter desistido de divulgar? Sera que as chuvas em Sao Paulo tem influenciado de alguma forma? Ha noticias inclusive de divulgacao em alguns sitios e blogs de uma pesquisa, como se fosse recente, de dezembro de 2008, que colocava o Serra bem a frente da Dilma. Parece que a velha midia resolveu escancarar de vez...Vamos aguardar...
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terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Dívida pública do Brasil cresce 7,15% em 2009
Do Portal R7
Dívida pública do Brasil cresce 7,15% em 2009
Resultado do ano passado foi de R$ 1,5 trilhão; expectativa para 2010 é de crescimento
A dívida pública federal brasileira, que inclui as dívidas interna e externa, foi de R$ 1,49 trilhão no ano de 2009, segundo dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo Ministério da Fazenda. O dado é 7,15% maior do que em 2008, quando a dívida do governo ficou em R$ 1,39 trilhão. O resultado ficou dentro da meta para o ano, que era entre R$ 1,45 trilhão e R$ 1,6 trilhão.
Somente no mês de dezembro, o crescimento da dívida pública foi de 0,37%.
O aumento da dívida em 2009 foi de R$ 100 bilhões, o maior desde 2005, quando o endividamento do país aumentou em R$ 143 bilhões. Contribuiu para o crescimento, a emissão de R$ 100 bilhões em títulos da dívida para a capitalização do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Na composição da dívida em 2009, 33% dos títulos eram atrelados à Selic, 32% em títulos prefixados, 26% em índices de preços, 6% em câmbio e 1% em demais papéis. O prazo médio de vencimento foi de 3,5 anos, sendo 23% com vencimento em 12 meses.
De acordo com o Tesouro, em 2009 houve melhora no perfil da dívida, com participação maior de títulos prefixados e com prazos mais longos, o que refletiu em queda nos títulos com vencimento de curto prazo.
2010
Em 2010, a previsão do Tesouro é de aumento da dívida, já que meta estabelecida pelo governo é entre R$ 1,6 trilhão e R$ 1,73 trilhão. O prazo médio também vai subir para 3,7 anos, sendo que 28% dos papéis com vencimento em 12 meses.
Os principais objetivos para este ano são aumentar o prazo médio da dívida, substituindo gradualmente os títulos remunerados pela Selic (taxa básica de juros) por títulos pré-fixados.
Os dados são do PAF (Plano Anual de Financiamento), publicado no mês de janeiro desde 2001. Em 2004, o documento foi separado em relatório anual, que analisa a estratégia do ano anterior, e plano anual, que trata das metas e do gerenciamento da dívida pública federal do ano que se inicia.
Dívida pública do Brasil cresce 7,15% em 2009
Resultado do ano passado foi de R$ 1,5 trilhão; expectativa para 2010 é de crescimento
A dívida pública federal brasileira, que inclui as dívidas interna e externa, foi de R$ 1,49 trilhão no ano de 2009, segundo dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo Ministério da Fazenda. O dado é 7,15% maior do que em 2008, quando a dívida do governo ficou em R$ 1,39 trilhão. O resultado ficou dentro da meta para o ano, que era entre R$ 1,45 trilhão e R$ 1,6 trilhão.
Somente no mês de dezembro, o crescimento da dívida pública foi de 0,37%.
O aumento da dívida em 2009 foi de R$ 100 bilhões, o maior desde 2005, quando o endividamento do país aumentou em R$ 143 bilhões. Contribuiu para o crescimento, a emissão de R$ 100 bilhões em títulos da dívida para a capitalização do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Na composição da dívida em 2009, 33% dos títulos eram atrelados à Selic, 32% em títulos prefixados, 26% em índices de preços, 6% em câmbio e 1% em demais papéis. O prazo médio de vencimento foi de 3,5 anos, sendo 23% com vencimento em 12 meses.
De acordo com o Tesouro, em 2009 houve melhora no perfil da dívida, com participação maior de títulos prefixados e com prazos mais longos, o que refletiu em queda nos títulos com vencimento de curto prazo.
2010
Em 2010, a previsão do Tesouro é de aumento da dívida, já que meta estabelecida pelo governo é entre R$ 1,6 trilhão e R$ 1,73 trilhão. O prazo médio também vai subir para 3,7 anos, sendo que 28% dos papéis com vencimento em 12 meses.
Os principais objetivos para este ano são aumentar o prazo médio da dívida, substituindo gradualmente os títulos remunerados pela Selic (taxa básica de juros) por títulos pré-fixados.
