sábado, 19 de junho de 2010

Vermelho.org: Dulce Maia: do erro de Elio Gaspari à farsa contra Dilma Rousseff

Como já foi dito, com o advento da internet nada mais ficará impune. O cara é um medalhão, já bem rodado, e tasca uma mentira no ar, assim, sem sequer checar a fonte de informação? Em que dimensão essas pessoas acham que estão? Depois não entendem porque escrevem para as paredes. E sequer se dão ao trabalho de corrigir o erro.


Dulce Maia: do erro de Elio Gaspari à farsa contra Dilma Rousseff

Houve um tempo em que mentira tinha pernas curtas. Agora, a internet faz exercícios diários de alongamento da mendacidade. Nos últimos meses, uma torrencial campanha caluniosa circula pela rede mundial de computadores tomando por base artigo do jornalista Elio Gaspari, publicado originalmente nos jornais Folha de S.Paulo e O Globo em suas edições de 12 de março de 2008.

Por Dulce Maia, no Observatório da Imprensa

Quem tiver curiosidade de buscar na internet o número de vezes em que aparecem variantes da infame sentença "Agora a surpresa: adivinhem quem é Dulce Maia? Sim, ela mesma: Dilminha paz e amor! Esse é só mais um codinome da terrorista Estela/Dilma" – colada ao final do artigo de Gaspari – verá que estão hospedadas em mais de 500 páginas da rede (marca muito próxima à moda nazista de cunhar a verdade repetindo-se mil vezes uma mentira para torná-la veraz).

Ao contrário do que afirmam, Dulce Maia existe e resiste. Quem é Dulce Maia? Sou eu. Antes de mais nada, quero deixar claro que não me arrependo de nenhuma das opções políticas que fiz na vida, inclusive de ter participado da luta armada e da resistência à ditadura militar implantada em 1964. Eu me orgulho de ter sido companheira de luta de brasileiros dignos como Carlos Lamarca, Onofre Pinto, Diógenes de Oliveira e Aloysio Nunes Ferreira.

Sinal de descaso

Não pretendo polemizar com meus detratores, que ousaram decretar minha morte civil. Estes irão responder em juízo por seus atos. Não admito que queiram impor novos sofrimentos a quem já foi presa, torturada e banida do Brasil durante a ditadura. Lutarei com todas as minhas forças para garantir respeito à minha honra e à minha dignidade.

Gostaria apenas de fazer algumas reflexões sobre essa insidiosa campanha, alicerçada nos erros cometidos pelo jornalista Elio Gaspari ao tratar da ação contra o consulado norte-americano de São Paulo, em 1968. O articulista teve 40 anos para apurar a história. Falsamente me colocou como participante do episódio, sem nunca ter me procurado para checar a veracidade das informações de que dispunha. Tomou pelo valor de face peças do inquérito policial relativo ao atentado, como declaração extraída sob tortura do arquiteto e artista plástico Sérgio Ferro.

Se o articulista tivesse compulsado os arquivos do próprio jornal Folha de S.Paulo, facilmente encontraria entrevista de Sérgio Ferro (de quem também me orgulho de ser amiga há quase meio século). Conforme se lê no texto do repórter Mario Cesar Carvalho, publicado a 18 de maio de 1992, "Ferro assumiu pela primeira vez, em entrevista à Folha que ele, o arquiteto Rodrigo Lefrèvre (1938-1984) e uma terceira pessoa que ele prefere não identificar colocaram a bomba que explodiu à 1h15 do dia 19 de março de 1968 no consulado de São Paulo. Um estudante ficou ferido".

A matéria de 1992 trazia ilustração com um imenso dedo indicador em riste (o famoso "dedo-duro" apontado sobre a cabeça de um homem e acompanhado do texto "terror e cultura").

Gaspari tinha o dever ético de me procurar para verificar se seria eu essa terceira pessoa. Além de não fazê-lo, publicou que o atentado fora cometido por cinco pessoas (entre as quais fui falsamente incluída). O mesmo cuidado deveriam ter tido os responsáveis pela matéria da Folha de S.Paulo de 14 de março de 2008, que repercutiu o artigo de Gaspari reafirmando as falsas acusações.

