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sábado, 8 de maio de 2010
Suape: O Discurso do Filho do Almirante Negro
Excelentíssimo Presidente da República
Excelentíssimo Governador de Pernambuco
Excelentíssimo Prefeito do Recife
Excelentíssimo Presidente da Petrobras
Excelentíssimo Presidente da Transpetro
Demais autoridades e representantes de entidades da sociedade civil.
Senhoras e Senhores, meu cordial bom dia!
O lançamento ao mar do navio João Cândido, neste dia, nas águas que banham Pernambuco – este maravilhoso Estado cantado em prosa e verso como LEÃO DO NORTE - reveste-se de significado muito especial. Trata-se da primeira embarcação da fase de revitalização da indústria naval do país, pelo Estaleiro Atlântico Sul, e é primogênito da nova frota da Transpetro.
É especial porque foi o próprio presidente da República que sugeriu o nome de batismo do navio. É especial não só para a família de João Cândido e de seus companheiros marinheiros. É especial para a sociedade brasileira, pois esta homenagem, neste ano do centenário da Revolta da Chibata, consagra o reconhecimento de uma luta justa e digna travada contra os maus tratos que existiam na Marinha do Brasil, em defesa dos direitos humanos.
Não cabe aqui e agora reabrir feridas do episódio histórico.
Mas é fundamental nos situarmos no que ocorreu entre os dias 22 e 27 de novembro de 1910, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, uma semana após a posse do marechal Hermes da Fonseca como presidente da República.
Aliás, muito antes daquele período, o descontentamento dos marujos – em larga maioria, filhos de escravos ou ex-escravos, negros e mulatos, pobres e analfabetos – já era uma bomba a explodir na Marinha do Brasil. Os marujos recriminavam os castigos físicos e o excesso de trabalho. Também enfrentavam problemas com a alimentação de péssima qualidade e escassa. A lei Áurea, em 1888, não extinguiu o costume covarde da chibata aplicada aos marinheiros pelos oficiais como punição disciplinar.
As 250 chibatadas dadas no marinheiro Marcelino Rodrigues Meneses foi o estopim para a revolta. O meu pai João Cândido e mais de dois mil marinheiros, então, se rebelaram. E posso dizer que, pela primeira vez, um Almirante Negro assumiu o comando dos navios da reconhecida Esquadra Branca, que era orgulho do país, e que em 1910 era considerada a terceira potência naval do mundo.
Senhoras e Senhores,
Quase cem anos depois da Revolta da Chibata, enquanto a Marinha ainda se mantém atrelada à idéia de que o episódio foi uma insurgência, o Estado vem procurando retificar os erros cometidos contra os marinheiros.
Nesse sentido, o presidente Lula, em julho de 2008, sancionou o projeto que anistiou João Cândido e os outros marinheiros participantes da Revolta da Chibata. É bem verdade que o artigo que previa o pagamento relativo às promoções póstumas e indenizações por morte aos familiares dos anistiados foi vetado, no meu entender, injustamente. Essa reparação ainda será feita.
Quero, como representante da família de João Cândido, expressar meu agradecimento ao presidente Lula pela iniciativa tomada no sentido de acertar o episódio histórico no seu devido lugar na história brasileira.
O navio petroleiro João Cândido vai singrar a imensidão dos mares com a nobre missão de transportar riquezas naturais brasileiras. Desejo que isso possa ajudar, efetivamente, na política de desenvolvimento econômico com justiça social. Nos mares e nos portos de qualquer parte do mundo, o navio será a nossa referência de grandeza e dignidade.
Vida longa ao João Cândido.
Muito obrigado.
Discurso de Adalberto Cândido, filho de João Cândido, no evento.
Fonte: http://www.portugaldigital.com.br/noticia.kmf?cod=9959263&indice=0&canal=159
Excelentíssimo Governador de Pernambuco
Excelentíssimo Prefeito do Recife
Excelentíssimo Presidente da Petrobras
Excelentíssimo Presidente da Transpetro
Demais autoridades e representantes de entidades da sociedade civil.
Senhoras e Senhores, meu cordial bom dia!
O lançamento ao mar do navio João Cândido, neste dia, nas águas que banham Pernambuco – este maravilhoso Estado cantado em prosa e verso como LEÃO DO NORTE - reveste-se de significado muito especial. Trata-se da primeira embarcação da fase de revitalização da indústria naval do país, pelo Estaleiro Atlântico Sul, e é primogênito da nova frota da Transpetro.
É especial porque foi o próprio presidente da República que sugeriu o nome de batismo do navio. É especial não só para a família de João Cândido e de seus companheiros marinheiros. É especial para a sociedade brasileira, pois esta homenagem, neste ano do centenário da Revolta da Chibata, consagra o reconhecimento de uma luta justa e digna travada contra os maus tratos que existiam na Marinha do Brasil, em defesa dos direitos humanos.
Não cabe aqui e agora reabrir feridas do episódio histórico.
Mas é fundamental nos situarmos no que ocorreu entre os dias 22 e 27 de novembro de 1910, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, uma semana após a posse do marechal Hermes da Fonseca como presidente da República.
Aliás, muito antes daquele período, o descontentamento dos marujos – em larga maioria, filhos de escravos ou ex-escravos, negros e mulatos, pobres e analfabetos – já era uma bomba a explodir na Marinha do Brasil. Os marujos recriminavam os castigos físicos e o excesso de trabalho. Também enfrentavam problemas com a alimentação de péssima qualidade e escassa. A lei Áurea, em 1888, não extinguiu o costume covarde da chibata aplicada aos marinheiros pelos oficiais como punição disciplinar.
As 250 chibatadas dadas no marinheiro Marcelino Rodrigues Meneses foi o estopim para a revolta. O meu pai João Cândido e mais de dois mil marinheiros, então, se rebelaram. E posso dizer que, pela primeira vez, um Almirante Negro assumiu o comando dos navios da reconhecida Esquadra Branca, que era orgulho do país, e que em 1910 era considerada a terceira potência naval do mundo.
Senhoras e Senhores,
Quase cem anos depois da Revolta da Chibata, enquanto a Marinha ainda se mantém atrelada à idéia de que o episódio foi uma insurgência, o Estado vem procurando retificar os erros cometidos contra os marinheiros.
Nesse sentido, o presidente Lula, em julho de 2008, sancionou o projeto que anistiou João Cândido e os outros marinheiros participantes da Revolta da Chibata. É bem verdade que o artigo que previa o pagamento relativo às promoções póstumas e indenizações por morte aos familiares dos anistiados foi vetado, no meu entender, injustamente. Essa reparação ainda será feita.
Quero, como representante da família de João Cândido, expressar meu agradecimento ao presidente Lula pela iniciativa tomada no sentido de acertar o episódio histórico no seu devido lugar na história brasileira.
O navio petroleiro João Cândido vai singrar a imensidão dos mares com a nobre missão de transportar riquezas naturais brasileiras. Desejo que isso possa ajudar, efetivamente, na política de desenvolvimento econômico com justiça social. Nos mares e nos portos de qualquer parte do mundo, o navio será a nossa referência de grandeza e dignidade.