Os dados são do PAF (Plano Anual de Financiamento), publicado no mês de janeiro desde 2001. Em 2004, o documento foi separado em relatório anual, que analisa a estratégia do ano anterior, e plano anual, que trata das metas e do gerenciamento da dívida pública federal do ano que se inicia.
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E ainda reclamam do Lula...
Acredito que o minimo que se deve exigir de um politico e coerencia. Apos a entrevista nas paginas amarelas da Veja, ganhou destaque a posicao do Presidente do PSDB, o senador pernambucano Sergio Guerra de que acabaria com o PAC. Entretanto continuam na pagina do sitio da internet do Senador as informacoes abaixo (coletadas do blog do Nassif):
Veja mais fotos como esta em Portal Luis Nassif
Por fim o Lula foi agraciado pelo prefeito Gilberto Kassab com a medalha 25 de janeiro, no aniversario da cidade de Sao Paulo que, quis o destino fosse comemorado sob fortes chuvas. Ai sai o Presidente, la pelo final do seu discurso, com uma dessas:
"(...)Eu, Kassab, quero, em público, reconhecer minha gratidão pelo fato de você ter me condecorado com esta Medalha 25 de Janeiro. E queria, Kassab, que nós assumíssemos um compromisso de que a gente pudesse dar um presente a São Paulo. Eu dizia para o Kassab, agora a pouco, que nós precisamos - o governo federal, o governo estadual e o governo municipal - não apenas com relação a São Paulo, mas com relação às regiões metropolitanas deste país, eu acho que está na hora de a gente sentar e tentar encontrar uma alternativa definitiva para resolver o problema das enchentes, para resolver o problema da saúde, para resolver o problema do transporte e o problema da segurança.
Não é culpa do prefeito, do governador ou do presidente individualmente. Possivelmente, seja culpa de todos nós, que precisamos sentar com muito mais gente, e a gente tentar oferecer uma alternativa para melhorar a qualidade de vida desse povo, que sofre todo ano, todo ano. Pode ser o prefeito do PT, do PC do B, do PSDB, do DEM, pode ser... Todo ano vai ter enchente em São Paulo se a gente não tomar uma atitude de saber que custa caro a gente começar a mudar essa situação.
Nós vamos apresentar, agora, dia 26 de março, um novo PAC para 2011-2015, porque nós precisamos colocar dinheiro no orçamento e eu gostaria imensamente, Kassab, que o prefeito da cidade de São Paulo estivesse presente, para que a gente pudesse definir quais as coisas prioritárias para a cidade de São Paulo. Eu tenho a convicção de que fazendo alguma coisa em São Paulo, a gente está fazendo pelo Brasil inteiro. É bem possível, que nem todo paulista, Serra, conheça o Brasil, é bem possível que nem todo paulista conheça o Brasil. Mas eu acho difícil que tenha um brasileiro que não conheça São Paulo.
Muito Obrigado, Kassab, e parabéns!""
E ainda reclamam do Lula...
Leiam mais sobre o discurso do Lula no site do Azenha...
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Por fim o Lula foi agraciado pelo prefeito Gilberto Kassab com a medalha 25 de janeiro, no aniversario da cidade de Sao Paulo que, quis o destino fosse comemorado sob fortes chuvas. Ai sai o Presidente, la pelo final do seu discurso, com uma dessas:
"(...)Eu, Kassab, quero, em público, reconhecer minha gratidão pelo fato de você ter me condecorado com esta Medalha 25 de Janeiro. E queria, Kassab, que nós assumíssemos um compromisso de que a gente pudesse dar um presente a São Paulo. Eu dizia para o Kassab, agora a pouco, que nós precisamos - o governo federal, o governo estadual e o governo municipal - não apenas com relação a São Paulo, mas com relação às regiões metropolitanas deste país, eu acho que está na hora de a gente sentar e tentar encontrar uma alternativa definitiva para resolver o problema das enchentes, para resolver o problema da saúde, para resolver o problema do transporte e o problema da segurança.
Não é culpa do prefeito, do governador ou do presidente individualmente. Possivelmente, seja culpa de todos nós, que precisamos sentar com muito mais gente, e a gente tentar oferecer uma alternativa para melhorar a qualidade de vida desse povo, que sofre todo ano, todo ano. Pode ser o prefeito do PT, do PC do B, do PSDB, do DEM, pode ser... Todo ano vai ter enchente em São Paulo se a gente não tomar uma atitude de saber que custa caro a gente começar a mudar essa situação.