A esses erros elementares de apuração, deve se somar a relutância da Folha de S.Paulo em restabelecer a verdade. Em nenhum momento, o ombudsman do jornal veio a público para tratar do assunto. O pedido de desculpas de Gaspari foi mera formalidade, sem delicadeza alguma. Sinal mais evidente do descaso do jornal foi a demora na publicação de carta de Sérgio Ferro, onde refutava categoricamente que eu tivesse participado daquela ação armada. A carta só foi publicada dois dias depois de ser divulgada no blog do jornalista Luis Nassif.

Luz do sol

Processado, o jornal foi condenado em primeira instância à reparação por danos morais [ver sentença abaixo]. Imaginava que a ação judicial fosse um freio eficaz às aleivosias, particularmente depois da exemplar observação do juiz de Direito Fausto José Martins Seabra de que o jornal "não só extrapolou o direito de crítica, como olvidou o compromisso legal e ético com a verdade".

No entanto, o artigo de Gaspari voltou a circular com o espantoso adendo de que Dulce Maia não existe e que este seria apenas um codinome de Dilma Rousseff. A utilização do artigo em plena campanha eleitoral mostra que setores da sociedade não têm qualquer apreço pela verdade como arma política. São pessoas que, muito provavelmente, apoiaram o golpe militar de 1964 e não apreciam o debate franco e aberto de ideias.

Chama atenção, também, o silêncio de Elio Gaspari sobre o uso indevido de seu texto. Nunca li qualquer manifestação do articulista refutando o uso de seu nome em páginas que emporcalham a internet com mentiras sobre minha pessoa.

O desrespeito é de duplo grau. Primeiro, pela reiterada circulação de informações falsas sobre o atentado ao consulado norte-americano (prática já condenada pela Justiça na sentença de primeira instância do juiz Martins Seabra). Em segundo lugar, e não menos importante, com a tentativa de me despersonalizar, como se Dulce Maia fosse apenas um codinome.

Depois dos desaparecimentos forçados praticados pela ditadura, que impôs a aniquilação física de adversários políticos, sequazes do regime militar querem impor a aniquilação moral em plena democracia. E o fazem da forma mais vil, espalhando mentiras pela internet.

Como estratégia política, não é novidade. Documentos do governo norte-americano revelam que a CIA apoiava o uso de boatos para desestabilizar o governo democrático de Salvador Allende. Vivi em Santiago e presenciei a onda de boatos que não atingiu seus objetivos eleitorais (Allende foi deposto pelo sangrento golpe militar de setembro de 1973).

Trazer à luz do sol aqueles que usam a mentira como ferramenta política é uma tarefa urgente. Farei a minha parte, acionando judicialmente todos aqueles que atacam minha honra ao tentar tirar proveito político de grotescas caricaturas para atingir a imagem de seus adversários.

