
E inacreditavel nao se reconhecer que um bom projeto de estimulo e assistencia a agricultura familiar nao traga beneficios a sociedade, principalmente se envolver a criacao de cooperativas que reunam os diversos grupos familiares de producao agricola, fixando o homem ao campo e gerando renda. Isto chega a ser um mantra!
A sociedade brasileira muito pouco sabe deste aspecto de nossa agricultura, e quando ouvimos falar e apenas atraves de noticias superficiais dadas sob o vies de grupos economicos poderosos que nao guardam identidade ou interesses com a questao (na realidade guardam os seus proprios interesses).
Acredito que haja especo para todos e, assim como o "agrobusiness" tem seu relevante papel na economia brasileira, a agricultura familiar tambem, por alcancar o que aquele nao tem condicoes, por vocacao e por sua natureza.
O texto a seguir e do SBPC/Labjor:
Por Alessandra Pancetti
08/01/2010
Dentre as políticas públicas priorizadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) nos últimos anos, certamente o incentivo à agricultura familiar ganha destaque. Dentro dessa linha, em junho de 2009, o governo federal sancionou uma lei que estabelece que um mínimo de 30% dos recursos disponíveis para compra de alimentos da merenda escolar seja proveniente da agricultura familiar, priorizando assentamentos de reforma agrária e comunidades indígenas e quilombolas. Apesar disso, quem não é do meio rural desconhece a importância desse segmento, e especialistas apontam desafios que ainda precisam ser vencidos, como a distribuição de renda no campo e fixação do pequeno agricultor, a universalização do crédito e a transferência de tecnologia às propriedades familiares.
De uma forma geral, a parcela da população urbana é pouco informada sobre o papel da agricultura familiar em suas vidas, quais nichos ela vem ocupando, principalmente no abastecimento interno, e qual a sua importância social. Entretanto, dados do MDA indicam que 70% de alimentos consumidos no Brasil são provenientes da agricultura familiar, que participa de 9% do produto interno bruto (PIB) do país, ou seja, um terço do agronegócio brasileiro. Mesmo assim, especialistas acreditam que ainda existem muitos desafios a serem enfrentados para a preservação da agricultura familiar pelo país.
Para o professor Manoel Baltasar Baptista da Costa, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a agricultura familiar assume a importância fundamental de empregadora de uma considerável parcela da população rural. “A questão mais séria é a de geração e distribuição de ocupação e renda”, explica Baltasar. Além disso, segundo ele, em alguns países da Europa, a agricultura familiar é preservada inclusive na perspectiva cultural, e sua importância transcende fatores puramente econômicos. “Eu acho que não podemos ficar nesse reducionismo do lucro e da escala, mesmo porque essa agricultura do agronegócio está nos levando ao suicídio pelo processo de devastação”, opina.
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