Nós vamos apresentar, agora, dia 26 de março, um novo PAC para 2011-2015, porque nós precisamos colocar dinheiro no orçamento e eu gostaria imensamente, Kassab, que o prefeito da cidade de São Paulo estivesse presente, para que a gente pudesse definir quais as coisas prioritárias para a cidade de São Paulo. Eu tenho a convicção de que fazendo alguma coisa em São Paulo, a gente está fazendo pelo Brasil inteiro. É bem possível, que nem todo paulista, Serra, conheça o Brasil, é bem possível que nem todo paulista conheça o Brasil. Mas eu acho difícil que tenha um brasileiro que não conheça São Paulo.
Muito Obrigado, Kassab, e parabéns!""
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O Documento sobre o Clima do Conselho de Desenvolvimento Economico e Social
Do blog do Nassif
Por Evangelos D. Christakou
Encaminhamos em anexo o documento intitulado Convenções sobre o Clima, Matriz Energética Mundial e Desenvolvimento Sustentável, elaborado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social – CDES para a Segunda Mesa Redonda da Sociedade Civil Brasil – União Europeia, que ocorre nesta semana (25 e 26.01.2009), em Belém (PA).
Na sua elaboração os conselheiros do CDES se beneficiaram dos debates que ocorreram ao longo do ano passado no grupo de trabalho – GT Matriz Energética para o Desenvolvimento com Equidade e Responsabilidade Socioambiental e as conclusões serviram de subsido para a elaboração do documento para a Segunda Mesa Redonda da Sociedade Civil Brasil-UE.
Mais informações sobre o evento e, posteriormente, sobre os seus resultados, podem ser obtidas acessando o endereço
... va ao CDES
Va ao blog do Nassif...
Por Evangelos D. Christakou
Encaminhamos em anexo o documento intitulado Convenções sobre o Clima, Matriz Energética Mundial e Desenvolvimento Sustentável, elaborado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social – CDES para a Segunda Mesa Redonda da Sociedade Civil Brasil – União Europeia, que ocorre nesta semana (25 e 26.01.2009), em Belém (PA).
Na sua elaboração os conselheiros do CDES se beneficiaram dos debates que ocorreram ao longo do ano passado no grupo de trabalho – GT Matriz Energética para o Desenvolvimento com Equidade e Responsabilidade Socioambiental e as conclusões serviram de subsido para a elaboração do documento para a Segunda Mesa Redonda da Sociedade Civil Brasil-UE.
Mais informações sobre o evento e, posteriormente, sobre os seus resultados, podem ser obtidas acessando o endereço
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Haiti: Onde estava Deus? Onde estava o Homem?
Dentro deste tema que nos aflige sempre que ocorrem desastres desta magnitude, e interessante escutar as diversas formas de se encarar tais acontecimentos sob a otica de uma determinada crenca, uma determinada religiao, que merece nosso respeito, concorde-se ou nao com o ponto de vista. Sugiro escutar primeiro o audio e depois, no final, visitar a pagina.
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Meio Ambiente: So Estagnacao Economica pode reduzir Aquecimento Global, diz Estudo
Um estudo de uma entidade britânica, divulgado nesta segunda-feira, defende que a única forma de controlar o aquecimento global é que os países ricos interrompam seu crescimento econômico.
A tese defendida pela Fundação Nova Economia (NEF, na sigla em inglês) é de que, mesmo com expansão econômica reduzida, não será possível atingir a meta de aquecimento global abaixo dos 2º C, como almejado pela comunidade internacional.
No relatório Crescimento não é possível: porque as nações ricas precisam de uma nova direção econômica, Andrew Simms, diretor da NEF, explica que “o crescimento econômico incessante está consumindo a biosfera do planeta além de seus limites”.
Em sua visão, o custo dessa expansão aparece no “comprometimento da segurança alimentar global, nas mudanças drásticas do clima, na instabilidade econômica e nas ameaças ao bem-estar social”.
Por isso, o mundo precisa de uma nova economia que respeite o orçamento ambiental, diz o estudo.
“Não há um banco central global do meio ambiente para nos salvar se formos à falência ecológica”, conclui.
Gases causadores do efeito estufa
O relatório da NEF explica que, segundo a Nasa, a agência espacial americana, a concentração máxima de gás carbônico na atmosfera para manter o aquecimento global dentro dos 2º C deveria ser de 350 ppm (partículas por milhão).
Para atingir essa meta até 2050, porém, a humanidade teria de reduzir sua intensidade de carbono na economia (quantidade de CO2 necessária para gerar expansão econômica) em 95%.
Não há um banco central global do meio ambiente para nos salvar se formos à falência ecológica
O problema é que a intensidade vem aumentando ao longo desta década.