A sentença de primeira instância

583.00.2008.245007-8/000000-000 – nº ordem 146/2009 – Indenização (Ordinária) – DULCE MAIA X EMPRESA FOLHA DA MANHÃ S/A – Autos nº 583.00.2008.245007-8 21ª Vara Cível Central da Capital DULCE MAIA move AÇÃO INDENIZATÓRIA contra EMPRESA FOLHA DA MANHÃ S.A. Em 12 de março de 2008 o jornal Folha de São Paulo, editado pela ré, publicou artigo de Elio Gaspari sobre as indenizações pagas às vítimas do regime instaurado em 31 de março de 1964. No decorrer do texto, mencionou de modo inverídico que a autora participara de atentado a bomba no consulado norte-americano nesta Capital. Dois dias depois, outro artigo foi escrito pelo mesmo jornalista com a mesma notícia falsa, a qual lhe causou danos morais. Entende que a ré abusou de seu direito de informar, atingindo a honra e a imagem da requerente ao lhe atribuir a prática de um crime. Requer, portanto, o ressarcimento dos danos morais sofridos. A ré apresentou contestação a fls. 327/343. Negou ter cometido ato ilícito, pois exercera o direito de informar e criticar, assegurado constitucionalmente. Refutou a ocorrência de danos morais, pois a informação inexata foi corrigida e teceu considerações sobre eventual fixação da indenização. Réplica a fls. 351/359. É o relatório. Fundamento e decido. O feito comporta julgamento no estado (art. 330, I, do Código de Processo Civil), registrando-se que as provas pleiteadas pelos litigantes são absolutamente desnecessárias ao deslinde dos pontos controvertidos. Incontroverso nos autos que a autora pertenceu à Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), grupo que tinha o objetivo de derrubar o regime instaurado em 31 de março de 1964 e implantar no Brasil, por meio da luta armada, uma democracia operária nos moldes marxistas e leninistas. É notório, ainda, que a ele e a outros grupos denominados terroristas foram atribuídas ações violentas consistentes em roubos a bancos, seqüestros de autoridades e explosões em imóveis públicos e privados. A autora negou ter participado do atentado de 19 de março de 1968 ao consulado norte-americano nesta Capital e a ré reconheceu na contestação, em consonância com o pedido de desculpas de seu articulista Elio Gaspari, publicado posteriormente, que de fato essa informação não era verdadeira. O equívoco aconteceu e foi expressamente admitido por quem o cometeu, de modo que inexiste pertinência em apurar neste feito como a informação errada foi obtida. O que importa é saber se a ré apenas exerceu o seu direito de crítica e se a correção do erro tem o condão de elidir a responsabilidade civil pelos danos morais causados à autora, que são evidentes e dispensam prova, pois ocorreram in re ipsa. Ter o nome associado à prática de um crime do qual não participou é suficiente para sofrer sensações negativas de reprovação social, angústia, aflição e tantas outras que consubstanciam danos morais relevantes sob o aspecto jurídico e, portanto, indenizáveis. A ré sustenta que exerceu o direito de crítica assegurado pelo art. 27, VIII, da Lei de Imprensa. De fato, assim agiu ao tecer considerações e até mesmo juízos de valor sobre a discrepância entre as diversas indenizações pagas às vítimas do regime militar. Sucede, contudo, que a partir do momento em que afirmou a participação da autora no episódio relatado nos autos, não só extrapolou o direito de crítica, como olvidou o compromisso legal e ético com a verdade. Pouco importa que a autora tenha de fato pertencido a grupo ao qual foram atribuídas ações violentas nas décadas de 60 e 70. A notícia de que participou do atentado ao consulado norte-americano não era verdadeira e, assim, não pode prevalecer diante do direito à honra. Lembra Antonio Jeová Santos que "existe um consenso de que a imprensa assume o compromisso de informar não só o fato veridicamente, como também de explicá-lo em seu contexto, em sua verdadeira significação – a verdade acerca do fato – como recomendava a Comissão sobre a Liberdade de Imprensa dos EUA" (Dano moral indenizável. 2ª ed. São Paulo: Lejus, 1999, p. 325). A ré ainda argumenta que corrigiu o erro e, assim, não tem o dever de indenizar os danos morais sofridos pela autora. Sem a necessidade de digressões acerca da forma e do lapso temporal consumido até que a retificação da informação inexata fosse veiculada, o fato é que a correção da notícia, ainda que se desse no modo, no tempo e no lugar adequados e com o mesmo destaque da informação falsa, não afastaria o ressarcimento almejado. Impossível supor que todos os leitores da notícia inexata tenham também lido as erratas e os pedidos de desculpas do articulista. Além disso, "a publicação equivocada, por si só, dá margem à indenização. Eventual retificação a posteriori não faz desaparecer o ato ilícito praticado" (Enéas Costa Garcia. Responsabilidade civil dos meios de comunicação. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2002, p. 294). Resta, pois, fixar o valor da indenização. No arbitramento da indenização oriunda dos danos morais leva-se em consideração a natureza, a extensão e a repercussão da lesão, bem como a capacidade econômica dos envolvidos, de modo a compensar os prejuízos experimentados pela vítima sem que haja locupletamento e, de modo concomitante, punir o ofensor de modo adequado a fim de não transgrida novamente. No caso em foco não se pode esquecer que a notícia inexata foi produzida por jornalista bastante respeitado por substancial obra em quatro volumes sobre a história recente do país, o que lhe impunha maior responsabilidade na divulgação de informações sobre aquele período. Por outro lado, a ré não adotou a postura arrogante de ignorar ou de tentar mascarar o seu erro, de modo que o valor indenizatório mínimo proposto com a petição inicial se mostra razoável e compatível com as peculiaridades vistas nestes autos e com os parâmetros acima apontados. Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE a demanda para condenar a ré ao pagamento de R$ 18.000,00 à autora, com correção monetária desde esta data e juros de mora de 1% ao mês contados de maio de 2008, bem como a publicar no mesmo jornal em que a notícia inexata foi divulgada, o inteiro teor desta sentença. Pagará ainda a vencida as custas processuais e os honorários advocatícios da parte contrária, fixados em 10% sobre o valor da condenação. P.R.I. São Paulo, 17 de abril de 2009. Fausto José Martins Seabra Juiz de Direito FLS. 370: Custas atualizadas de preparo para eventual recurso no valor de R$ 364,16. ORD – RP – ADV MAURO ROSNER OAB/SP 107633 – ADV LUIS CARLOS MORO OAB/ SP 109315 – ADV TAIS BORJA GASPARIAN OAB/SP 74182 – ADV MONICA FILGUEIRAS DA SILVA GALVAO OAB/SP 165378
 