Vida longa ao João Cândido.
Muito obrigado.
Discurso de Adalberto Cândido, filho de João Cândido, no evento.
Fonte: http://www.portugaldigital.com.br/noticia.kmf?cod=9959263&indice=0&canal=159
A Procuradora Torturadora e o Segurança Assassino.
Do blog do Nassif
O Caso da Procuradora que torturava crianças.
Por Andre Araujo
O caso da menina de 2 anos adotada por uma procuradora tem questões terriveis não respondidas: como é que se entrega uma criança nessas condições, para uma mulher de 66 anos criar? Qual a compatibilidade de idades entre a mãe adotiva e a criança? E qual a estrutura familiar dessa mãe adotiva, que aparentemente vivia sozinha com seus cachorros? É uma senhora sem perfil de mãe, que adoção mais estranha, sabendo-se que havia um casal aprovado na fila para adotar essa mesma menina e sabendo-se que essa mesma procuradora já tinha antecedentes problematicos com outra tentativa de adoção.
Outra questão, foi Procuradora de Justiça com esse perfil psicologico, de espancadora de crianças?
Ninguem percebeu em trinta anos, entre seus chefes e colegas, o que duas humildes domesticas sacaram em dois meses? E um senhor caso, cheio de perguntas sem respostas.
O outro caso chocante foi o do aposentado baleado na cabeça por um segurança do Bradesco porque tinha um marcapasso e não conseguia passar na porta da agencia bancaria. Mesmo depois de mostrar o atestado do marcapasso foi baleado à queima roupa, o tiro atravessou a cabeça do cliente, que dificilmente sobreviverá e atingiu mais outro aposentado.
Questões: ou se responsabiliza de forma cabal o Banco ou vai continuar esse crime continuado de seguranças facinoras contratados com que criterio ninguem sabe por bancos e lojas. Este caso está acontecendo porque outros casos não responsabilizaram o estabelecimento, que tiram o corpo fora, alegando tercerização.
Em dezembo de 2008 um cliente das Casas Bahia foi assassinado na porta da loja por um segurança que achou que ele, um operário documentado, tinha má aparencia e poderia ser um assaltante. O infeliz estava na porta esperando a esposa que estava dentro da loja comprando um armario. O matador ficou preso 8 dias e foi solto.
A loja alega que não tem nada com isso. Um pai de familia, com esposa e filho, foi morto estupidamente, Ninguem pagou até agora pelo crime, a poderosa Casas Bahia tirou o corpo fora, a firma de segurança nem é preciso perguntar, não vai se abalar a minima.
Duas humildes criaturas massacradas por poderosos ícones do empresariado brasileiro, nenhum espirito civico dos dirigentes dessas organizações, nenhuma desculpa do presidente do banco e da loja.
As empresas de segurança nos dois casos são das maiores do Pais. Depois falam mal dos EUA, lá tambem pode acontecer, mas a responsabilização é imediata, publica e sem apelação e os valores de indenização são enormes.
Aonde está a galera blogueira que defende os humildes?
O Caso da Procuradora que torturava crianças.
Por Andre Araujo
O caso da menina de 2 anos adotada por uma procuradora tem questões terriveis não respondidas: como é que se entrega uma criança nessas condições, para uma mulher de 66 anos criar? Qual a compatibilidade de idades entre a mãe adotiva e a criança? E qual a estrutura familiar dessa mãe adotiva, que aparentemente vivia sozinha com seus cachorros? É uma senhora sem perfil de mãe, que adoção mais estranha, sabendo-se que havia um casal aprovado na fila para adotar essa mesma menina e sabendo-se que essa mesma procuradora já tinha antecedentes problematicos com outra tentativa de adoção.
Outra questão, foi Procuradora de Justiça com esse perfil psicologico, de espancadora de crianças?
Ninguem percebeu em trinta anos, entre seus chefes e colegas, o que duas humildes domesticas sacaram em dois meses? E um senhor caso, cheio de perguntas sem respostas.
O outro caso chocante foi o do aposentado baleado na cabeça por um segurança do Bradesco porque tinha um marcapasso e não conseguia passar na porta da agencia bancaria. Mesmo depois de mostrar o atestado do marcapasso foi baleado à queima roupa, o tiro atravessou a cabeça do cliente, que dificilmente sobreviverá e atingiu mais outro aposentado.
Questões: ou se responsabiliza de forma cabal o Banco ou vai continuar esse crime continuado de seguranças facinoras contratados com que criterio ninguem sabe por bancos e lojas. Este caso está acontecendo porque outros casos não responsabilizaram o estabelecimento, que tiram o corpo fora, alegando tercerização.
Em dezembo de 2008 um cliente das Casas Bahia foi assassinado na porta da loja por um segurança que achou que ele, um operário documentado, tinha má aparencia e poderia ser um assaltante. O infeliz estava na porta esperando a esposa que estava dentro da loja comprando um armario. O matador ficou preso 8 dias e foi solto.
A loja alega que não tem nada com isso. Um pai de familia, com esposa e filho, foi morto estupidamente, Ninguem pagou até agora pelo crime, a poderosa Casas Bahia tirou o corpo fora, a firma de segurança nem é preciso perguntar, não vai se abalar a minima.
Duas humildes criaturas massacradas por poderosos ícones do empresariado brasileiro, nenhum espirito civico dos dirigentes dessas organizações, nenhuma desculpa do presidente do banco e da loja.
As empresas de segurança nos dois casos são das maiores do Pais. Depois falam mal dos EUA, lá tambem pode acontecer, mas a responsabilização é imediata, publica e sem apelação e os valores de indenização são enormes.
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sexta-feira, 7 de maio de 2010
Suape: Transpetro lança Navio no Mar nesta sexta-feira
Do blog da Petrobrás
Fonte: http://www.blogspetrobras.com.br/fatosedados/?p=22562
A Transpetro, subsidiária da Petrobras para transporte e logística, lança nesta sexta-feira (7/5), em Pernambuco, o primeiro navio do Programa de Modernização da Frota (Promef). A embarcação, do tipo Suezmax, tem 274 metros de comprimento e capacidade para transportar um milhão de barris de petróleo.
Este é o primeiro navio petroleiro construído no Brasil a ser entregue ao Sistema Petrobras em mais de 13 anos, período em que a indústria naval brasileira praticamente desapareceu dos radares, após ser a segunda maior fabricante mundial nos anos 1970. A partir do Promef, um dos principais projetos estruturantes do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), os estaleiros nacionais se modernizaram e novas unidades de produção, como o Atlântico Sul, surgiram no País. Hoje, o Brasil já possui a quarta maior carteira de navios petroleiros do mundo.
“O lançamento ao mar do primeiro navio do Promef é um fato histórico. Atravessamos uma verdadeira epopéia para chegarmos a esse ponto. Quando iniciamos o programa, a desconfiança era enorme. Mas este ano, com os primeiros navios sendo lançados, veremos a prova real do acerto e da força do Promef, que entra agora em uma nova etapa, inclusive porque já estamos trabalhando para lançar a sua terceira fase”, afirma o presidente da Transpetro, Sergio Machado.
