No tabuleiro de xadrez que é a política internacional, o lance agora é do Irã que apela para aliados regionais, como a China, a manutenção de posturas independentes em relação a pressões do Ocidente, liderado pelos EUA e Israel, que não vêem com bons olhos um país islâmico dominar o círculo do urânio, inclusive teconologia de lançamento de vetores com alcances cada vez maiores. Principalmente quando este país diz, por intermédio de seu representante, que quer varrer Israel do mapa e nega a existência do holocausto judeu na segunda guerra. Apesar de critérios compensatórios serem elementos importantes nestas relações, eles não são tão simples de se entender e, normalmente vêm combinados com outros fatores, que podem ser políticos e econômicos e aí, com relação à China, vai na conta dos EUA o apoio ao Tibet e a Taiwan e a crítica permanente à violação dos direitos humanos no país comunista. Não se pode esquecer que o Irã é fornecedor de petróleo para a China e uma peça importante para impedir uma presença mais efetiva dos EUA naquela região. Mas os EUA também têm seus alidados...
TEERÃ (Reuters) - O governo do Irã disse nesta terça-feira esperar que a China não ceda às pressões por novas sanções contra a República Islâmica por seu programa nuclear que os EUA e seus aliados esperam aprovar no Conselho de Segurança da ONU.
"A China é um grande país que goza de poder suficiente para tomar suas próprias decisões independentemente de ser pressionado pela América", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã Ramin Mehmanparast numa entrevista coletiva em Teerã.
"Claro que as nossas expectativas de um país tão grande... são que eles adotem suas políticas internacionais de forma independente e apenas observem seus próprios interesses nacionais", acrescentou o porta-voz, citando a relação próxima entre Irã e China.
O Ministério do Exterior da China disse no domingo que novas sanções contra o Irã não resolveriam o impasse sobre o programa nuclear do país, que o Ocidente afirma ter como propósito a construção de armas nucleares. Teerã alega que seu interesse é apenas gerar eletricidade.
Os Estados Unidos e outras potências ocidentais querem que a China aprove uma resolução da ONU impondo novas sanções ao Irã, que é um importante fornecedor de petróleo para a China. O governo de Pequim já demonstrou outras vezes ser contra as sanções.
O esboço de um documento proposto pelo Ocidente pede o bloqueio de mais contas iranianas no exterior, mas não inclui medidas contra as indústrias de petróleo e gás do país.
A China é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança de ONU que têm direito a de veto.
(Reportagem de Reza Derakhshi)
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