domingo, 13 de junho de 2010

O Brasil que se quer Grande

Tenho absoluta certeza de que, no ponto em que estamos, não haverá retorno. Poderá até haver algum retrocesso, mas a população brasileira saberá corrigir toda e qualquer situação que levar ao atraso. O Brasil vive um momento ímpar e nós somos privilegiados por compartilhar esta história. Embora persistam idéias derrotistas ou atrasadas, estas serão sufocadas por este novo limiar, o de um Brasil que entrará para a história como uma das grandes nações deste pequeno planeta. A auto-estima, a confiança e a esperança no porvir, agora não tão distante como quando acreditávamos que estaríamos "deitados eternamente em berço esplêndido", tampouco pasteurizada no ufanismo de momento, que se renovava de quatro em quatro anos, quando do advento de uma copa do mundo de futebol. Podemos ser grandes, não apenas no futebol, mas em todas as áreas desta grande nação. Sim, como disse, pensamentos derrotistas sempre existirão, mas, certamente, estão mais ligados a um desepeito ou preconceito mal disfarçado de parte de nossas elites, que, hoje, mais faz barulho do que mesmo influencia em qualquer coisa. São incapazes de acreditar, mas isto de forma bem conveniente, porque não aceitam que também fazem parte desta história. História genuinamente brasileira. Nossa e de mais ninguém.

Insistência derrotista
Luiz Alfredo Salomão
do Blog do Brizola Neto

São realmente impressionantes as dimensões do que está acontecendo no Brasil e do que está programado para o futuro, principalmente em matéria de energia, logística, mineração, educação, agropecuária familiar e agronegócio e saúde, bem como na redução das desigualdades regionais, de gênero e etnias.

Com a estagnação prevista para a Europa e a recuperação duvidosa dos EUA e do Japão, o Brasil deverá ultrapassar vários países no que diz respeito ao tamanho da economia, para se tornar o quarto ou quinto maior PIB. Vai melhorar consideravelmente seus indicadores sociais de saúde, educação e acesso aos serviços públicos essenciais, equiparando-se seu IDH aos níveis atuais dos países desenvolvidos.

Porém, é surpreendente que ainda haja resistência – os que insistem em tentar demonstrar que o Brasil não pode crescer 7% anuais.

Há os que não acreditam na capacidade de transformação do Brasil e estimam a taxa de crescimento do “PIB potencial” de 3% ao ano. Há os menos pessimistas que arriscam no máximo 4,5%, por conta da “insuficiência” da poupança doméstica e insustentabilidade do ingresso de poupança externa a longo prazo. É como se o nível de poupança fosse um pré-requisito determinante para elevarmos a taxa de investimento para algo em torno de 25% do PIB, ao invés de uma variável ex post ditada pelas necessidades de formação de capital fixo.

Ambos os tipos de derrotistas parecem ignorar em seus modelos a existência de mercados de crédito e de capitais, bem como o alto grau de financeirização da economia brasileira, provocada por elevadíssimas taxas de juros durante longos períodos.

Talvez desconsiderem, também, a existência de oportunidades excepcionais de investimento, como a produção do pré-sal, a exploração das florestas com manejo sustentável e desmatamento zero e a transformação tecnológica para uma economia de baixo carbono.

Isso sem contar as oportunidades que surgirão à medida que for melhorado o mapeamento do país e eliminado o “apagão” cartográfico. Para os derrotistas, o Brasil não pode crescer aceleradamente porque não é a China ou a Índia. Ocultam que crescemos, em média, a 7,4% ao ano entre 1950-1980. O mais grave é que tal postura conservadora contaminou até mesmo parte significativa da administração pública.

O Brasil pode e deve crescer aceleradamente e sem inflação. Especialmente se os próximos governos souberem colher os frutos do bônus demográfico e aumentar a produtividade dos trabalhadores, elevando sua escolaridade e preparo técnico.

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