O Promef já gerou 15 mil empregos diretos. Este número chegará a 40 mil. Em suas duas primeiras fases, o programa prevê a construção de 49 navios no Brasil, dos quais, 46 foram licitados e 33 já contratados. Os três últimos estão fase final de licitação. Em junho, será lançado ao mar o segundo navio do programa, desta vez no Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ).
Fonte: http://www.blogspetrobras.com.br/fatosedados/?p=22562
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Banda Larga: Brasil em 60º lugar segundo estudo de órgão ligado à ONU
O que falta ao Brasil para oferecer uma serviço de banda larga universal, bom e mais barato? O governo optou por entrar no jogo, para forçar as teles a investirem mais e melhor no oferecimento do serviço com a reativação da Telebrás. Pelo PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) a estatal ficará com a chamada "última milha", ou seja, com aquele nincho de mercado que as empresas privadas não investem ou têm investimento insatisfatório. O plano prevê ainda um pacote de desonerações tributárias e estímulos à competição. Segundo o IPEA que mapeou o problema no país, no seu comunicado 10046, na Região Norte por exemplo, há pouquíssimos municípios com banda larga, sendo que em Roraima e no Amapá não existe este serviço; no Amazonas, apenas um município tem serviço de banda larga, de um total de 62. A exceção é Rondônia que tem 50 dos seus 52 municípios atendidos pelo serviço. O Maranhão, Pará, Paraíba e Piauí têm menos de 10% de seus domicílios com banda larga. O estudo aponta ainda que o alto preço do serviço provocado pelo baixo nível de competição, a elevada carga tributária e a baixa renda da população explicam a baixa densidade do acesso à banda larga no Brasil. Um outro efeito é a exagerada concentração do serviço nas mãos de uma única operadora por municípios e regiões.
Em vista de tantos problemas porque há um a reação das teles em ir de encontro ao esforço do governo, através do PNBL, em estimular melhorias na oferta do serviço no país? Argumentam a existência de concorrência estatal e não terem participado na elaboração do plano o que feriria o espírito dos contratos que estava implícito quando do processo de privatizações ocorrido nos idos de 1998, e caracterizaria a quebra dos compromissos firmados naquele ano. Afirmam ainda que a Telebrás só poderia operar com autorização do Congresso Nacional através de lei.
Na verdade o que está em jogo é a inclusão da maioria dos cidadãos brasileiros na sociedade de informação e do conhecimento. Com a massificação do acesso à internet teremos redução do custo do país pela desburocratização de processos e diminuição do uso do papel no âmbito do governo e das empresas. É assim que o governo poderá oferecer serviço de aposentadoria em 30 minutos e massificar o uso da nota fiscal eletrônica. Além de tudo o acesso ao conhecimento dará ao cidadão a possibilidade do exercício da cidadania plena, pelo alcance de informações sobre sáude, educação entre outros.
Leia a íntegra do Comunicado do Ipea nº 46
Veja os gráficos de apresentação do Comunicado
Fonte: http://agencia.ipea.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1089&Itemid=8
Em vista de tantos problemas porque há um a reação das teles em ir de encontro ao esforço do governo, através do PNBL, em estimular melhorias na oferta do serviço no país? Argumentam a existência de concorrência estatal e não terem participado na elaboração do plano o que feriria o espírito dos contratos que estava implícito quando do processo de privatizações ocorrido nos idos de 1998, e caracterizaria a quebra dos compromissos firmados naquele ano. Afirmam ainda que a Telebrás só poderia operar com autorização do Congresso Nacional através de lei.
Na verdade o que está em jogo é a inclusão da maioria dos cidadãos brasileiros na sociedade de informação e do conhecimento. Com a massificação do acesso à internet teremos redução do custo do país pela desburocratização de processos e diminuição do uso do papel no âmbito do governo e das empresas. É assim que o governo poderá oferecer serviço de aposentadoria em 30 minutos e massificar o uso da nota fiscal eletrônica. Além de tudo o acesso ao conhecimento dará ao cidadão a possibilidade do exercício da cidadania plena, pelo alcance de informações sobre sáude, educação entre outros.
Brasil está atrasado no acesso à banda larga
Comunicado do Ipea n° 46 traz situação atual e mostra que apenas redução dos impostos não é suficiente para a universalização do serviço
Da Agência IPEA
Quando se trata de acesso á banda larga, o Brasil está muito aquém dos países desenvolvidos e mesmo de países como México e Turquia. Apenas 12 milhões de domicílios (21% da população brasileira) têm banda larga. O acesso é praticamente inexistente no Amapá e Roraima. Se continuar assim, o País ficará ainda mais distante do grupo de economias avançadas. Essa é uma das conclusões do Comunicado do Ipea n° 46 Análise e recomendações para as políticas públicas de massificação de acesso à internet em banda larga, divulgado na segunda-feira, 26.
O estudo feito pela Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais, de Inovação, Regulação e Infraestrutura (Diset), alerta que a União Internacional das Telecomunicações (UIT), órgão da ONU para o setor, classificou o Brasil em 60° lugar em 2009, enquanto a Argentina situou-se em 49º, a Rússia em 48º e a Grécia em 30º lugar. O índice utilizado na classificação refere-se ao comportamento de 11 indicadores do setor internacionalmente comparados.
Um dos problemas alarmantes do Brasil é o gasto médio com banda larga, que, em 2009, equivalia, proporcionalmente, a 4,58% da renda mensal per capita, enquanto na Rússia esse índice era de menos da metade: 1,68%. Já nos países desenvolvidos, essa mesma relação situa-se em torno de 0,5%, ou seja, quase dez vezes menor que no Brasil.
Outro desafio é que, mesmo sujeita a livre concorrência, a oferta do acesso à banda larga é exageradamente concentrada no País. O baixo nível de competição explica, em parte, o elevado preço do serviço e a baixa densidade. A velocidade de acesso também preocupa, pois em 54% dos domicílios com banda larga a velocidade é predominantemente menor ou igual a 1 Mbps.
O técnico Luis Cláudio Kubota apresentou sugestões de políticas públicas para mudar esse quadro. Segundo ele, é preciso aumentar a competição e só a redução dos tributos não vai resolver. Seriam necessárias políticas regionais voltadas para municípios e principalmente para as áreas rurais, em que apenas 3,1% têm acesso à banda larga.
“As medidas regulatórias e sua efetiva implementação têm um papel importante na redução do gap de mercado. Mas em países onde existe uma distribuição de renda muito desigual, como é o caso brasileiro, só esses mecanismos regulatórios não serão suficientes. É necessária a ação do governo em termos de incentivos e subsídios para a inclusão dessas camadas mais desfavorecidas e mais distantes dos grandes centros”, defendeu o pesquisador.
