Por: Thais Leitão
Publicado em 22/02/2010, 12:25
Última atualização às 12:25
Rio de Janeiro - Pela segunda vez consecutiva, o país apresentou o melhor resultado entre os 11 acompanhados na Sondagem Econômica da América Latina. O Índice de Clima Econômico (ICE) da região subiu de 5,2 para 5,6 pontos entre outubro de 2009 e janeiro de 2010.
Divulgada nesta segunda-feira (22) pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com o Institute for Economic Research at the University of Munich (IFO), instituto alemão de pesquisas, a sondagem mostrou que a economia da América Latina manteve a trajetória de recuperação após a crise financeira internacional.
De acordo com o levantamento, para o conjunto de países da região, o ritmo de recuperação acompanha o da economia mundial, passado o período crítico da crise. O resultado ascendente foi puxado principalmente pela melhora das avaliações sobre a situação presente da economia.
Numa escola que varia de 1 a 9 pontos, o Índice de Situação Atual (ISA) passou de 3,3 para 4,0 pontos. Embora o avanço tenha sido considerado “expressivo”, o que ocorre pelo segundo trimestre consecutivo, o documento destaca que economia da região ainda não voltou à situação anterior à crise. Em junho de 2008, o ISA havia alcançado 5,7 pontos.
O Índice de Expectativas (IE) manteve o patamar observado no trimestre anterior, passando de 7,0 para 7,1 pontos, o que, segundo os técnicos dos institutos, sinaliza “otimismo dos especialistas com as economias da região durante o primeiro semestre de 2010”.
Na análise por países que compõem a região, o documento destaca que, além do Brasil, cujo ICE atingiu 7,8 pontos, quatro nações estão em fase de expansão econômica. Chile (7,4), Peru (7,3), Uruguai (7,0) e Argentina (5,3). O grupo formado por Bolívia, Colômbia, Equador, México e Paraguai está em fase de recuperação. A Venezuela (3,0) é o único país que permanece em recessão.
O Brasil também liderou o ranking das avaliações sobre a situação atual, tendo sido o único país com ISA superior a 7,0 pontos (7,7). Em seguida, aparecem Uruguai (6,3) e Chile (6,1). No quesito que mede as expectativas em relação aos próximos seis meses, dez dos 11 países apresentaram situação favorável. Os destaques foram Peru (8,8), Chile (8,6), Paraguai (8,3) e Colômbia (8,2).
A Sondagem Econômica da América Latina é um levantamento divulgado trimestralmente com o objetivo de monitorar e antecipar tendências econômicas. Para a pesquisa de janeiro de 2010 foram consultados 139 especialistas em 17 países.
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