segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Ministros da zona do euro pressionarão Grécia por reformas





Por Jan Strupczewski

BRUXELAS (Reuters) - Ministros das Finanças da zona do euro vão pressionar novamente a Grécia na segunda-feira a cortar seu déficit público, na esperança de que possam evitar um pacote continental de ajuda ao país.

A previsão é de que os ministros não peçam à Grécia novas medidas fiscais até que seja concluída, em março, uma revisão da situação grega, mas é possível que a reunião de segunda-feira discuta passos adicionais que Atenas poderia dar se não obtiver progressos imediatos, disseram fontes.

Na quinta-feira, líderes europeus recomendaram à endividada Grécia que reduza seu déficit público de 12,7 por cento do PIB em 4 pontos percentuais, e que se empenhe em diminuí-lo até 2012 para o teto previsto na zona do euro de 3 por cento do PIB, o que Atenas promete fazer.

O recado será reiterado na segunda-feira pelos ministros de Finanças de vários dos 16 países que usam a moeda única europeia.

"Para 2010, a Grécia já tem compromissos em vigor. A Grécia deve simplesmente ser precisa sobre o que vai fazer", disse uma importante fonte da UE na semana passada. "Medidas adicionais são para 2011 e 2012."

Os dirigentes europeus esperam que o esforço grego, junto com a pressão do continente, baste para tranquilizar os mercados com relação ao peso da dívida e do déficit do país. Mas os líderes da UE se dizem dispostos a tomar medidas "determinadas e coordenadas" para salvaguardar a estabilidade financeira da zona do euro se for necessário.

A ideia é passar ao mercado de títulos e câmbio - onde aumentou a pressão sobre os papéis gregos e o euro se desvalorizou - de que Atenas não terá como declarar moratória e que a união monetária europeia não está ameaçada.

Mas não ficou claro quais medidas específicas a Europa poderia adotar para ajudar a Grécia, o que levou os mercados a verem com ainda mais desconfiança o país e a moeda única.

Em nota depois da cúpula da UE na semana passada, o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, lembrou que Atenas se comprometeu a fazer o que for necessário, "inclusive adotar medidas adicionais" para controlar o déficit.

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