Veja os gráficos de apresentação do Comunicado
Fonte: http://agencia.ipea.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1089&Itemid=8
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quinta-feira, 6 de maio de 2010
A Crise Européia e uma Lembrança Distante
Quem viveu as décadas de 80 e 90 presenciou o Brasil sofrer com diversas crises financeiras e ir bater às portas do FMI. Tínhamos ódio daqueles senhores e senhoras que vinham ao país expor as condições de empréstimos - era como se a nossa soberania não valesse de nada. Fazíamos isto porque as contas públicas do país jamais fechavam e por isto nos endividávamos, buscando em organismos internacionais como o FMI ou instituições que formavam o Clube de Paris os subsídios necessários. Vivemos o período sob o signo do arrocho fiscal e da hiperinflação. Trocamos de moedas várias vezes e ainda por cima tivemos que reaprender a viver num regime democrático com todos os vícios trazidos de um longo período ditatorial. Com a tríade de governos Itamar-FHC-Lula, começamos a sair do fundo do poço, tendo sido necessário mais de vinte anos. O Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a valorização do salário mínimo, a orfeta de crédito, as políticas de inclusão social, o aumento do mercado interno e a diversificação dos parceiros comerciais, entre tantas outras medidas, transformaram o Brasil num país melhor. Agora vemos nossos irmãos europeus sofrerem com essas mesmas agruras, como no caso da Grécia e Irlanda, e ainda em menor grau, Portugal e Espanha. Passamos por situações semelhantes e sabemos quanto sofrimento esses ajustes trazem para a população. Só que agora estamos numa fase diferente, que nos permite olhar para o passado e contemplarmos esses fatos como uma lembrança distante, e que, Deus queira, jamais voltará. A seguir um excerto do Financial Times sobre a dívida da zona do euro e os temores que envolvem os mercados internacionais.
Temores da dívida da zona do euro se aprofundam
Do Financial Times
via Portal UOL.
Temores da dívida da zona do euro se aprofundam
Do Financial Times
via Portal UOL.
David Oakley, Victor Mallet e Michael Mackenzie*
Em Londres (Reino Unido), Madri (Espanha) e Nova York (EUA)
Os mercados globais caíram nesta terça-feira (04) com o crescimento dos temores de que a crise da dívida da zona do euro está se aprofundando, assim como com as preocupações com a saúde da economia chinesa.
Uma grande venda de papéis nos mercados asiáticos, acelerada na Europa e nos Estados Unidos, ocorreu devido à maior preocupação de que o pacote internacional de resgate à Grécia, no valor de 110 bilhões de euros, não seria suficiente para impedir o contágio a outros mercados de dívida da zona do euro.
O euro caiu ao ponto mais baixo em um ano frente ao dólar, as ações europeias caíram para o ponto mais baixo em dois meses, enquanto os mercados de títulos das economias mais fracas da zona do euro caíram, à medida que investidores preocupados buscavam vender.
Nick Chamie, estrategista da RBC Capital Markets, disse: “É uma grande venda. Está ocorrendo por todo o globo e quase em todas as classes de ativos”.
O índice Vix, um termômetro da volatilidade do mercado de equity, atingiu seu nível mais alto em 11 semanas, diante da conversa de que a Espanha estava buscando empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI) por causa da deterioração de suas finanças públicas.
José Luis Rodríguez Zapatero, o primeiro-ministro espanhol, negou furiosamente as sugestões de que a Espanha estava negociando um empréstimo de 280 bilhões de euros junto ao FMI como “insanidade completa”. O FMI também negou a negociação.
Falando de Bruxelas, Zapatero disse que era “simplesmente intolerável” que rumores como esse causem danos aos interesses da Espanha e possam aumentar o custo da tomada de dinheiro pelo Estado, por meio da emissão de títulos.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/fintimes/2010/05/05/temores-da-divida-da-zona-do-euro-se-aprofundam.jhtm
Uma grande venda de papéis nos mercados asiáticos, acelerada na Europa e nos Estados Unidos, ocorreu devido à maior preocupação de que o pacote internacional de resgate à Grécia, no valor de 110 bilhões de euros, não seria suficiente para impedir o contágio a outros mercados de dívida da zona do euro.
O euro caiu ao ponto mais baixo em um ano frente ao dólar, as ações europeias caíram para o ponto mais baixo em dois meses, enquanto os mercados de títulos das economias mais fracas da zona do euro caíram, à medida que investidores preocupados buscavam vender.
O índice Vix, um termômetro da volatilidade do mercado de equity, atingiu seu nível mais alto em 11 semanas, diante da conversa de que a Espanha estava buscando empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI) por causa da deterioração de suas finanças públicas.
José Luis Rodríguez Zapatero, o primeiro-ministro espanhol, negou furiosamente as sugestões de que a Espanha estava negociando um empréstimo de 280 bilhões de euros junto ao FMI como “insanidade completa”. O FMI também negou a negociação.
Falando de Bruxelas, Zapatero disse que era “simplesmente intolerável” que rumores como esse causem danos aos interesses da Espanha e possam aumentar o custo da tomada de dinheiro pelo Estado, por meio da emissão de títulos.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/fintimes/2010/05/05/temores-da-divida-da-zona-do-euro-se-aprofundam.jhtm
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Telebrás e a Banda Larga Brasileira.
Com a entrada do Estado como elemento indutor de desenvolvimento no setor a iniciativa privada, através das operadoras de telefonia, ameaçam entrar na Justiça contra o plano de banda larga do governo. Mas como conciliar interesses tão díspares, observando-se que o capital privado só vai onde dá lucro, com o menor gasto possível - ou que pelo menos dê lucro; e o Estado quer banda larga para, inclusive, os mais pobres? Há que se chegar a um bom termo, porque o "simples e bom" subsídio pode até garantir que as operadoras oferecem o serviço; o alcance deste serviço é que fica difícil de mensurar.
Da Reuters
Telebrás receberá R$3,2 bi para gerir plano de banda larga
Por Isabel Versiani e Bruno Peres
BRASÍLIA (Reuters) - O governo anunciou nesta quarta-feira o Plano Nacional da Banda Larga, com o qual pretende garantir a oferta de Internet de alta velocidade a 40 milhões de domicílios do país até 2014 tendo a Telebrás como gestora da espinha dorsal da rede de transmissão.
A estatal receberá uma capitalização de 3,22 bilhões de reais do Tesouro entre 2010 e 2014 para que possa montar sua rede de fibra ótica, informou a Casa Civil nesta quarta-feira. A ideia é que a distribuição do sinal da Internet do backbone às residências seja feita por empresas privadas.
"Efetivamente, a Telebrás está sendo reativada. É claro que dentro de uma modelagem própria, voltada e focada na questão da gestão da banda larga para fazer a gestão dessa rede física", disse a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra.
"O papel da Telebrás não é substituir ou limitar a iniciativa privada, de forma nenhuma. Ao contrário, o papel da Telebrás é usar a infraestrutura de que a União já dispõe para incentivar a iniciativa privada."
O governo prevê que a partir do quarto ano do lançamento do plano, as receitas da Telebrás já passem a cobrir seus custos com a nova rede.
Segundo a ministra, a empresa terá uma estrutura "enxuta" e atuará prioritariamente no atacado, "fornecendo insumo para que tanto empresas pequenas quanto empresas grandes possam prestar o serviço ao usuário final". No primeiro ano, a empresa deve operar com 60 funcionários.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que "se a iniciativa privada tiver condição de fazer a última milha e fizer isso bem conectado com o nosso plano, com os incentivos que o governo, ótimo. Se não fizer, nós vamos dar um jeito de fazer porque as pessoas têm que ter (acesso rápido à Web)."
