quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

FMI preve que o Brasil puxara crescimento da America Latina em 2010




Washington, 26 jan (EFE).- A força da recuperação da economia brasileira após a crise já em 2009, antes de muitos outros países da América Latina, é um dos fatores que contribuirão para o crescimento da região em 2010, disse nesta terça-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Segundo a entidade, a América Latina terá um ano melhor que o previsto, com crescimento de 3,7%, graças ao aumento da demanda interna e à aceleração econômica no resto do mundo.
Além disso, o FMI demonstrou aceitar os controles estatais sobre capitais, como os impostos criados pelo Governo brasileiro, em postura diferente do ceticismo inicial demonstrado pelo organismo em relação à utilidade deste tipo de medida.
De acordo com o fundo, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançará 4,7% neste ano, o que representa uma grande revisão em alta contra o índice de 3,5% previsto em outubro.
Em 2011, entretanto, a previsão é de que o crescimento da economia brasileira desacelerará devido em parte ao fim gradual das iniciativas de estímulo do Governo e ficará em 3,7% - ainda assim, 0,2 ponto percentual acima do cálculo anterior.
"A maior parte da América Latina se recupera bem, embora a uma taxa menor do que a Ásia", afirmou Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI, em entrevista coletiva.
A entidade também prevê que o crescimento latino-americano terá sustentação, dado que a demanda interna é "bastante enérgica", explicou Jörg Decressin, chefe de Estudos Econômicos Mundiais do departamento de análise do FMI.
A aceleração econômica no resto do mundo também ajudará a América Latina, já que poderá aumentar suas exportações, disse Decressin.
O FMI subiu sua previsão de crescimento para região em 0,8 ponto percentual para este ano. A taxa de 3,7%, entretanto, ainda fica abaixo dos 4,1% previstos pela Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Para 2011, o fundo prevê um crescimento de 3,8%, um décimo acima do cálculo de outubro.
Esses números estão muito atrás dos da Ásia, onde o crescimento da China voltará a bater nos dois dígitos, ao alcançar 10% neste ano, e a Índia avançará 7,7%.
O vigor da Ásia beneficia especialmente o Cone Sul, que é um importante fornecedor de matérias-primas.
Além do Brasil, outra economia que contribui para essa melhora na perspectiva de crescimento para 2010 é a do México, que finalmente deixou sua recessão profunda para trás, segundo o FMI.

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