Do Portal Uol
Assim que confirmar o nome tucano para concorrer à Presidência em outubro (possivelmente o governador de São Paulo, José Serra), uma das principais missões do PSDB será popularizar o candidato fora das regiões Sul e Sudeste. Os números indicam que a tarefa não será fácil, em especial no Nordeste.
Silvania Lima dos Santos e o marido José Carlos Barros acreditam que número de propagandas aumentou e mostram "avanços" em São Paulo
A cidade de Boca da Mata (68 km de Maceió) é tomada por parabólicas
Segundo pesquisa Datafolha realizada em dezembro de 2009, o Nordeste é a única região onde a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), está a frente de Serra na corrida presidencial: 31% x 28%. Outro dado da pesquisa aponta que o governador paulista é conhecido por 93% dos brasileiros, mas, no Nordeste, esse índice cai para 88% (menor índice do país).
Para "encurtar" a distância entre Serra e os eleitores do Nordeste, a popularização das antenas parabólicas se tornou um canal de comunicação relevante entre o governo paulista, comandando por Serra, e os eleitores da região. É que algumas emissoras retransmitem não apenas os programas das emissoras "cabeças de rede" de São Paulo para o Nordeste, mas também os comerciais institucionais do governo estadual.
Em entrevista ao UOL Notícias, o governador de Alagoas (único tucano a liderar um Estado no Nordeste), Teotônio Vilela Filho, afirma que "a parabólica ajuda" a popularizar o presidenciável José Serra em uma região dominada por petistas e aliados. O governador acredita que as propagandas do governo de São Paulo retransmitidas na região ajudam a "divulgar o talento de Serra como gestor" aos nordestinos. "Ele está fazendo em São Paulo uma administração prodigiosa. Quanto mais pessoas souberem do talento que ele tem como homem público, mais popular e mais querido ele será como candidato a presidente", declarou.
As parabólicas se tornaram um fenômeno no interior nordestino por conta da falta de emissoras locais. O sinal da parabólica chega a 22% dos domicílios nordestinos, atingindo cerca de 3,5 milhões de famílias. Os dados são do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação, com dados de 2008.
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