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Aposentados, Fator Previdenciário e Investimentos

Não posso deixar de reproduzir o texto do Dep. Brizola Neto que aborda os investimentos imobiliários que estão sendo feitos nas favelas do Rio de Janeiro, à reboque da melhoria dos indicadores econômicos e sociais e das iniciativas de urbanização e investimentos em infra-estrutura (como o caso das vias de acesso e teleférico no Complexo do Alemão). Aproveito apenas o "gancho" para comentar sobre o aumento dos aposentados concedido pelo Lula e a manutenção do Fator Previdenciário. A grande(?) mídia baixou o sarrafo na iniciativa (como se não fosse fazer o mesmo se o Presidente não tivesse concedido o aumento), tachando-a de populista e irresponsável. Quanto à manutenção do fator previdenciário, tudo bem. Afinal de contas é herança do governo anterior e tem a ver com a menutenção do "equilíbrio das contas públicas". Abstraindo as hipocrisias de ocasião, o Lula deu um golpe de mestre ao conceder o reajuste aos aposentados e afirmar que vai haver redução das verbas parlamentares. Jogou o "pacote" no colo das oposições e ainda por cima deixou-as mudas ao manter o fator, que foi obra e graça daquelas. Realmente é difícil jogar com o Presidente. Como um bom enxadrista ele está algumas jogadas à frente. E a grande(?) mídia sempre atrás.
Quanto ao tema específico do post, trata-se do retrato de como o pobre, o trabalhador mais humilde, os mais necessitados foram incluídos na equação da distribuição de renda e geração de riqueza do país. Isto é populismo? Se isto for populismo, tenho certeza que o contrário é elitismo.

Com investimento, a vida melhora

Do blog do Brizola Neto


Cristina e a obra de seu futuro apartamento, em Benfica
Claro que isso não vira matéria na imprensa carioca, muito menos na Globo. Foi a Folha quem acabou publicando que  o crescimento do mercado de habitação no Rio de Janeiro – antes com grande peso das construções de alto padrão – teve um enorme aumento com a alta de renda da população  – que, segundo o jornal, “fez renascer uma classe média baixa emergente” – , a ampliação do crédito imobiliário dos bancos públicos e privados e, sobretudo com o programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal.
A matéria fala da elevação dos preços cobrados pelos terrenos em bairros dos subúrbios e da periferia, onde chegaram a dobrar de preço,por conta da demanda para edificação de casas e prédios. E fala do impulso que isso deu à construção de imóveis em áreas antes esquecidas.
“Alvos de favelização e esvaziamento econômico, bairros da zona norte do Rio de Janeiro voltaram a receber, nos últimos anos, lançamentos imobiliários após quase três décadas.
Fora do mapa das construtoras, locais como Vila da Penha, Benfica, Parada de Lucas, Madureira, Pavuna, entre outros, ganharam empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida.
“Já havia a tendência, mas o programa acelerou muito os lançamentos no subúrbio”

