sábado, 23 de janeiro de 2010

PAINEL INTERNACIONAL





Obama endurece a relação com os bancos após derrota em Massachusetts

Em Washington (EUA)A posição mais dura na regulamentação financeira, apresentada pelo presidente Barack Obama na quinta-feira, refletia a mudança no clima político, a recuperação das fortunas dos grandes bancos após serem resgatados pelos contribuintes e uma mudança no poder dentro do governo, com um distanciamento daqueles que eram vistos como mais solidários com Wall Street.

Ao pedir por novos limites ao tamanho dos grandes bancos e sua capacidade de fazer apostas de risco, Obama desferiu um golpe público em Wall Street pela terceira vez na semana, ressaltando o imperativo para que ele e seu partido adotem um tom mais populista, especialmente após a vitória republicana na terça-feira, na eleição para a cadeira no Senado em Massachusetts.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, participa de anúncio sobre novas regras para os bancos socorridos pelo governo ao lado do vice-presidente, Joe Biden

Ao anunciar suas propostas na quinta-feira na Casa Branca, Obama disse que se o setor financeiro quiser lutar a respeito das novas restrições, essa é uma luta que ele está pronto para travar.

A nova abordagem foi bem recebida pela equipe política da Casa Branca e pelo vice-presidente, Joe Biden, e apresentada por uma equipe econômica menos entusiasmada sob ordens de Obama.

Também foi uma vitória para Paul Volcker, o ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e consultor externo de Obama. Até quinta-feira, quando estava ao lado do presidente no anúncio da nova política pela Casa Branca, Volcker estava de fora do processo de tomada de decisão do governo. Ele expressava de forma cada vez mais pública a necessidade do governo de reprimir o que descrevia como o mesmo tipo de operações que a de um cassino por parte dos grandes bancos que quase destruíram o sistema financeiro.

Ao adotar a posição mais dura, Obama deixou de lado uma abordagem mais limitada à regulamentação que vinha sendo defendida desde o ano passado por sua equipe econômica, liderada pelo secretário do Tesouro, Timothy Geithner

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