As informações foram da Folha de São Paulo (os gráficos do blog do Alê) e retratam o processo de criação de empregos e redução da pobreza no país. Segundo o economista Marcelo Neri da FGV-RJ, diferentemente da década de 70, o crescimento econômico vem acompanhado de um movimento de redução de desigualdade. Interessante observar que, na Folha. foi omitido o período pré e pós Plano Real. Porque será? É por isso que há razão quando o Lula diz que a imprensa deve ser livre mas deve ter coragem de declarar para quem torce. E eles têm esta coragem?
Folha de S. Paulo - Mantida a tendência de crescimento médio da economia no governo Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil cortará à metade o número de pessoas pobres até 2014. O total deve cair de 29,9 milhões para cerca de 14,5 milhões, o equivalente a menos de 8% da população. Nos anos Lula, até a crise de 2009, o número de pobres (pessoas com renda familiar per capita mensal de até R$ 137,00) caiu 43%, de 50 milhões para 29,9 milhões.
Hoje, a velocidade da queda do número de pobres é ainda maior, de cerca de 10% ao ano, segundo cálculos do economista Marcelo Neri, chefe do Centro de Pesquisas Sociais da FGV-Rio. "Estamos entrando em um processo de redução da desigualdade mais forte que no período de 2003 a 2008. O rápido crescimento no início do ano só reforça essa tendência", afirma Neri. O economista diz que a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE) mostrou crescimento médio de 5,3% ao ano per capita real (além da inflação) no Brasil entre 2003 e 2008.
Outros especialistas ouvidos pela Folha concordam com essas previsões, consideradas realistas ante a tendência dos últimos anos. Consideram também viável o país manter um ritmo de crescimento até maior do que a média dos últimos anos. A previsão de crescimento para 2010, por exemplo, já varia de 6,5% a 7,5%.
Salário mínimo - A diminuição do número de pobres e a ascensão de 31,9 milhões de brasileiros às classes ABC entre 2003 e 2008 estiveram relacionadas, principalmente, ao aumento do emprego formal e da renda do trabalho, à política de valorização do salário mínimo e aos programas sociais, como o Bolsa Família. Para Lena Lavinas, especialista no assunto no Instituto de Economia da UFRJ, a pobreza no Brasil cai especialmente por conta da criação de vagas formais no mercado de trabalho.
"Cerca de 90% dos novos empregos formais nos últimos anos pagam até três salários mínimos (R$ 1.530,00). Isso favorece diretamente os mais vulneráveis", diz Lena. Além de criar quase 13 milhões de empregos formais (de 28,7 milhões para 41,5 milhões), o governo Lula patrocinou um aumento real (acima da inflação) de 53,6% para o valor do salário mínimo. Com isso, o piso básico no país voltou em 2010 próximo ao nível de 1986 -depois de atingir um fosso logo após o governo Collor (1990-92).
Pode de compra - Por conta dessa recuperação, os R$ 510 do mínimo de hoje (cerca de US$ 280) compram 2,2 cestas básicas, ante 1,4 no início do governo Lula. Nessa comparação, é o maior poder de compra desde 1979. Ademir Figueiredo, coordenador do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), afirma que a recuperação do salário mínimo "foi o grande "programa social" de Lula". "Pois ele tem impacto direto sobre o crescimento da renda familiar."
A construção civil é exemplar dentro dessa tendência. Os salários no setor, que emprega mão de obra pouco escolarizada, aumentaram 19,5% acima da inflação no governo Lula. Já o emprego formal saltou de 1,5 milhão de vagas para 2,5 milhões. "As contratações devem crescer ainda mais por conta dos investimentos para diminuir o deficit habitacional, na infraestrutura e nos relacionados a Copa e Olimpíadas, que mal começaram", diz Ana Maria Castelo coordenadora de Projetos da Construção da FGV-SP.
O gráfico que saiu foi este:
Aí o Alê trouxe os seguintes:
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