O jornal dá uma prova de que o combate à favelização parassa por aí, pela oferta de moradia acessível. ” Começam a surgir grandes empreendimentos às margens das favelas . Com o subsídio do programa, elas (as pessoas) podem sonhar em sair das comunidades”, diz o gerente de uma construtora.
Uma pequena matéria conta a história da autônoma Cristina Silva de Araújo, de 41 anos, que morava numa área invadida e está comprando um apartamento financiado da Caixa Econômica, pelo programa Minha Casa, Minha Vida.  É ela que, orgulhosa, olha as obras na foto que ilustra este post.
O que a Cristina está olhando ali não são derivativos, ações, fundos de aplicação. É algo livre da “volatilidade” do mercado, do sobe e desce da Bolsa, do vai e vem do câmbio.
É um prédio, é sua casa, é sua vida.
É o que desespera o pessoal do Brasil da roda presa e da grana solta.
Porque eles sabem que este é o verdadeiro Brasil que pode mais, não aquele que podia cada vez menos, o que FHC e Serra dirigiram por oito anos.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Notícias sobre a Copa que você não verá na Grande(?) Mìdia brasileira

Com tanto jogo morno, empates e retrancas, fica difícil para a mídia brasileira manter o assunto da Copa do Mundo de Futebol com matérias interessantes. Realmente não dá. Mas há uma notícia que ainda não foi veiculada e que diz respeito ao Brasil e à próxima Copa a ser disputada por aqui, bem como ao desenvolvimento de tecnologia nacional de transmissão de imagens. Como há muitos interesses envolvidos, somados ao fato de que a FIFA tem sob sua batuta bilhões de dólares em valores comercializados com marcas, publicidade e direito de transmissões, além, é claro, de uma audiência estimada em mais de 30 bilhões de telespectadores para toda a Copa da África do Sul; imaginem o que não está em jogo para a Copa a ser disputada no Brasil. A notícia está no sítio da Finep ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia e diz respeito a projeção de jogos de futebol em resolução 4K (que permitiria uma qualidade até oito vezes maior do que a empregada na HDTV).

Projeção do 1° jogo de futebol em resolução 4K do mundo.
Do sítio da FINEP

A projeção em super alta definição 4K 3D faz parte do Projeto 2014K, uma das 11 iniciativas da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, em exposição na Casa Brasil, em Joanesburgo - África do Sul, de 14 de junho a 11 de julho. O objetivo é mostrar para o mundo que o Brasil também tem empresas capazes de produzir conteúdo e projetar em 4K. “Ainda existe um certo preconceito mundial em relação ao Brasil quando trata-se de inovação tecnológica. Vamos provar que além do samba e do futebol, o país tem muito mais a oferecer”, esclarece Hans Ulmer, diretor presidente da absolut technologies.

Os jogos da Copa do Mundo de 2014 poderão ser transmitidos em 4K, permitindo aos torcedores que não estiverem nos estádios assistir às partidas como se ali estivessem. Esta tecnologia já existe e está sendo apresentada durante a Copa 2010 pela absolut technologies, empresa especializada em realidade virtual, 3D e soluções para projeções em alta resolução em parceria com a Universidade Mackenzie e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações e TI (CPqD).

Com a supervisão de Keith Collea, produtor de filmes hollywoodianos, como Homem de Ferro 2, foi filmado o jogo da final do Campeonato Gaúcho de 2010, entre Grêmio x Internacional. O clássico do futebol brasileiro, popularmente conhecido como "Gre-Nal", serviu de experimentação para a primeira filmagem de 4K 3D no mundo. E é este filme que será apresentado pela primeira vez em 3D com resolução de 4096X2160 durante a Copa na África.

As imagens capturadas por uma câmera de aproximadamente 150 kg tem 8 milhões de pixels e qualidade oito vezes superior às das imagens gravadas no atual formato HDTV. Entretanto, elas só garantem ao espectador a sensação de terceira dimensão (de imagem e áudio) se projetadas com equipamentos específicos para esta finalidade. Para garantir o sucesso dessa demonstração no continente africano, a absolut levará dois projetores JVC 4K, uma tela especial para projeção 3D e óculos 3D, entre outros equipamentos que constituem a solução completa para a projeção 4K 3D, além de uma equipe de técnicos e engenheiros. “O Brasil faz parte de um seleto grupo de países com conhecimento de transmissão em super alta definição. A ideia é desenvolver esta tecnologia a ponto de ser utilizada em auditórios de grande escala em 2014”, afirma Ulmer.

