E com a recente descoberta do pré-sal e a economia a todo vapor, vão fazer de tudo para a retomada deste poder. Com isto, passaram a trabalhar, agora sem rodeios, pelas ambições de seu candidato. Errado? Em termos. Um jornal ou revista pode declarar apoio a quem bem quiser, cabendo ao leitor decidir se vale a pena continuar comprando. Mas, e uma emissora de televisão? Por ser uma concessão pública pode fazê-lo? Esta é uma discussão.
A outra já parte do princípio anteriormente citado, de que tais meios já estão engajados na candidatura da oposição. Não é à toa que, em contrapartida as andanças de Lula e Dilma pelo país, colocam agora o Serra nos principais jornais televisivos, derrubando prédio, inaugurando maquete, declarando que vai ser candidato, etc. Ok, é o jogo politico do momento, e a grande mídia é um poder de fato neste país. Mas aí temos que questionar: se a mídia é engajada politicamente haverá espaços para a verdade ou para a honestidade na cobertura do que realmente acontece no Brasil? Haverá espaços para o debate franco e de alto nível sobre os avanços ou retrocessos do atual governo bem como das propostas da oposição? Infelizmente não. O que temos é um clima de torcidas onde a maior vítima é o serviço de bem informar. O preço a pagar é alto: a perda de credibilidade.
O que está valendo para estes atores é empreender um grande esforço para alavancar a candiatura oposicionista, observando-se as tendências e os números divulgados pelas úlitmas pesquisas de intenção de votos, não importando (como jamais importou) se existem melhoras ou não empreendidas pelo atual governo. Eles jamais dirão isto com todas as letras. No máximo vão reconhecer que a muntenção das políticas econômicas do governo anterior é que garantiram a fase de desenvolvimento que vivemos. E só! Aí o Lula usa uma de suas armas mais eficazes e que mais enervam os representantes desses meios: as metáforas. Uma de suas últimas foi ditada no 2º Salão Nacional dos Territórios Rurais — Territórios da Cidadania em Foco – , em Brasília, para definir como é que "eles" agem em relação a seu governo:
Uma vez eu parei numa padaria – Marisa ficou no carro, eu fui comprar um pão. Cheguei lá, pedi o pão e perguntei: ‘Quanto que é?’
O cidadão do caixa falou assim pra mim: ‘Nossa, você parece o Lula! A voz do Lula...’
E um cidadão, que estava atrás de mim, falou: ‘mas não é o Lula, porque eu conheço o Lula. O Lula é mais alto, é mais moreno’.
E eu ali, na frente de um cara querendo me conhecer, e o cidadão desaforado, atrás, dizendo: ‘Não é o Lula’.
Eu fui obrigado a pegar a minha identidade e mostrar pro companheiro: ‘Companheiro, eu sou o Lula’. E ele falou: ‘É, mas não parece’.
É assim que determinados setores da imprensa se comportam (...)
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