Para reverter essa tendência, o estudo destaca que seria necessário um esforço político muito superior ao apresentado durante a Conferência de Mudança Climática em Copenhague, em dezembro do ano passado.
Justamente por isso o estudo classifica essa drástica redução na intensidade de carbono na economia como “sem precedente e, provavelmente, impossível”, reforçando a defesa pela estagnação econômica.
Alternativas inviáveis
O estudo também confronta a posição de muitos líderes globais de que o uso de biocombustíveis é uma opção viável para controlar o aquecimento global.
(...)
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Vice-presidente da Venezuela Ramón Carrizález renuncia ao cargo
CARACAS (Reuters) - O vice-presidente e ministro da Defesa da Venezuela, Ramón Carrizález, apresentou sua renúncia a ambos os cargos, confirmou à Reuters nesta segunda-feira uma fonte do governo. Vários veículos de imprensa locais divulgaram que ele teria saído por motivos pessoais.
A saída de Carrizález é um novo revés para o presidente Hugo Chávez, que enfrenta um complicado panorama para as eleições legislativas deste ano diante do descontentamento pela desvalorização da moeda local, pelos cortes de água e energia elétrica e pelos altos índices de criminalidade.
Yuvirí Ortega, ministra do Meio Ambiente e esposa de Carrizález, também renunciou ao cargo.
"Por meio de um comunicado de imprensa, Carrizález esclareceu que sua demissão não representa nenhum desacordo com o Executivo e que qualquer outra versão sobre o caso é falsa e tendenciosa", disse o canal estatal Telesur em sua página na Internet.
Uma fonte do governo confirmou a renúncia dos dois funcionários, mas não deu outros detalhes.
Chávez fez várias modificações no Executivo neste ano, depois de demitir o recém-nomeado ministro da Eletricidade por uma falha em um plano de racionamento de energia em Caracas. Ele foi substituído por Alí Rodríguez.
Carrizález, militar aposentado, assumiu a vice-presidência depois que o presidente renovou seu gabinete em 2008 na sequência de sua primeira derrota eleitoral, quando tentou modificar a Constituição por meio de um referendo.
Embora Carrizález, de 57 anos, tenha ocupado várias pastas, como as de Infraestrutura e, posteriormente, da Habitação, ele se expunha pouco à imprensa e raras vezes concedia entrevistas.
Durante seus dois anos na vice-presidência, o mandatário delegou a seu aliado importantes responsabilidades, como a supervisão de várias nacionalizações e a coordenação de alguns dos programas sociais mais importantes do governo.
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Lula nao e Bachelet
Com a vitoria do candidato de centro-direita no Chile parte da midia brasileira festejou aquilo que poderia ser o fim da tese da transferencia de votos entre politicos bem avaliados e seus candidatos. Isto porque Eduardo Frei nao se beneficiou da boa avaliacao do governo Bachelet a ponto de ter conseguido ser eleito. Ha tambem o fato de que Bachelet nao se animou muito em defender a candidatura do ex-presidente a ponto de se entregar de corpo e alma, so entrando na reta final da campanha. O que nao ocorre com Lula que se empenha pela sua candidata e sim, deve forcar a polarizacao do discursso do seu governo com o dos tucanos, representados pelos 8 anos de FHC, embora estes corram da comparacao como o diabo da cruz. Dessa forma as baterias serao focadas contra Dilma Roussef, como no caso da entrevista do Sergio Guerra nas paginas amarelas da revista Veja, chamando-a de dissimulada e mentirosa, alem de prometer acabar com o PAC. Recebeu o troco do presidente Lula que em reuniao fechada deixou vazar o que ele acha do Presidente do PSDB. E porque os tucanos querem fugir da polarizacao? Porque, embora repetindo alguns erros do governo FHC, o governo Lula tem se destacado em outras areas que estao, hoje, fazendo a diferenca no que se refere a melhoria de toda a sociedade brasileira. Como bem destacou o escrvinhador Rodrigo Viana no seu site, Lula tem quatro marcas que ajudam a delimitar essas diferencas, tornando-as mais nitidas e dramaticas a seu favor:
- politica externa independente (com reflexos na economia, por isso não sofremos tanto na crise; o Brasil já não tira os sapatos nem depende tanto dos EUA);
- diiálogo com os movimentos sociais (ao contrário dos tucanos e seus alidos da imprensa, que detestam sindicatos e povo mobilizado, Lula dialoga e respeita centrais sindicais e todo o movimento organizado);
- fortalecimento do papel do Estado (com fim das privatizaçoes, aumentos salariais para o funcionalismo, fortalecimento dos bancos púplicos e estatais; tudo isso teve papel fundamental na hora de enfrentar a crise);
- políticas sociais massivas (Bolsa-Família, recuperação do salario-mínimo).