A meta do governo é mais que triplicar o número de domicílios com acesso rápido à Web até 2014, atingindo uma marca próxima de 40 milhões de lares, acrescentou.
Estudo exibido pelo governo no lançamento do plano, em 2009 os preços de velocidades abaixo de 256 kbps variavam de 49 a 96 reais e o número de domicílios com banda larga era de cerca de 12 milhões.
Na BM&FBovespa, as ações preferenciais da Telebrás disparavam 30,5 por cento, para 2,61 reais, às 14h56. No mesmo horário, o principal índice da bolsa paulista, do qual a Telebrás não faz parte, subia 0,6 por cento.
PREÇOS
O plano prevê a oferta de banda larga a uma velocidade mínima de 512 Kbps, ao preço máximo de 35 reais já a partir de 2010, para algumas regiões. A intenção é que até 2014 essa taxa seja de 784 Kbps. O governo também pretende oferecer um plano ao preço de 15 reais, com velocidade de 512 Kbps, mas com limitação de download. Nesse caso, caberá aos próprios usuários a aquisição do modem, que terá desoneração de impostos.
Em 2010, o backbone nacional de 11.357 quilômetros, contemplará 16 capitais, incluindo Brasília, com ramificações em 100 cidades (backhaul). Até 2014, a abrangência do backbone será estendida a mais 10 capitais, alcançando 30.803 quilômetros e envolvendo redes de fibra ótica da Petrobras e de empresas da Eletrobras.
O plano prevê 785 milhões de reais em desonerações tributárias. Deste total, 770 milhões de reais diz respeito à desoneração de PIS e Cofins de modems, e o restante a reduções de Fust para pequenas e médias prestadoras e redução adicional do IPI para equipamentos de telecomunicações com tecnologia nacional.
Serão criadas linhas de crédito num total de 6,5 bilhões de reais para a aquisição de equipamentos de telecomunicações de tecnologia nacional com condições diferenciais e de 1 bilhão de reais para financiamento de micro, pequenos e médios prestadores de serviços de telecomunicações e lan houses (Cartão BNDES).
Fonte: http://br.reuters.com/article/internetNews/idBRSPE64401B20100505?sp=true
Da Reuters
Telebrás receberá R$3,2 bi para gerir plano de banda larga
Por Isabel Versiani e Bruno Peres
BRASÍLIA (Reuters) - O governo anunciou nesta quarta-feira o Plano Nacional da Banda Larga, com o qual pretende garantir a oferta de Internet de alta velocidade a 40 milhões de domicílios do país até 2014 tendo a Telebrás como gestora da espinha dorsal da rede de transmissão.
A estatal receberá uma capitalização de 3,22 bilhões de reais do Tesouro entre 2010 e 2014 para que possa montar sua rede de fibra ótica, informou a Casa Civil nesta quarta-feira. A ideia é que a distribuição do sinal da Internet do backbone às residências seja feita por empresas privadas.
"Efetivamente, a Telebrás está sendo reativada. É claro que dentro de uma modelagem própria, voltada e focada na questão da gestão da banda larga para fazer a gestão dessa rede física", disse a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra.
"O papel da Telebrás não é substituir ou limitar a iniciativa privada, de forma nenhuma. Ao contrário, o papel da Telebrás é usar a infraestrutura de que a União já dispõe para incentivar a iniciativa privada."
O governo prevê que a partir do quarto ano do lançamento do plano, as receitas da Telebrás já passem a cobrir seus custos com a nova rede.
Segundo a ministra, a empresa terá uma estrutura "enxuta" e atuará prioritariamente no atacado, "fornecendo insumo para que tanto empresas pequenas quanto empresas grandes possam prestar o serviço ao usuário final". No primeiro ano, a empresa deve operar com 60 funcionários.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que "se a iniciativa privada tiver condição de fazer a última milha e fizer isso bem conectado com o nosso plano, com os incentivos que o governo, ótimo. Se não fizer, nós vamos dar um jeito de fazer porque as pessoas têm que ter (acesso rápido à Web)."
A meta do governo é mais que triplicar o número de domicílios com acesso rápido à Web até 2014, atingindo uma marca próxima de 40 milhões de lares, acrescentou.
Estudo exibido pelo governo no lançamento do plano, em 2009 os preços de velocidades abaixo de 256 kbps variavam de 49 a 96 reais e o número de domicílios com banda larga era de cerca de 12 milhões.
Na BM&FBovespa, as ações preferenciais da Telebrás disparavam 30,5 por cento, para 2,61 reais, às 14h56. No mesmo horário, o principal índice da bolsa paulista, do qual a Telebrás não faz parte, subia 0,6 por cento.
PREÇOS
O plano prevê a oferta de banda larga a uma velocidade mínima de 512 Kbps, ao preço máximo de 35 reais já a partir de 2010, para algumas regiões. A intenção é que até 2014 essa taxa seja de 784 Kbps. O governo também pretende oferecer um plano ao preço de 15 reais, com velocidade de 512 Kbps, mas com limitação de download. Nesse caso, caberá aos próprios usuários a aquisição do modem, que terá desoneração de impostos.
Em 2010, o backbone nacional de 11.357 quilômetros, contemplará 16 capitais, incluindo Brasília, com ramificações em 100 cidades (backhaul). Até 2014, a abrangência do backbone será estendida a mais 10 capitais, alcançando 30.803 quilômetros e envolvendo redes de fibra ótica da Petrobras e de empresas da Eletrobras.
O plano prevê 785 milhões de reais em desonerações tributárias. Deste total, 770 milhões de reais diz respeito à desoneração de PIS e Cofins de modems, e o restante a reduções de Fust para pequenas e médias prestadoras e redução adicional do IPI para equipamentos de telecomunicações com tecnologia nacional.
Serão criadas linhas de crédito num total de 6,5 bilhões de reais para a aquisição de equipamentos de telecomunicações de tecnologia nacional com condições diferenciais e de 1 bilhão de reais para financiamento de micro, pequenos e médios prestadores de serviços de telecomunicações e lan houses (Cartão BNDES).
Fonte: http://br.reuters.com/article/internetNews/idBRSPE64401B20100505?sp=true
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quarta-feira, 5 de maio de 2010
Irã aceita mediação do Brasil em acordo nuclear com potências
Do Portal Terra
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, concordou "em princípio" com uma mediação do Brasil para ressuscitar um acordo apoiado pela ONU para a troca de combustível nuclear com potências mundiais, informou a agência de notícias semioficial iraniana Fars nesta quarta-feira.
As potências veem o acordo como uma forma de retirar boa parte do urânio de baixo enriquecimento do Irã, o que minimizaria o risco desse material ser usado para armas atômicas. Pelo acordo, o Irã receberia combustível especialmente processado para manter funcionando seu programa de medicina nuclear.
