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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Terremoto no Haiti: segundo Cruz Vermelha, 3 milhoes de pessoas foram afetadas.
Cruz Vermelha diz que terremoto afetou até 3 milhões de pessoas
da Associated Press, em Genebra
da Folha Online
A Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV) estima que até 3 milhões de pessoas foram atingidas pelo terremoto devastador de 7 graus de magnitude que atingiu o Haiti nesta terça-feira. Ainda não há números do governo haitiano sobre mortos ou feridos, mas as autoridades locais temem que possam chegar aos milhares diante do estado de devastação. O Ministério de Defesa do Brasil confirma que ao menos quatro militares brasileiros morreram.
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O Ministério da Defesa do Brasil confirmou nesta quarta-feira que uma das instalações da ONU, denominada "Ponto Forte 22", um sobrado de três andares, desabou completamente. As tropas brasileiras passaram a madrugada procurando por colegas desaparecidos sob os escombros. O Ministério confirmou há pouco quatro soldados mortos.
O Brasil tem 1.266 militares na Força de Paz da ONU, a Minustah, dos quais 250 são da engenharia do Exército. Os militares já tiveram participação no socorro às vítimas dos furacões de 2004 e de 2008, que atingiram o Haiti.
A força foi trazida ao país depois de uma sangrenta rebelião em 2004, que seguiu décadas de violência e pobreza. A missão é liderada pelas tropas brasileiras.
Uma fonte militar, citada pela agência de notícias France Presse, disse que três soldados jordanianos da missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) morreram no terremoto e outros 21 ficaram feridos.
Eles foram identificados como os majores Atta Issa Hussein e Ashraf Ali Jayus e o cabo Raed Faraj Kal-Khawaldeh. A mesma fonte afirmou que nenhum dos 21 feridos corre risco de morte.
A imprensa estatal chinesa informou que pelo menos oito soldados chineses foram soterrados, e que outros dez estão desaparecidos.
O chanceler francês, Bernard Kouchner, afirmou em pronunciamento nesta quarta-feira que um dos funcionários da embaixada do país no Haiti ficou gravemente ferido.
Jornalistas da agência Associated Press descrevem danos graves e generalizados pelas ruas, onde sangue e corpos podem ser vistos. Segundo a agência, dezenas de milhares de pessoas estão desabrigadas. A rede de TV CNN informou que possui imagens de mortos pelas ruas da capital haitiana, mas que são muito fortes para exibição.
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Mesmo prédios importantes como o palácio presidencial e a sede da missão da ONU não resistiram e sofreram sérios danos. O subsecretário-geral para Operações de Paz da ONU, Alain Le Roy, disse em um comunicado divulgado em Nova York que a sede da missão sofreu graves danos, juntamente com outras instalações das Nações Unidas e que um grande número de pessoas que trabalham para a organização continuava desaparecido.
Há relatos de casas que caíram de barrancos e de um hotel de luxo que teria desabado, soterrando 200 pessoas. Repórteres e testemunhas relatam grande destruição e cenas sangrentas na capital, Porto Príncipe.
As comunicações foram em grande parte interrompidas, tornando impossível obter um quadro completo sobre os danos, enquanto vários tremores que se seguiram ao grande sismo continuaram a assustar a população do país, onde muitas construções são precárias. A eletricidade foi cortada em alguns lugares.
Os embaixadores do Haiti no México e nos Estados Unidos informaram que o presidente René Préval está vivo, apesar do colapso do palácio presidencial
"A situação é muito grave", especialmente nos bairros mais populares, disse Manuel durante uma entrevista coletiva de no Ministério das Relações Exteriores do México, após conversar com o vice-chanceler mexicano, Salvador Beltrán.
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