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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Com Hipertensao, Lula nao vai a Davos
Com informacoes do Ultimo Segundo, Globo e BBC Brasil.
Lula passou mal após um jantar oferecido pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, no Palácio do Campo das Princesas. Já no avião, prestes a embarcar para a Suíca, seu médico, Cléber Ferreira, examinou o presidente e recomendou a internação, pois a pressão de Lula chegou a 18 por 12.
Segundo Ferreira, o presidente foi submetido a uma série de exames e, após receber medicação, sua pressão voltou ao normal, por volta das 3h (hora local, 4h em Brasília).
Em entrevista, Ferreira afirmou que a crise hipertensiva de Lula foi um caso atípico, que não condiz com o padrão de saúde do presidente. "Foi um quadro esporádico. Ele não é hipertenso e a pressão dele é absolutamente normal, sempre foi. Para uma pessoa na idade dele, a pressão dele é invejável: 11 por 8", afirmou. Lula tem 64 anos.
(...)
Em Davos, os organizadores do Fórum Econômico Mundial ainda estão decidindo como reagir à notícia da internação de Lula.
O ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, informou que o presidente será representado em Davos pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
(...)
DAVOS - (...)um dos gurus do encontro, o economista Nouriel Roubini - que em 2006 previu a crise financeira mundial - alertou na quarta-feira, na abertura do evento: o próximo presidente terá que fazer as reformas estruturais que Lula não fez se quiser levar o país mais longe.
- O tamanho do governo e da burocracia é muito grande. Há excessiva distorção em taxação e vocês precisam de investimentos em infraestrutura numa combinação de investimentos privados e públicos - disse Roubini, chamado de Dr. Apocalipse, por suas previsões pessimistas.
Para o economista, o Brasil precisa investir na qualificação de mão de obra e dar mais flexibilidade à economia:
- Dou crédito à Lula por ter conseguido macroestabilidade. Estou otimista em relação ao Brasil. Mas se quiser aumentar o potencial de crescimento, será preciso reformar a microeconomia. Vamos ver quem será o próximo presidente e se ele ou ela vai estar comprometido em acelerar reformas.
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