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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Nassif: O Jogo para conquistar Aécio
Do blog do Nassif
O jogo para colocar o Aécio Neves de vice de José Serra já transbordou para o ridículo. A última é que Aécio analisará as pesquisas em abril. Se Serra tiver decolado, ele aceitará a vice.
Ora, se Serra tiver decolado, Aécio será jogado ao mar. A pressão para que se candidate agora é para salvar uma candidatura ameaçada. E, se Serra naufragar, no dia 15 de novembro o PSDB cairá no colo de Aécio, colocando fim à fase FHC-Serra.
É esse o jogo por trás dessa movimentação toda para cooptar Aécio, na qual todas as armas estão sendo empregadas, desde as suposições fantasiosas do Estadão até o uso reiterado, por Serra, dos mesmíssimos blogueiros barras-pesadas para ataques contra o adversário-aliado.
Aliás, Serra não se emenda. O uso desses assassinos de reputação já lhe custou desgaste interno no próprio PSDB, pelas baixarias perpetradas contra Geraldo Alckmin, contra o Gabriel Chalitta e contra o próprio Aécio.
Do Estadão
Aécio espera pesquisas de abril para definir se aceita ser vice de Serra
Se avaliar que paulista sustenta dianteira, é provável que abrace a causa; do contrário, investirá na eleição mineira
Ana Paula Scinocca e Julia Duailibi
Cotado para ser vice na chapa do PSDB que disputará a Presidência, o governador mineiro, Aécio Neves, tomará uma decisão entre a abril e maio deste ano e, até essa data, pretende ponderar o desempenho de José Serra nas pesquisas de intenção de voto, dizem aliados. Se avaliar que o paulista sustenta a dianteira, é provável que abrace a causa. Do contrário, se dedicará à eleição em Minas.
Aécio diz que não está nos seus planos compor a vice. A cautela, no entanto, baseia-se no temor de que o favoritismo de Serra seja recall das eleições passadas e a tendência do governador seria perder espaço para os demais candidatos. Para os aliados de Aécio, ele não pretende entrar num projeto que, além de não ser seu, tem chances de derrota.
A cúpula do PSDB está convencida de que a chapa puro-sangue é a forma de vencer a candidatura governista da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). Ter um bom desempenho em Minas, dizem os caciques, seria a única forma de compensar a provável derrota no Nordeste. “Serra será candidato em qualquer circunstância, mas sabe que com Aécio a vitória fica mais próxima”, afirmou um líder do partido.
Mas, enquanto Aécio caminha cautelosamente e pondera as chances de vitória do projeto tucano, os caciques do PSDB avaliam que a união entre os governadores seria o ingrediente que falta para abrir uma dianteira maior entre Serra e Dilma. Parte do PSDB sustenta a avaliação de que a consolidação do nome da ministra junto ao eleitorado, o ambiente econômico e a alta popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva são fatores suficientes para Aécio decidir a favor da composição.
O governador de Minas vem repetindo publicamente de forma sistemática que pretende disputar o Senado e se dedicar à eleição de seu vice, Antonio Anastasia, no Estado. “No Nordeste a vantagem do PT é esmagadora, seja com qualquer candidato. Mas em uma chapa Serra-Aécio levaríamos vantagem nos maiores colégios eleitorais do País de maneira a equilibrar e até ficarmos com vantagem”, observou um importante líder dos tucanos. São Paulo e Minas são os dois maiores colégios eleitorais no País. No terceiro, o Estado do Rio, os tucanos acreditam também ter vantagem em relação ao PT, se tiverem na disputa “a dupla do Sudeste”.
“Há um compromisso no PSDB, inclusive do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de não tratar disso agora”, afirmou ontem o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), na tentativa de pôr um fim na discussão.
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