sábado, 28 de agosto de 2010

A Crise de 2008: Lula, o PSDB e a Grande Mídia.

Como sabemos a crise financeira de 2008 foi o marco que abalou os alicerces do mercado, sustentado na tese da auto-regulação e tendo como bandeira o neoliberalismo, termo que ficou conhecido a partir dos governos Reagan, nos EUA e Tatcher, na Grã Bretanha, tendo como pano de fundo a teoria do Estado Mínimo, necessário para resguardar os interesses do mercado e deixar de ser empecilho para a livre iniciativa. Com esta doutrina na cabeça a oposição brasileira e sua infantaria, representada pela velha mídia, bombardearam o Presidente Lula quando este afirmou que no Brasil a crise seria como uma "marolinha", que não cortaria gastos, e que manteria investimentos. Esta posição otimista sofreu duros ataques dos que mantinha a mentalidade na "mão invisível do mercado" e todos pagaram para ver. Sabem o que aconteceu? O Brasil foi o último país a sentir os efeitos da crise e um dos primeiros a sair dela, como reconhecem todos os analistas financeiros e políticos, e hoje, com um PIB beirando os 7% ao ano e gerando mais de um milhão de empregos. Depois perguntam porque o Lula transfere tantos votos...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O Caso Lula x Frias Filho (Folha de São Paulo)

Esta versão está no blog do Nassif, contada por Ricardo Kotscho, jornalista muito próximo do Presidente. Refere-se ao almoço na casa dos Frias, donos do grupo Folha, episódio citado por Lula no comício de Campo Grande.


Por Der Steppenwolf
Livro: Do Golpe ao Planalto – Ricardo Kotscho
Capítulo: Rumo à Vitória 2000 – 2002 - página 225
(...)
O único problema mais sério que tivemos no relacionamento com a imprensa ao longo da campanha aconteceu por culpa minha. Lula já havia mantido encontros e participado de almoços com os dirigentes dos principais meios de comunicação, mas resistia a atender ao convite da Folha para o tradicional almoço com os diretores, editores e repórteres especiais. Quase toda semana, "seu" Frias ou alguém a seu pedido repetia o convite, que eu voltava a levar a Lula. Este alegava que noutras ocasiões tinha ficado contrariado com a maneira pouco cortês como fora tratado no jornal. Tanto insisti, que ele acabou me autorizando a marcar o almoço. Impôs, no entanto, que o número de participantes fosse reduzido, para que pudesse conversar melhor com o "seu" Frias.
Em razão de algum mal-estar ocorrido em almoços anteriores, dos quais não participei, o clima já não pareceu muito amigável desde o momento em que "seu" Frias recebeu Lula e José Alencar. Otávio Frias Filho ficou calado, enquanto Lula não parava de falar dos seus planos para o país e da importância de ter um vice como Alencar. Assim que os comensais sentaram à mesa, Frias Filho disparou a primeira pergunta: se Lula se sentia em condições de governar o país, mesmo sem ter se preparado para isso, não sabendo nem falar inglês. O candidato fez uma expressão de incredulidade, olhou prá mim como quem diz: "E eu tinha que ouvir isso?", engoliu em seco e deu uma resposta até tranqüila diante daquela situação constrangedora.
Como se tivessem sido ensaiadas, as perguntas seguiram no mesmo tom hostil ao convidado até que, já quase na hora em que seria servida a sobremesa, alguém quis saber como ele se sentia ao aceitar uma aliança com Paulo Maluf. O argumento era que, se o PL apoiava Maluf na eleição para governador de São Paulo, o candidato do PT a presidente também estaria se aliado ao político que mais combatera durante toda a história do partido. Não havia porém, nenhuma aliança em São Paulo entre o PP e o PT, que disputava a mesma eleição tendo como candidato o deputado federal José Genoíno. Foi a gota d'água. Lula não respondeu; levantou-se, dirigiu-se a "seu" Frias e comunicou: "O senhor me desculpe, mas não posso mais ficar aqui. Vou embora. Não posso aceitar isso, em nome da minha dignidade."
Ficou todo mundo paralisado. "Seu" Frias levantou-se também. Antes de sair, Lula ainda disse a Otavinho, o único que permaneceu na sala:"Eu não tenho culpa se você está nervoso porque teu candidato vai mal nas pesquisas". Para ele, a Folha estava apoiando José Serra. Pegando no braço do candidato, "seu" Frias o acompanhou até o elevador e depois até o carro, no estacionamento, com os outros todos caminhando atrás. "Nunca tinha acontecido isso antes na nossa casa", lamentou.
(...)

Mentes Colonizadas

Este episódio já foi bastante comentado na blogosfera. O filho do dono da Folha de São Paulo, ao receber o Presidente Lula para um almoço oferecido pela instituição, tratou-o de forma desrespeitosa, desqualificando-o por não saber falar inglês. O que retrata que parte de nossa elite tem uma mente colonizada, subdesenvolvida, incapaz de perceber a diferença entre um simples Presidente e um Estadista. O primeiro é um gerentão, que administra as coisas para o bem ou para o mal; o segundo vai além da mera adminstração dos negócios de Estado. Enxerga além, possui grande habilidade e tirocínio, sabedoria para tratar das coisas relativas ao bem estar da população, bem como das relações com outras nações. Lula fez isto sem falar inglês. E os que o antecederam? Estes que sabiam falar inglês e até outros idiomas? De fato o episódio carrega em si uma grande conotação de preconceito e orgulho por parte desses empresários de comunicação, que sempre estiveram atrelados ao poder, dele se beneficiando e influenciando, com o intuito de garantir seus próprios interesses. O povo? Ora o povo!