E o que ele (o Rodrigo Viana) considera o calcanhar de aquiles do projeto tucano. Tem tambem a questao de acabar com o PAC. Se isto for verdade, acabar por acabar, vai atrapalhar a vida de muito empreiteiro e deixar muita obra em suspenso, atrasando cronogramas e aumentando ainda mais aquilo que e um dos grandes problemas do pais: os gargalos de infra-estrutura. Foi uma bola fora do Sergio Guerra que nao esta necessariamente em vantagem neste jogo, o que pode tornar o sonho do Planalto ainda mais longe da oposicao.
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- politica externa independente (com reflexos na economia, por isso não sofremos tanto na crise; o Brasil já não tira os sapatos nem depende tanto dos EUA);
- diiálogo com os movimentos sociais (ao contrário dos tucanos e seus alidos da imprensa, que detestam sindicatos e povo mobilizado, Lula dialoga e respeita centrais sindicais e todo o movimento organizado);
- fortalecimento do papel do Estado (com fim das privatizaçoes, aumentos salariais para o funcionalismo, fortalecimento dos bancos púplicos e estatais; tudo isso teve papel fundamental na hora de enfrentar a crise);
- políticas sociais massivas (Bolsa-Família, recuperação do salario-mínimo).
E o que ele (o Rodrigo Viana) considera o calcanhar de aquiles do projeto tucano. Tem tambem a questao de acabar com o PAC. Se isto for verdade, acabar por acabar, vai atrapalhar a vida de muito empreiteiro e deixar muita obra em suspenso, atrasando cronogramas e aumentando ainda mais aquilo que e um dos grandes problemas do pais: os gargalos de infra-estrutura. Foi uma bola fora do Sergio Guerra que nao esta necessariamente em vantagem neste jogo, o que pode tornar o sonho do Planalto ainda mais longe da oposicao.
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Cambio: sobre Ancora Cambial e Bandas Diagonais Endogenas
Alguns temas sao simplesmente hermeticos para a maioria dos mortais. E o caso da questao previdenciaria e dos calculos atuariais, de se temos ou nao rombos reiterados e qual o verdadeiro tamanho dos mesmos. O cambio vai pelo mesmo caminho. Deve ser fixo ou flutuante? Porque e tao dificil se chegar a um consenso nesta seara. Sera que o problema sao os rentistas, aqueles que dominam o mercado financeiro e que representam o norte ideologico dos que comandam as acoes do Banco Central? Com tantos misterios dificil chegar a uma conclusao satisfatoria. Neste caso nao podemos prescindir dos especialistas. A titulo de ilustracao reproduzo a seguir um artigo de 2008 do Joao Paulo Kupfer que descreve o periodo critico da era FHC sobre a questao da depreciacao cambial e de como o governo foi atropelado por este problema.
Cambio Flutuante: FHC nao fez, foi Atropelado.
por Joao Paulo Kupfer
Na excelente entrevista ao jornalista Ricardo Kotcho, publicada aqui no IG, no fim de semana, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso insiste na fabulação de que a mudança do regime cambial foi uma ação deliberada de seu governo. Quando perguntado do que se arrependia, FHC declara que “poderia ter tentado a mudança no sistema de câmbio antes”. E completa: “deixei para fazer isso no começo do segundo mandato” (clique aqui para ler a íntegra da entrevista de FHC a Ricardo Kotscho).
Quem olha para os oito anos de governo de Fernando Henrique Cardoso – e para as conseqüências deles – sem óculos ideológicos ou partidários não pode ter nenhuma dúvida de que o resultado em favor da consolidação da democracia, da estabilidade dos preços e, enfim, do progresso do País, é maior do que os problemas que deixou ou deixou de atacar. Mesmo com o mau passo da reeleição imposta em causa própria e os transtornos do apagão de energia, o saldo do governo FHC é positivo.
Por isso mesmo, a insistência de FHC na fábula da mudança cambial sob controle e decisão eletiva do governo só se explica pelo desejo, compreensível até, de escrever a história do seu período de governo também de óculos – estes com lentes cor-de-rosa. A mudança do regime cambial ocorreu nem faz 10 anos e está relativamente fresca na memória de muitas testemunhas do acontecido. Com todo o respeito ao ex-presidente, é no mínimo improvável a versão de que a mudança demorou porque, no governo, temia-se a volta da inflação. É claro que se temia a volta da inflação, mas esse não pode ser tomado como o único argumento do erro monumental.