Mas a proposta tem encontrado dificuldades por conta da insistência do Irã de realizar a troca somente em seu território, em vez de enviar o material para o exterior primeiro.
"Em uma conversa por telefone com seu colega venezuelano, Ahmadinejad concordou em princípio com a mediação do Brasil no acordo de troca de combustível nuclear", disse a Fars, citando um comunicado divulgado pelo gabinete do presidente iraniano.
A ideia do acordo surgiu em negociações conduzidas em outubro do ano passado pelo órgão regulador de energia nuclear da ONU, que pedia que o Irã enviasse 1.200 kg de seu urânio de baixo enriquecimento - o suficiente para a fabricação de uma bomba se enriquecido no patamar necessário - para a França e para a Rússia, onde seria convertido em combustível para um reator de pesquisas em Teerã, que fabrica isótopos para o tratamento do câncer.
As potências se recusaram a reescrever o acordo para atender as exigências iranianas. Os Estados Unidos pressionam o Conselho de Segurança da ONU para apoiar uma quarta rodada de sanções internacionais contra o Irã nas próximas semanas. O objetivo é levar o Irã a reduzir suas atividades de enriquecimento de urânio.
O Irã afirma que seu programa de energia nuclear tem o único objetivo de gerar eletricidade, mas o fato de o país não declarar atividades atômicas sensíveis para a ONU e manter as restrições às inspeções das Nações Unidas tem diminuído a confiança no exterior.
Alguns membros não-permanentes do Conselho de Segurança, como Brasil e Turquia, tem buscado ressuscitar o acordo de troca de combustível na tentativa de evitar a imposição de novas sanções à República Islâmica.
O Brasil afirma ser favorável a ressuscitar o compromisso pelo qual o Irã exportaria seu urânio para outro país em troca do combustível nuclear que o país afirma ser necessário para manter seu reator em Teerã funcionando.
Não ficou claro se Ahmadinejad aceitou que a troca seja feita num terceiro país, o que representaria uma grande mudança na posição iraniana. "Ahmadinejad também disse que as questões técnicas devem ser discutidas em Teerã", disse a Fars.
Leia no Terra...
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, concordou "em princípio" com uma mediação do Brasil para ressuscitar um acordo apoiado pela ONU para a troca de combustível nuclear com potências mundiais, informou a agência de notícias semioficial iraniana Fars nesta quarta-feira.
As potências veem o acordo como uma forma de retirar boa parte do urânio de baixo enriquecimento do Irã, o que minimizaria o risco desse material ser usado para armas atômicas. Pelo acordo, o Irã receberia combustível especialmente processado para manter funcionando seu programa de medicina nuclear.
Mas a proposta tem encontrado dificuldades por conta da insistência do Irã de realizar a troca somente em seu território, em vez de enviar o material para o exterior primeiro.
"Em uma conversa por telefone com seu colega venezuelano, Ahmadinejad concordou em princípio com a mediação do Brasil no acordo de troca de combustível nuclear", disse a Fars, citando um comunicado divulgado pelo gabinete do presidente iraniano.
A ideia do acordo surgiu em negociações conduzidas em outubro do ano passado pelo órgão regulador de energia nuclear da ONU, que pedia que o Irã enviasse 1.200 kg de seu urânio de baixo enriquecimento - o suficiente para a fabricação de uma bomba se enriquecido no patamar necessário - para a França e para a Rússia, onde seria convertido em combustível para um reator de pesquisas em Teerã, que fabrica isótopos para o tratamento do câncer.
As potências se recusaram a reescrever o acordo para atender as exigências iranianas. Os Estados Unidos pressionam o Conselho de Segurança da ONU para apoiar uma quarta rodada de sanções internacionais contra o Irã nas próximas semanas. O objetivo é levar o Irã a reduzir suas atividades de enriquecimento de urânio.
O Irã afirma que seu programa de energia nuclear tem o único objetivo de gerar eletricidade, mas o fato de o país não declarar atividades atômicas sensíveis para a ONU e manter as restrições às inspeções das Nações Unidas tem diminuído a confiança no exterior.
Alguns membros não-permanentes do Conselho de Segurança, como Brasil e Turquia, tem buscado ressuscitar o acordo de troca de combustível na tentativa de evitar a imposição de novas sanções à República Islâmica.
O Brasil afirma ser favorável a ressuscitar o compromisso pelo qual o Irã exportaria seu urânio para outro país em troca do combustível nuclear que o país afirma ser necessário para manter seu reator em Teerã funcionando.
Não ficou claro se Ahmadinejad aceitou que a troca seja feita num terceiro país, o que representaria uma grande mudança na posição iraniana. "Ahmadinejad também disse que as questões técnicas devem ser discutidas em Teerã", disse a Fars.
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terça-feira, 4 de maio de 2010
Ópera Mundi: Protestos contra lei do Arizona revelam sociedade rachada nos EUA
Do Ópera Mundi
A ideia era fazer uma nova "Marcha sobre Washington", protesto que marcou a luta pelos direito dos negros nos Estados Unidos dos anos 1960. A recente lei de imigração do Arizona, que incita o racismo, e a apatia do governo Barack Obama em relação à reforma das leis de imigração mobilizaram dezenas de milhares de imigrantes hispânicos em diversas cidades norte-americanas no último sábado. Mas os protestos estão longe de fazer História. Em ano de eleições de deputados e senadores, parece que só mesmo um novo Martin Luther King poderia mudar a sorte dos imigrantes nos EUA.
"Será que é preciso lembrar aos republicanos e democratas mais uma vez que os hispânicos são a maior minoria nos EUA? Nem todos somos ilegais. Nós temos poder de voto", alerta o ativista Juan Ruiz, da Federação Latina da Grande Washington.
Durante os protestos, os imigrantes compararam a perseguição que vêm sofrendo com o nazismo alemão. Em Dallas, onde cerca de 10 mil pessoas participaram de uma passeata, as câmeras de TV flagraram cartazes em que a governadora do Arizona, Jan Brewer, era mostrada vestindo uniforme nazista e o Z do nome do estado aparecia em forma de suástica.
"Nós, latinos, somos os judeus do século XXI", comparou um imigrante.
De acordo com a lei SB-1070, qualquer pessoa suspeita de ser ilegal pode ser parada pela polícia do Arizona com uma pergunta que lembra a perseguição aos judeus na Alemanha dos anos 1930: "Cadê seus papéis?". Sancionada por Brewer no dia 23 do mês passado, a lei considera um crime estar ilegal dentro do estado do Arizona e promete punição também para quem der trabalho ou transporte para ilegais. Se nada for feito, a lei entrará em vigor no fim de julho.
No domingo, um dia depois dos protestos, peças-chave do governo Obama se manifestaram contra a lei, mas apenas quando provocadas pela imprensa. A Secretária de Estado, Hillary Clinton, comentou num programa de TV que a SB-1070 pode incitar o racismo e que o Arizona não tem o direito de passar por cima da legislação federal. Já a ex-governadora do Arizona e atual secretária de Segurança Nacional, Janet Napolitano, disse que já vetou esse tipo de lei e que a considera desnecessária, "porque a imigração ilegal está diminuindo no estado".