Durante o evento ainda será exibido pela absolut technologies a Solução Vídeo Wall com monitores LCD Eyevis, onde serão apresentados os patrocinadores do evento, juntamente com o conteúdo criado pelo designer austríaco Hans Donner, responsável pela logomarca da Rede Globo.  O Projeto 2014k é parte do Programa 2014Bis, idealizado a partir de uma reunião com o presidente Luis Inácio Lula da Silva em agosto de 2009. Homenageando Santos Dumont, o grande inovador do País, o programa tem por objetivo encantar, surpreender e emocionar o mundo nos grandes eventos esportivos que acontecerão no Brasil – a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. 

Todas as Bolas das Copas

Esse negócio de que a Jabulani presta ou não presta tá parecendo briga de patrocinadores. Nike, Adidas, jogador beijando a bola, frangos dos goleiros. Como será que eram as bolas das outras copas? O NYT trouxe um gráfico interativo sobre o assunto, com todas as bolas das copas desde 1930. Vale a pena dar uma olhada.

Dilma ultrapassa Serra em MG

A informação é do jornal o Tempo sobre pesquisa do instituto Sensus.


Hélio Costa tem 29 pontos de vantagem sobre Anastasia
Pelo levantamento, tucano ainda sofre com alto índice de desconhecimento
Da Redação
O senador Hélio Costa (PMDB) lidera com folga a corrida para o governo de Minas, com 29 pontos percentuais à frente do governador e candidato à reeleição Antonio Anastasia (PSDB). É o que indica a nova pesquisa realizada pelo instituto Sensus que foi encomendada pelo Partido da República (PR).
De acordo com o levantamento, o peemedebista tem 49,5% das intenções de voto contra 20,7% do tucano. O candidato do PV, deputado José Fernando Aparecido, aparece com 3,9%, enquanto outros 25,9% seguem indecisos, pretendem votar em branco ou anular. A margem de erro da pesquisa é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
A comparação com a sondagem anterior, publicada no mês passado, revela que a distância entre os principais candidatos ao Palácio Tiradentes aumentou. Há um mês, o senador tinha 35,3% da preferência do eleitorado, e o governador, 22,7%. Ou seja, enquanto Hélio Costa cresceu 14,2 pontos, Anastasia perdeu dois pontos.
O senador também lidera a pesquisa na categoria espontânea e na simulação de segundo turno.
No primeiro caso, em que a lista de nomes não é apresentada ao eleitor, o candidato da base aliada do presidente Lula foi mencionado por 21,1% dos entrevistados. O postulante do ex-governador Aécio Neves foi lembrado por 12,2%. Porém, mais da metade do eleitorado (56,6%) continua indecisa ou promete votar em branco ou anular o voto.
Já na projeção para uma disputa em segundo turno, a vitória seria de 54,6% do peemedebista sobre 22,3% do tucano.
Limite. O Sensus também questionou o eleitor sobre o limite de sua intenção de voto. Nos quesitos, os resultados também foram negativos para Anastasia. Ele tem os maiores índices de rejeição e de desconhecimento. Dos entrevistados, 36,2% disseram que não conhecem o governador. Outros 19,3% informaram que não votariam no tucano, valor apenas 3,9 pontos acima da rejeição de Hélio Costa.
O senador do PMDB é o único candidato em quem votariam 27,3% dos entrevistados. Já o governador é a única opção de 16%. Das pessoas entrevistadas, 41,9% afirmaram que podem votar em Costa, enquanto 19,3% consideram a opção de votar em Anastasia.
Dados técnicos
Coleta. O instituto Sensus realizou 1.500 entrevistas em 53 município de Minas Gerais nos dias 10 e 11 de junho. Os números de registro da pesquisa são 34.286/2010, no TRE-MG, e 14.772/2010, no TSE.



Ultrapassagem
Dilma Rousseff tem 37% contra 32% de José Serra
A nova pesquisa Sensus também traz os números da disputa presidencial. Ela mostra a consolidação da candidata do PT, Dilma Rousseff, sobre seu principal adversário, José Serra, do PSDB. Dilma aparece com 37,3% contra 32,1% de Serra. Considerando a margem de erro de 2,5 pontos percentuais, a petista mantém a dianteira – mesmo que por dois décimos – em sua pior estimativa contra a melhor do tucano.
A candidata do PV, Marina Silva, aparece com 7,3%. Outros 20,6% dos entrevistados disseram que vão votar em branco ou nulo ou se disseram indecisos. Os demais oito concorrentes à Presidência não ultrapassaram a marca de um ponto.
O levantamento anterior, de maio, apontava empate técnico entre Dilma e Serra. A diferença ntre eles, que era de um ponto percentual em favor da ex-ministra, cresceu para 5,2.
Provando que a população já conhece sua candidatura, a petista lidera também no cenário espontâneo. Ela recebeu menção de 24,3% dos eleitores contra 18% de Serra e 4,2% de Marina. No entanto, 44,5% disseram estar indecisos ou pretendem votar em branco ou nulo.
Na simulação de segundo turno, porém, o tucano mantém a liderança, mas com valor inferior à margem de erro. Ele aparece com 41,7% e a petista, com 40,5%. (Da Redação).