OK, pode-se até não dizer que a insistência no câmbio fixo, depois da crise russa, a partir de agosto de 1998, nada tinha a ver com a reeleição, ainda que houvesse uma eleição no meio do caminho e FHC estivesse lá, concorrendo à reeleição. Mas não há como acreditar que a mudança do regime cambial teve data escolhida e planejada. Por mais que FHC repita a versão que repetiu a Kotcho, o câmbio mudou porque realmente a economia tinha quebrado e não havia dólares para sustentar o câmbio fixo. A fatalidade do calendário eleitoral, que marcava uma eleição presidencial bem no meio da crescente turbulência na economia, teve, obviamente, papel relevante e não pode ser jogada no lixo da História.
Falam por si os acontecimentos da época. Em agosto, a Rússia declarou moratória. O Brasil, com uma dívida externa superior a US$ 200 bilhões, já havia passado por remelexos nas crises do México, em 1995, e da Ásia, dois anos depois, mas conseguira, co m juros altos, acumular reservas de US$ 60 bilhões. O câmbio, abaixo de R$ 1,20 por dólar, garantia inflação no chão, mas, de outro lado, abria rasgos assustadores na balança em contas correntes. No fim daquele ano, o saldo negativo em contas correntes alcançaria o recorde histórico de US$ 33,5 bilhões.
Foi nesse ambiente, em que se desenvolvia a campanha eleitoral, que teve início novo e avassalador ataque especulativo contra a moeda brasileira. Para sustentar a moeda em torno de R$ 1,20, o Banco Central queimou, em três meses, US$ 30 bilhões. Quando o regime de câmbio fixo muda para um outro, de bandas cambiais limitadas, em 13 de janeiro de 1999, as reservas não chegam a US$ 20 bilhões. O que vai garantir um mínimo de ordem ao mercado é um empréstimo emergencial monstro, de US$ 41,5 bilhões, negociado com o FMI e fechado nos últimos dias de 1998.
Mesmo com um quadro quase caótico no mercado cambial, o governo, diferentemente do que insiste em contar o ex-presidente, ainda tentará uma saída de nome estranhíssimo, para fugir do câmbio flutuante – e, sem dúvida, do medo de uma escalada inflacionária, a partir de uma maxidesvalorização sem controle. Francisco Lopes, então diretor do Banco Central, vai substituir Gustavo Franco, em 12 de janeiro. Saem Franco e o câmbio fixo, entram Lopes e a “banda diagonal endógena”, uma fórmula para afrouxar o câmbio, mas ainda mantê-lo dentro de uma faixa limitada de flutuação.
A cotação do dólar sai de R$ 1,21 no dia 12,para R$ 1,32 no dia seguinte. No dia 20,já está em R$ 1,58. Quando janeiro termina, um dólar valia R$ 2 – em menos de 20 dias, uma desvalorização de 65%.
A pirotecnia não funcionou e o real continuava desvalorizando. Lopes e sua banda diagonal só duraram até o fim do mês.
O câmbio flutuante, finalmente, atropelou o governo e este jogou a toalha. O resto é história, que cada um conta como quiser.
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Cambio Flutuante: FHC nao fez, foi Atropelado.
por Joao Paulo Kupfer
Na excelente entrevista ao jornalista Ricardo Kotcho, publicada aqui no IG, no fim de semana, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso insiste na fabulação de que a mudança do regime cambial foi uma ação deliberada de seu governo. Quando perguntado do que se arrependia, FHC declara que “poderia ter tentado a mudança no sistema de câmbio antes”. E completa: “deixei para fazer isso no começo do segundo mandato” (clique aqui para ler a íntegra da entrevista de FHC a Ricardo Kotscho).
Quem olha para os oito anos de governo de Fernando Henrique Cardoso – e para as conseqüências deles – sem óculos ideológicos ou partidários não pode ter nenhuma dúvida de que o resultado em favor da consolidação da democracia, da estabilidade dos preços e, enfim, do progresso do País, é maior do que os problemas que deixou ou deixou de atacar. Mesmo com o mau passo da reeleição imposta em causa própria e os transtornos do apagão de energia, o saldo do governo FHC é positivo.