Obama, que criticou a lei no fim do mês passado, recebeu hoje uma carta do Senado Mexicano pedindo ação. "Esta lei vai contra os Direitos Humanos", escreveram os senadores mexicanos. Segundo o procurador-geral, Eric Holder, o Departamento de Justiça dos EUA pode recorrer à Justiça para impugná-la. Mas faltou dizer quando. Os imigrantes têm a esperança de que a visita do presidente mexicano, Felipe Calderon, a Washington nos dias 18 e 19 deste mês, traga resultados mais efetivos.
Enquanto isso, grupos ativistas tentam provocar uma onda de boicotes ao Arizona. Eles conseguiram que a companhia aérea Aeroméxico suspendesse seus voos para as cidades de Tucson e Phoenix. Agora aguardam uma resposta positiva para o pedido de suspensão no Arizona de jogos da Major League Baseball, cujos melhores jogadores são latinos.
Outros pedidos de boicotes estão sendo avaliados em inúmeras cidades norte-americanas. E, claro, mexicanas também. No site Facebook, uma comunidade chamada "Boicote comercial de sonorenses contra o Arizona por causa da SB-1070" reúne mais de 10 mil membros, a maioria formada por moradores do estado mexicano de Sonora que costumam fazer turismo e compras no Arizona.
Leia mais no Ópera Mundi...
A ideia era fazer uma nova "Marcha sobre Washington", protesto que marcou a luta pelos direito dos negros nos Estados Unidos dos anos 1960. A recente lei de imigração do Arizona, que incita o racismo, e a apatia do governo Barack Obama em relação à reforma das leis de imigração mobilizaram dezenas de milhares de imigrantes hispânicos em diversas cidades norte-americanas no último sábado. Mas os protestos estão longe de fazer História. Em ano de eleições de deputados e senadores, parece que só mesmo um novo Martin Luther King poderia mudar a sorte dos imigrantes nos EUA.
"Será que é preciso lembrar aos republicanos e democratas mais uma vez que os hispânicos são a maior minoria nos EUA? Nem todos somos ilegais. Nós temos poder de voto", alerta o ativista Juan Ruiz, da Federação Latina da Grande Washington.
Durante os protestos, os imigrantes compararam a perseguição que vêm sofrendo com o nazismo alemão. Em Dallas, onde cerca de 10 mil pessoas participaram de uma passeata, as câmeras de TV flagraram cartazes em que a governadora do Arizona, Jan Brewer, era mostrada vestindo uniforme nazista e o Z do nome do estado aparecia em forma de suástica.
"Nós, latinos, somos os judeus do século XXI", comparou um imigrante.
De acordo com a lei SB-1070, qualquer pessoa suspeita de ser ilegal pode ser parada pela polícia do Arizona com uma pergunta que lembra a perseguição aos judeus na Alemanha dos anos 1930: "Cadê seus papéis?". Sancionada por Brewer no dia 23 do mês passado, a lei considera um crime estar ilegal dentro do estado do Arizona e promete punição também para quem der trabalho ou transporte para ilegais. Se nada for feito, a lei entrará em vigor no fim de julho.
No domingo, um dia depois dos protestos, peças-chave do governo Obama se manifestaram contra a lei, mas apenas quando provocadas pela imprensa. A Secretária de Estado, Hillary Clinton, comentou num programa de TV que a SB-1070 pode incitar o racismo e que o Arizona não tem o direito de passar por cima da legislação federal. Já a ex-governadora do Arizona e atual secretária de Segurança Nacional, Janet Napolitano, disse que já vetou esse tipo de lei e que a considera desnecessária, "porque a imigração ilegal está diminuindo no estado".
Obama, que criticou a lei no fim do mês passado, recebeu hoje uma carta do Senado Mexicano pedindo ação. "Esta lei vai contra os Direitos Humanos", escreveram os senadores mexicanos. Segundo o procurador-geral, Eric Holder, o Departamento de Justiça dos EUA pode recorrer à Justiça para impugná-la. Mas faltou dizer quando. Os imigrantes têm a esperança de que a visita do presidente mexicano, Felipe Calderon, a Washington nos dias 18 e 19 deste mês, traga resultados mais efetivos.
Enquanto isso, grupos ativistas tentam provocar uma onda de boicotes ao Arizona. Eles conseguiram que a companhia aérea Aeroméxico suspendesse seus voos para as cidades de Tucson e Phoenix. Agora aguardam uma resposta positiva para o pedido de suspensão no Arizona de jogos da Major League Baseball, cujos melhores jogadores são latinos.
Outros pedidos de boicotes estão sendo avaliados em inúmeras cidades norte-americanas. E, claro, mexicanas também. No site Facebook, uma comunidade chamada "Boicote comercial de sonorenses contra o Arizona por causa da SB-1070" reúne mais de 10 mil membros, a maioria formada por moradores do estado mexicano de Sonora que costumam fazer turismo e compras no Arizona.
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Do Terra Magazine: Uma esponjinha versus a British Petroleum
Amália Safatle
De São Paulo
De São Paulo
- O que nós podemos fazer agora?? Quero ajudar, mas não sei como!
Este é dos comentários postados no site da ONG Greenpeace, sobre a notícia do desastre no Golfo do México, de responsabilidade da British Petroleum e sua fornecedora Deepwater Horizon, e que pode configurar a maior catástrofe ecológica da história dos Estados Unidos. Sem controle, o petróleo da plataforma que explodiu no dia 20 de abril, matando 11 pessoas, continua vazando no mar e alargando a mancha de óleo, cuja dimensão passa do equivalente ao território do estado de Sergipe. Os prejuízos, estimados na casa do bilhão de dólares, também alcançam a esfera política de Barack Obama e devem ser irreparáveis do ponto de vista biológico.
Os comentários são comoventes. Dá para sentir a sinceridade e o desprendimento com que muitos foram escritos. O que nós podemos fazer a agora? Ao escrever "nós", veja como o sujeito se inclui e se envolve com o problema causado por uma empresa de fora, em outro país, movida por outros interesses.
- Também gostaria de poder ajudar (...).Fiz um cursinho de Técnico em Meio Ambiente e qualquer coisa entrem em contato - escreveu um internauta.
- Se eu pudesse, iria com minha esponjinha lá e faria a minha parte! - disse outro. Alguns entraram em contato com a petrolífera britânica e receberam de volta um comunicado padrão e formal, para aumentar sua indignação.
Há quem recomende não comprar "produtos, ações ou qualquer coisa com que a BP esteja vinculada". São atitudes louváveis, mas que parecem um Davi diante do Golias de uma grande corporação que opera dentro de um imenso sistema econômico como o do petróleo. O poder do consumidor não é tão grande como se apregoa.
O que não quer dizer que ele não deva se mobilizar, ao contrário. Mas estar ciente de que, individualmente, poderá muito pouco. Organizar-se e articular-se em ações e movimentos coletivos é uma forma de ganhar musculatura e amplificar as vozes para poder entrar em páreo duro.
