domingo, 17 de janeiro de 2010

Zilda Arns e a Pastoral da Crianca














Devo confessar,nao sem uma ponta de vergonha, que pouco sabia sobre Zilda Arns, Coordenadora da Pastoral da Crianca. Ja havia assistido alguma coisa na televisao sobre o trabalho desenvolvido pela instituicao, baseado, principalmente, na atuacao do voluntariado. Com a tragedia do Haiti e a morte da Dra. Zilda o tema ficou em evidencia e me fez buscar informacoes a respeito da Pastoral.
O que me chamou a atencao, alem da figura da Coordenadora e de sua atuacao, foi a questao do voluntariado, a dedicacao com que estas pessoas empreendem o trabalho de conscientizacao e de melhoria da vida dos mais carentes, com foco na crianca e na instrucao das maes e avos, como pecas centrais para o combate a mortalidade infantil. Sobre a instituicao, na Revista Habitus da UFRJ, no artigo "A Pastoral da Crianca enquanto Movimento Social: uma Analise de Redes e Identidades." (FRUTUOSO, José Roberto A.; MAIA, Juliana Lima. A Pastoral da Criança enquanto movimento social: uma análise de redes e identidades. Revista Habitus: revista eletrônica dos alunos de graduação em Ciências Sociais - IFCS/UFRJ, Rio de Janeiro, v. 7, n. 1, p.45-59, jul. 2009. Semestral. Disponível em: . Acesso em: 13 jul. 2009.), temos a seguinte definicao da instituicao:


Na reunião de 1982 das Organizações das Nações Unidas (ONU), numa conversa entre o diretor executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns surgiu a idéia de criar um projeto de proteção à criança no Brasil. Dom Paulo apresentou a idéia à sua irmã, a médica Zilda Arns Neumann, que, com o apoio do Arcebispo de Londrina, Dom Geraldo Magella Agnelo, fundou a Pastoral da Criança, organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1983, em Florestópolis, no Paraná. Nesta região os dados mostravam que morriam 127 crianças para cada mil nascidas vivas. Após um ano de trabalho da Pastoral, a cada mil nascimentos, morriam 28 crianças neste mesmo município[2]. Desde aquele ano o projeto desenvolveu-se para as regiões do Brasil com os maiores índices de miséria, principalmente, quanto à mortalidade infantil. No Distrito Federal, o Pastoral foi implementada em 1989, na região administrativa de Ceilândia[3].

Desde o início, o principal objetivo da organização é o acompanhamento integral de crianças desde a gestação até os seis anos de idade. A Pastoral é formada em sua maioria por voluntários (com exceção da coordenadoria nacional e estadual) que atualmente são 267 mil em todo o país[4]. A Pastoral atinge essas pessoas principalmente por uma atividade que desenvolvem esporadicamente, a “Casa Aberta”. Esta atividade é realizada no espaço físico da Paróquia ou na comunidade e tem como objetivo expor o seu trabalho e os seus resultados. As Paróquias, além disso, oferecem apoio quanto à divulgação e ampliação da participação de voluntários

Vale a pena sabermos mais a respeito de instituicoes como essas, do trabalho desenvolvido por suas liderancas e, se possivel,nos engajarmos em programas serios de voluntariado, como exercicio de uma nova cidadania, que envolva a caridade e a dedicacao aos que mais precisam.

Aqui um video documentario sobre o trabalho da Dra. Zilda e da Pastoral:



Para acessar o artigo da revista Habitus, clique aqui: Revista Habitus

E aqui para ir ao sitio da Pastoral: Pastoral da Crianca

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