Por isso mesmo, a insistência de FHC na fábula da mudança cambial sob controle e decisão eletiva do governo só se explica pelo desejo, compreensível até, de escrever a história do seu período de governo também de óculos – estes com lentes cor-de-rosa. A mudança do regime cambial ocorreu nem faz 10 anos e está relativamente fresca na memória de muitas testemunhas do acontecido. Com todo o respeito ao ex-presidente, é no mínimo improvável a versão de que a mudança demorou porque, no governo, temia-se a volta da inflação. É claro que se temia a volta da inflação, mas esse não pode ser tomado como o único argumento do erro monumental.
OK, pode-se até não dizer que a insistência no câmbio fixo, depois da crise russa, a partir de agosto de 1998, nada tinha a ver com a reeleição, ainda que houvesse uma eleição no meio do caminho e FHC estivesse lá, concorrendo à reeleição. Mas não há como acreditar que a mudança do regime cambial teve data escolhida e planejada. Por mais que FHC repita a versão que repetiu a Kotcho, o câmbio mudou porque realmente a economia tinha quebrado e não havia dólares para sustentar o câmbio fixo. A fatalidade do calendário eleitoral, que marcava uma eleição presidencial bem no meio da crescente turbulência na economia, teve, obviamente, papel relevante e não pode ser jogada no lixo da História.
Falam por si os acontecimentos da época. Em agosto, a Rússia declarou moratória. O Brasil, com uma dívida externa superior a US$ 200 bilhões, já havia passado por remelexos nas crises do México, em 1995, e da Ásia, dois anos depois, mas conseguira, co m juros altos, acumular reservas de US$ 60 bilhões. O câmbio, abaixo de R$ 1,20 por dólar, garantia inflação no chão, mas, de outro lado, abria rasgos assustadores na balança em contas correntes. No fim daquele ano, o saldo negativo em contas correntes alcançaria o recorde histórico de US$ 33,5 bilhões.
Foi nesse ambiente, em que se desenvolvia a campanha eleitoral, que teve início novo e avassalador ataque especulativo contra a moeda brasileira. Para sustentar a moeda em torno de R$ 1,20, o Banco Central queimou, em três meses, US$ 30 bilhões. Quando o regime de câmbio fixo muda para um outro, de bandas cambiais limitadas, em 13 de janeiro de 1999, as reservas não chegam a US$ 20 bilhões. O que vai garantir um mínimo de ordem ao mercado é um empréstimo emergencial monstro, de US$ 41,5 bilhões, negociado com o FMI e fechado nos últimos dias de 1998.
Mesmo com um quadro quase caótico no mercado cambial, o governo, diferentemente do que insiste em contar o ex-presidente, ainda tentará uma saída de nome estranhíssimo, para fugir do câmbio flutuante – e, sem dúvida, do medo de uma escalada inflacionária, a partir de uma maxidesvalorização sem controle. Francisco Lopes, então diretor do Banco Central, vai substituir Gustavo Franco, em 12 de janeiro. Saem Franco e o câmbio fixo, entram Lopes e a “banda diagonal endógena”, uma fórmula para afrouxar o câmbio, mas ainda mantê-lo dentro de uma faixa limitada de flutuação.
A cotação do dólar sai de R$ 1,21 no dia 12,para R$ 1,32 no dia seguinte. No dia 20,já está em R$ 1,58. Quando janeiro termina, um dólar valia R$ 2 – em menos de 20 dias, uma desvalorização de 65%.
A pirotecnia não funcionou e o real continuava desvalorizando. Lopes e sua banda diagonal só duraram até o fim do mês.
O câmbio flutuante, finalmente, atropelou o governo e este jogou a toalha. O resto é história, que cada um conta como quiser.
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A Abordagem Politica do Cambio
Saiu um texto do Bresser Pereira na Folha de Sao Paulo que trata da questao do cambio e entende como a heranca maldita que o Lula devera deixar para o proximo presidente do Brasil, dismistificando a tese de que endividamento nao e doenca, mas sinal de saude e de que assim seria aceitavel indefinidamente a mistura de dolar baixo e juros altos. E faz a seguinte observacao: "Entre 1994 e 1999, o deficit em conta-corrente aumentou de 0,4% para 4,7% do PIB, mas a taxa de investimento, que era de 21,3% em 1994, em vez de subir para 25,6% (mais 4,3% do PIB), como prevê a ortodoxia convencional, baixou para 19,2%."
Da Folha
Luiz Carlos Bresser Pereira
Heranca Maldita
Lula se beneficiou de uma taxa de câmbio muito depreciada no início de 2003, mas não soube ser desenvolvimentista
A MANCHETE do caderno Dinheiro desta Folha no último dia 18 é significativa: "Deficit externo é herança maldita". O Brasil está de volta ao deficit em conta-corrente, que neste ano deverá ser de cerca de US$ 50 bilhões, e volta, portanto, a aumentar uma dívida externa que já causou tantos problemas. Desta maneira, assinala o jornal, o governo Lula deixa para seu sucessor uma "herança maldita" semelhante à deixada por FHC.
