quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Mentes Colonizadas

Este episódio já foi bastante comentado na blogosfera. O filho do dono da Folha de São Paulo, ao receber o Presidente Lula para um almoço oferecido pela instituição, tratou-o de forma desrespeitosa, desqualificando-o por não saber falar inglês. O que retrata que parte de nossa elite tem uma mente colonizada, subdesenvolvida, incapaz de perceber a diferença entre um simples Presidente e um Estadista. O primeiro é um gerentão, que administra as coisas para o bem ou para o mal; o segundo vai além da mera adminstração dos negócios de Estado. Enxerga além, possui grande habilidade e tirocínio, sabedoria para tratar das coisas relativas ao bem estar da população, bem como das relações com outras nações. Lula fez isto sem falar inglês. E os que o antecederam? Estes que sabiam falar inglês e até outros idiomas? De fato o episódio carrega em si uma grande conotação de preconceito e orgulho por parte desses empresários de comunicação, que sempre estiveram atrelados ao poder, dele se beneficiando e influenciando, com o intuito de garantir seus próprios interesses. O povo? Ora o povo!

Do blog do Azenha


Otavinho, para Lula: “Como é que o senhor vai governar o Brasil se não fala inglês?”

Em comício no MS, Lula ataca diretor da ‘Folha de S. Paulo’
24 de agosto de 2010 • 23h33 • atualizado em 25 de agosto de 2010 às 02h30
Claudio Leal
Direto de Campo Grande (MS)
no Terra
No comício em Campo Grande (MS), na noite desta terça-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou o publisher da Folha de S. Paulo, Otávio Frias Filho, por um episódio ocorrido em 2002, quando foi cobrado, em almoço no jornal paulista, por não falar inglês. Em elevados decibéis, ao lado dos candidatos Dilma Rousseff e Zeca do PT, Lula criticou os que o viam como “cidadão de segunda classe ou verdadeiro vira-lata”.
“Me lembro como se fosse hoje, quando eu estava almoçando com a Folha de São Paulo. O diretor da Folha de São Paulo perguntou pra mim: “O senhor fala em inglês? Como é que o senhor vai governar o Brasil se o senhor não fala inglês?”… E eu falei pra ele: alguém já perguntou se Bill Clinton fala português? Eles achavam que o Bill Clinton não tinha obrigação de falar português!”, alvejou. A plateia o interrompeu, com gritos e aplausos. “Era eu, o subalterno, o colonizado, que tinha que falar inglês, e não Bill Clinton o português!”.
“Houve uma hora em que eu fiquei chateado e me levantei da mesa e falei: eu não vim aqui pra dar entrevista, eu vim aqui pra almoçar… Levantei, parei o almoço… E fui embora”, prosseguiu. “Quando terminou o meu mandato, Zeca… terminei sem precisar ter almoçado com nenhum jornal! Nunca faltei com o respeito com a imprensa… E vocês sabem o que já fizeram comigo…”, encerrou o presidente.

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