A Criação de Empregos Formais no Brasil e a Redução da Pobreza

As informações foram da Folha de São Paulo (os gráficos do blog do Alê) e retratam o processo de criação de empregos e redução da pobreza no país. Segundo o economista Marcelo Neri da FGV-RJ, diferentemente da década de 70, o crescimento econômico vem acompanhado de um movimento de redução de desigualdade. Interessante observar que, na Folha. foi omitido o período pré e pós Plano Real. Porque será? É por isso que há razão quando o Lula diz que a imprensa deve ser livre mas deve ter coragem de declarar para quem torce. E eles têm esta coragem?

Folha de S. Paulo - Mantida a tendência de crescimento médio da economia no governo Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil cortará à metade o número de pessoas pobres até 2014. O total deve cair de 29,9 milhões para cerca de 14,5 milhões, o equivalente a menos de 8% da população. Nos anos Lula, até a crise de 2009, o número de pobres (pessoas com renda familiar per capita mensal de até R$ 137,00) caiu 43%, de 50 milhões para 29,9 milhões.

Hoje, a velocidade da queda do número de pobres é ainda maior, de cerca de 10% ao ano, segundo cálculos do economista Marcelo Neri, chefe do Centro de Pesquisas Sociais da FGV-Rio. "Estamos entrando em um processo de redução da desigualdade mais forte que no período de 2003 a 2008. O rápido crescimento no início do ano só reforça essa tendência", afirma Neri. O economista diz que a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE) mostrou crescimento médio de 5,3% ao ano per capita real (além da inflação) no Brasil entre 2003 e 2008.

Outros especialistas ouvidos pela Folha concordam com essas previsões, consideradas realistas ante a tendência dos últimos anos. Consideram também viável o país manter um ritmo de crescimento até maior do que a média dos últimos anos. A previsão de crescimento para 2010, por exemplo, já varia de 6,5% a 7,5%.

Salário mínimo - A diminuição do número de pobres e a ascensão de 31,9 milhões de brasileiros às classes ABC entre 2003 e 2008 estiveram relacionadas, principalmente, ao aumento do emprego formal e da renda do trabalho, à política de valorização do salário mínimo e aos programas sociais, como o Bolsa Família. Para Lena Lavinas, especialista no assunto no Instituto de Economia da UFRJ, a pobreza no Brasil cai especialmente por conta da criação de vagas formais no mercado de trabalho.

"Cerca de 90% dos novos empregos formais nos últimos anos pagam até três salários mínimos (R$ 1.530,00). Isso favorece diretamente os mais vulneráveis", diz Lena. Além de criar quase 13 milhões de empregos formais (de 28,7 milhões para 41,5 milhões), o governo Lula patrocinou um aumento real (acima da inflação) de 53,6% para o valor do salário mínimo. Com isso, o piso básico no país voltou em 2010 próximo ao nível de 1986 -depois de atingir um fosso logo após o governo Collor (1990-92).

Pode de compra - Por conta dessa recuperação, os R$ 510 do mínimo de hoje (cerca de US$ 280) compram 2,2 cestas básicas, ante 1,4 no início do governo Lula. Nessa comparação, é o maior poder de compra desde 1979. Ademir Figueiredo, coordenador do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), afirma que a recuperação do salário mínimo "foi o grande "programa social" de Lula". "Pois ele tem impacto direto sobre o crescimento da renda familiar."