Será mesmo "maldita" essa herança? Na matéria, um competente economista, Reinaldo Gonçalves, não tem dúvida quanto a isso. Já dois economistas convencionais supõem que, endividando-se, o Brasil aumenta sua capacidade de investimento. Ledo engano de uma ortodoxia local que aceita os conselhos dos nossos concorrentes ricos para tentarmos crescer através de deficits em conta-corrente. Em vez de aumentar o investimento, o que a poupança externa faz quase sempre é apreciar a moeda local, aumentar o consumo e substituir a poupança interna pela externa. Na política econômica, tanto o novo desenvolvimentismo como a ortodoxia convencional são contra o populismo econômico -gastar mais do que se arrecada- e são contra os deficits públicos crônicos, ou seja, criticam o populismo fiscal. Qual a diferença? Está no populismo cambial, que o novo desenvolvimentismo rejeita e os ortodoxos alegremente esposam ao defenderem deficits em conta-corrente, ou seja, tentar crescer com poupança externa. "Porque assim financiamos o investimento", diz o populista cambial ortodoxo. Na verdade, quando o país incorre em deficit em conta geralmente sua taxa de investimento não aumenta ou pouco aumenta, porque a inevitável apreciação do câmbio provoca o aumento artificial dos salários e do consumo e a substituição da poupança interna pela externa.
Entre 1994 e 1999, por exemplo, o deficit em conta-corrente aumentou de 0,4% para 4,7% do PIB, mas a taxa de investimento, que era de 21,3% em 1994, em vez de subir para 25,6% (mais 4,3% do PIB), como prevê a ortodoxia convencional, baixou para 19,2%. A taxa de substituição da poupança interna pela externa foi de 132%! Em 2006, o Brasil apresentou um superavit corrente de 2,9% do PIB. A diferença entre +2,9 e -4,7%, ou seja, 7,6% do PIB, deveria ser quanto teria diminuído o investimento do país em relação aos 19,2% de 1999.
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O empate de Serra e Dilma no Rio
Vox Populi: Dilma e Serra empatados no Rio
Do Vermelho, via blog do Fernando Rodrigues
Pesquisa Vox Populi sobre intenção de votos para presidente aponta empate técnico entre José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) no Estado do Rio de Janeiro. O tucano está com 27% entre os eleitores fluminenses. A petista tem 26%. Ciro Gomes (PSB) obtém 14%. Marina Silva tem 9%. Os dados completos devem ser divulgados nesta segunda-feira (25.jan) pela TV Bandeirantes.
O Rio de Janeiro é o terceiro maior colégio eleitoral do país, atrás de São Paulo (1º) e Minas Gerais (2º). A antecipação dos dados da pesquisa Vox Populi para o Rio está no site da TV Bandeirantes.
No mesmo cenário pesquisado pelo Vox Populi, mas com metodologia diferente, o Datafolha havia apurado (de 14 a 18.dez.2009) os seguintes resultados: Serra com 29%, Dilma com 21%, Ciro com 14% e Marina com 12% –margem de erro de 3 pontos percentuais.
A pesquisa Vox Populi está sendo bancada pela TV Bandeirantes. A coordenação do levantamento foi da estatística Maria Cecília Sacramento Souza. Foram entrevistadas 2.000 pessoas em todas as regiões brasileiras nos dias 14 a 17 de janeiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. Não foi divulgado a margem de erro específica para o Estado do Rio de Janeiro.
Desde o dia 19 deste mês a pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e aguarda decurso do prazo legal de 5 dias (que vence neste domingo, 24.jan) para poder ser divulgada na íntegra.
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Brasil quer comprar veículos aéreos não-tripulados de Israel
Do Portal Terra
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou que o Brasil estuda comprar veículos aéreos não-tripulados (Vants) de tecnologia israelense para patrulhar a fronteira da Amazônia e monitorar a zona do Pré-Sal. As afirmações foram dadas neste final de semana, durante o primeiro dos cinco dias da sua visita a Israel. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Entre os compromissos de Jobim em Israel, o ministro deve se reunir com a cúpula política e de segurança do país. O ministro também deve conhecer as instalações de segurança e tecnologia, que possuem interesse em vender produtos e serviços ao Brasil para serem utilizados na organização da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.
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