Do blog do Azenha


Otavinho, para Lula: “Como é que o senhor vai governar o Brasil se não fala inglês?”

Em comício no MS, Lula ataca diretor da ‘Folha de S. Paulo’
24 de agosto de 2010 • 23h33 • atualizado em 25 de agosto de 2010 às 02h30
Claudio Leal
Direto de Campo Grande (MS)
no Terra
No comício em Campo Grande (MS), na noite desta terça-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou o publisher da Folha de S. Paulo, Otávio Frias Filho, por um episódio ocorrido em 2002, quando foi cobrado, em almoço no jornal paulista, por não falar inglês. Em elevados decibéis, ao lado dos candidatos Dilma Rousseff e Zeca do PT, Lula criticou os que o viam como “cidadão de segunda classe ou verdadeiro vira-lata”.
“Me lembro como se fosse hoje, quando eu estava almoçando com a Folha de São Paulo. O diretor da Folha de São Paulo perguntou pra mim: “O senhor fala em inglês? Como é que o senhor vai governar o Brasil se o senhor não fala inglês?”… E eu falei pra ele: alguém já perguntou se Bill Clinton fala português? Eles achavam que o Bill Clinton não tinha obrigação de falar português!”, alvejou. A plateia o interrompeu, com gritos e aplausos. “Era eu, o subalterno, o colonizado, que tinha que falar inglês, e não Bill Clinton o português!”.
“Houve uma hora em que eu fiquei chateado e me levantei da mesa e falei: eu não vim aqui pra dar entrevista, eu vim aqui pra almoçar… Levantei, parei o almoço… E fui embora”, prosseguiu. “Quando terminou o meu mandato, Zeca… terminei sem precisar ter almoçado com nenhum jornal! Nunca faltei com o respeito com a imprensa… E vocês sabem o que já fizeram comigo…”, encerrou o presidente.

domingo, 22 de agosto de 2010

O Atual Cenário Eleitoral

O texto é bastante lúcido e foi colocado como comentário a um post do blog do Nassif.

Por Alexandre Tambelli
do blog do Nassif

Nassif!
    Nada é mais seguro do que se pautar pelos fatos concretos e pela verdade! O velho ditado e sempre atual diz: "contra fatos não há argumentos". O PT tem uma média histórica de 30% do eleitorado, fiel e de carteirinha, certo?(se fosse o contrário o PSOL, o PSTU, principalmente estes dois partidos, teriam crescido e não foi assim, como opções da esquerda e eles nem pontuam nas pesquisas.) O eleitor do PT continuou votando no PT, na sua grande maioria, e hoje,  creio eu, ampliou-se o número de simpatizantes do partido, certamente. Ninguém supõe que o eleitorado petista, por causa do suposto mensalão de 2005 mudaria seu voto para o DEM, PSDB ou PMDB e nem para o PCO, PCB, PSOL ou PSTU, certo?
     Será possível, que um grupo de pessoas que durante mais de 20 anos defendeu ideias de esquerda iria chegar ao poder e mudar de posição? Só mesmo a ingenuidade da esquerda mais radical para pensar assim. Fez o Governo LULA o que se pôde dentro da realidade do mundo atual. Um passo em falso quase derrubaram o LULA, imagina radicalizar para a esquerda, como pretende o PSOL de Plínio, sem sequer combinar com a população? LULA já estaria deposto do poder faz tempo. A extrema-esquerda quer fazer revolução, prega o Socialismo, porém, não se preocupa em dar um passo decisivo nesta direção, que seria, estar diretamente ligada com a Educação do povo, ai se o povo soubesse o que é Socialismo, teriamos a chance de implemetá-lo. Porém, sem conversar e ouvir o povo, tanto a extrema-esquerda, toda a direita, bem como a mídia ficaram para trás e sem credibilidade. O PlLÍNIO foi nos debates e não pontuou nas pesquisas, como isto foi possível? O SERRA com toda ajuda da mídia não sai dos 30% dos votos, por quê? A grande mídia achincalhando com o PT, a DILMA, o LULA e as esquerdas e seus partidários não conseguiu diminuir a popularidade do Governo LULA, que só tem 4% de notas vermelhas, como isto é possível?
     O Governo LULA com quase 80% de aprovação e a grande mídia querendo dizer que estava sob controle a vitória do SERRA? Ele só tinha uma vantagem sobre  a DILMA, era bem mais conhecido. A partir do momento que colou a imagem de DILMA no eleitorado como sendo a candidata do PT e de LULA de fato, inverteu-se o quadro, tudo dentro daquilo que a realidade mostra e que os honestos intelectualmente e lúcidos, sem partidarismo ou vontade própria de que seja outra a realidade (verdade) sabem.
     Primeiro ela ganhou os votos da esquerda moderada, do PT, PCdoB, PDT e PSB, o eleitorado LULISTA e chegou no eleitorado apartidário mas que quer continuar no caminho que o Brasil traça para seu futuro, com distribuição de renda, empregos em alta, obras de infraestrutura e consumo.