A construção civil é exemplar dentro dessa tendência. Os salários no setor, que emprega mão de obra pouco escolarizada, aumentaram 19,5% acima da inflação no governo Lula. Já o emprego formal saltou de 1,5 milhão de vagas para 2,5 milhões. "As contratações devem crescer ainda mais por conta dos investimentos para diminuir o deficit habitacional, na infraestrutura e nos relacionados a Copa e Olimpíadas, que mal começaram", diz Ana Maria Castelo coordenadora de Projetos da Construção da FGV-SP. 



O gráfico que saiu foi este:















Aí o Alê trouxe os seguintes:








terça-feira, 15 de junho de 2010

domingo, 13 de junho de 2010

O Brasil que se quer Grande

Tenho absoluta certeza de que, no ponto em que estamos, não haverá retorno. Poderá até haver algum retrocesso, mas a população brasileira saberá corrigir toda e qualquer situação que levar ao atraso. O Brasil vive um momento ímpar e nós somos privilegiados por compartilhar esta história. Embora persistam idéias derrotistas ou atrasadas, estas serão sufocadas por este novo limiar, o de um Brasil que entrará para a história como uma das grandes nações deste pequeno planeta. A auto-estima, a confiança e a esperança no porvir, agora não tão distante como quando acreditávamos que estaríamos "deitados eternamente em berço esplêndido", tampouco pasteurizada no ufanismo de momento, que se renovava de quatro em quatro anos, quando do advento de uma copa do mundo de futebol. Podemos ser grandes, não apenas no futebol, mas em todas as áreas desta grande nação. Sim, como disse, pensamentos derrotistas sempre existirão, mas, certamente, estão mais ligados a um desepeito ou preconceito mal disfarçado de parte de nossas elites, que, hoje, mais faz barulho do que mesmo influencia em qualquer coisa. São incapazes de acreditar, mas isto de forma bem conveniente, porque não aceitam que também fazem parte desta história. História genuinamente brasileira. Nossa e de mais ninguém.

Insistência derrotista
Luiz Alfredo Salomão
do Blog do Brizola Neto

São realmente impressionantes as dimensões do que está acontecendo no Brasil e do que está programado para o futuro, principalmente em matéria de energia, logística, mineração, educação, agropecuária familiar e agronegócio e saúde, bem como na redução das desigualdades regionais, de gênero e etnias.

Com a estagnação prevista para a Europa e a recuperação duvidosa dos EUA e do Japão, o Brasil deverá ultrapassar vários países no que diz respeito ao tamanho da economia, para se tornar o quarto ou quinto maior PIB. Vai melhorar consideravelmente seus indicadores sociais de saúde, educação e acesso aos serviços públicos essenciais, equiparando-se seu IDH aos níveis atuais dos países desenvolvidos.

Porém, é surpreendente que ainda haja resistência – os que insistem em tentar demonstrar que o Brasil não pode crescer 7% anuais.

Há os que não acreditam na capacidade de transformação do Brasil e estimam a taxa de crescimento do “PIB potencial” de 3% ao ano. Há os menos pessimistas que arriscam no máximo 4,5%, por conta da “insuficiência” da poupança doméstica e insustentabilidade do ingresso de poupança externa a longo prazo. É como se o nível de poupança fosse um pré-requisito determinante para elevarmos a taxa de investimento para algo em torno de 25% do PIB, ao invés de uma variável ex post ditada pelas necessidades de formação de capital fixo.

Ambos os tipos de derrotistas parecem ignorar em seus modelos a existência de mercados de crédito e de capitais, bem como o alto grau de financeirização da economia brasileira, provocada por elevadíssimas taxas de juros durante longos períodos.

Talvez desconsiderem, também, a existência de oportunidades excepcionais de investimento, como a produção do pré-sal, a exploração das florestas com manejo sustentável e desmatamento zero e a transformação tecnológica para uma economia de baixo carbono.

Isso sem contar as oportunidades que surgirão à medida que for melhorado o mapeamento do país e eliminado o “apagão” cartográfico. Para os derrotistas, o Brasil não pode crescer aceleradamente porque não é a China ou a Índia. Ocultam que crescemos, em média, a 7,4% ao ano entre 1950-1980. O mais grave é que tal postura conservadora contaminou até mesmo parte significativa da administração pública.

O Brasil pode e deve crescer aceleradamente e sem inflação. Especialmente se os próximos governos souberem colher os frutos do bônus demográfico e aumentar a produtividade dos trabalhadores, elevando sua escolaridade e preparo técnico.