Pois não é nada fácil combater uma cadeia em cima da qual a economia mundial foi erigida, e da qual todos dependem. Uma forma de energia poluente, sujeita a graves acidentes, e para qual podem ser criadas alternativas menos impactantes, como outras fontes de energia e bioplástico.
Mas, em milhares de produtos e de quilômetros rodados, ainda está o petróleo, na forma de combustível ou insumo básico da indústria petroquímica, para nos servir. Ainda não há muitas alternativas para onde possamos correr.
Não faz tanto tempo assim, a Petrobrás foi a bola da vez, com seguidos acidentes terríveis na década de 90, mortes, derramamento de óleo. E está aí, darling do mercado financeiro, uma das empresas mais negociadas e valorizadas da Bolsa, grande patrocinadora de eventos culturais, forte anunciante de veículos de comunicação, com postos de gasolina por toda a parte e estrela do pujante plano que o governo acalenta em seus sonhos de pré-sal.
Na dúvida, não ultrapasse
Em meio ambiente, uma das ideias mais importantes é o chamado Princípio da Precaução. É o contrário do "pagar pra ver". Ou seja, para não incorrer em situações irremediáveis, evita-se o risco. Em vez de atravessar diretamente uma rodovia movimentada, usa-se a passarela, mesmo que o caminho seja mais tortuoso e trabalhoso.
Assim, se determinada área para exploração de petróleo é riquíssima em biodiversidade - e a vida for considerada como valor maior - a exploração deve ser evitada, ou feita em outro local. Se não se sabe exatamente o risco para o meio ambiente do uso de transgênicos, não se deve liberar o cultivo comercial antes de provas definitivas. Se são considerados importantes riscos sociais e ambientais na construção de uma hidrelétrica, de uma usina nuclear ou da transposição de um rio, devem-se procurar alternativas menos arriscadas para ofertar energia ou irrigar uma região.
Pode-se argumentar que o petróleo tem um valor enorme e justifica o risco, mas o que são barris que os EUA deixaram de importar perto da tragédia que ocorreu e os prejuízos de toda ordem, tangíveis ou intangíveis, quantificáveis ou não?
Acontece que o sistema econômico, na busca rápida e competitiva do lucro, busca o caminho mais curto: não anda até a passarela para atravessar a rodovia e provoca um acidente que afeta a todos. O consumidor, sem muita escolha em um sistema concentrado por poucas corporações, acaba por alimentá-lo ao usar seus produtos.
O acidente no Golfo do México expõe a fragilidade de um setor forte, poderoso, embora tenda a entrar em ocaso com a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e com o encarecimento da exploração, dada a diminuição da oferta em áreas de prospecção mais fácil. Mas ainda há controvérsias sobre a data em que o petróleo perderá seu brilho e deixará de ser o grande motor da atual civilização. Até lá, os riscos de toda a ordem continuarão existindo, e o cidadão deve se organizar para combatê-los, ou pelo menos para mostrar sua indignação.
Com perdas significativas no seu valor de mercado, a BP tem tratado de manter a imagem de empresa preocupada com a tragédia. Em sua homepage (www.bp.com) publica informações sobre o acidente e como a empresa tem respondido a ele.
No site da Deepwater, permanecem os dizeres: "Nossa visão de segurança é: nossas operações serão conduzidas em um ambiente de trabalho livre de incidentes - todo o tempo, em todo o lugar."
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4412751-EI6780,00-Uma+esponjinha+versus+a+British+Petroleum.html
Nassif: A Desconstrução dos Candidatos
Por aleXandre
O excelente Carlos Lindenberg jamais conseguiria emprego no eixo Folhaglobestadão:Do Jornal Hoje, de Belo Horizonte
Tem algo estranho nesta campanhaHá alguma coisa estranha nesta fase da pré-campanha eleitoral. A candidata do PT, Dilma Rousseff, fala uma coisa, e o que vai ao ar é outra. E o que ela não falou vira verdade. Já com o candidato José Serra, do PSDB, acontece o contrário. Ele comete uma gafe, e o que prevalece é a versão maquiada dessa gafe, quando todos correm a acudi-lo. Faz algum tempo, Dilma veio a Belo Horizonte e disse aqui que não via nada de estranho se alguém votasse nela e no governador Antonio Anastasia, até porque ninguém tem o controle do voto do eleitor. Ficou a versão de que Dilma defendeu, em Belo Horizonte, o voto ‘Dilmasia’, uma heresia para os seus críticos. Mas Dilma não defendeu o voto ‘Dilmasia’, brincou com ele e até disse que, talvez, ficasse melhor o ‘Anastadilma’. Uma brincadeira que foi transformada em verdade – e olha que, ao lado dela, estavam dois pretendentes do PT ao Palácio da Liberdade, que, se fosse verdade, seriam os primeiros a reagir.
Pois bem. Neste final de semana passado, o ex-governador José Serra estava em Santa Catarina, numa festa religiosa, e, ao falar sobre o tabagismo, talvez estimulado pelo ambiente, disse que o “fumante é um homem sem Deus”. Ah, pra quê! Antes mesmo que a bobagem dita pelo presidenciável caísse no conhecimento geral, correram todos – os mesmos que crucificaram Dilma – a explicar que não foi bem assim, que o ex-governador foi mal- interpretado e até providenciaram para os arautos mais fiéis uma degravação do que Serra teria dito. Duas bobagens, a rigor, tanto a de Serra como a Dilma, se verdadeiras. Mas aí o que não foi dito ficou como dito, e o que teria sido dito passou como não dito.
(...)
Leia mais no blog do Nassif
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domingo, 2 de maio de 2010
BBC Brasil: Milhares protestam nos EUA contra lei anti-imigração do Arizona
Dezenas de milhares de pessoas realizaram manifestações em mais de 70 cidades dos Estados Unidos, neste sábado, para protestar contra uma polêmica lei anti-imigração introduzida no Estado do Arizona.
O maior protesto ocorreu em Los Angeles, onde a cantora de origem cubana Gloria Estefan e o arcebispo Roger Mahoney lideraram uma marcha que contou com pelo menos 60 mil pessoas, a maioria de ascendência hispânica.
A nova lei prevê que a polícia do Arizona aborde e interrogue qualquer pessoa suspeita de estar no país ilegalmente.
Mas os manifestantes dizem que a legislação pode tornar alvos cidadãos de origem hispânica, além de inflamar a tensão racial.
Boicote
"É o direito de todo americano proteger o lugar onde vivem. Mas isso não lhes dá um motivo para impor uma lei que pode criar racismo e discriminação", disse Gloria Estefan à multidão reunida em Los Angeles.
Os manifestantes seguravam cartazes pedindo um boicote ao Arizona ou até com a imagem do governador republicano Jan Brewer como Adolf Hitler.
Muitos presentes acenavam a bandeira americana e outros gritavam frases pedindo a intervenção do presidente Barack Obama.
A nova legislação foi assinada no início de abril por Brewer, que disse que ela "protege todos os cidadãos americanos".
Aqueles que apoiam a lei dizem que ela ajudará a controlar a imigração ilegal no Arizona.
O Estado é o principal ponto de entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos e abriga cerca de 460 mil deles.
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