Voltava do interior do Estado, neste último feriado de páscoa, encontrando um movimento intenso na estrada. Estrada duplicada, relativamente bem conservada, muito boa para os padrões brasileiros. Mas não tem jeito. Tem sempre aqueles que se inebriam pela ausência de fiscalização e "metem pé" no acelerador, ainda que tenha que fazê-lo pelo acostamento. E não são poucos! Quando um começa, lá vai o efeito manada a debandar tantos outros que não querem ficar para trás, com a fama de pouco "espertos". Não pensam no outro, não como cidadãos, que além de direitos têm responsabilidades. O risco inerente ao comportamento é justificável por termos sempre um "governo ladrão", que, por sinal, não fiscaliza devidamente. E assim cria-se uma têmpera no brasileiro que se infiltra por todos os setores da sociedade, o de levar vantagem em tudo. E como isto nos atrapalha e atrasa naquilo que podemos chamar de um projeto de sociedade mais justa e igual. Ainda precisaremos batalhar muito para nos livrarmos de tal estigma. Um exemplo interessante de como este comportamento torna-se intolerável é quando a desfaçatez passa a ser a tônica das relações de poder. Aí tem que ter alguém com coragem pra apontar o absurdo. Foi o que fez a deputada Cidinha Campos, na Assembléia do Rio de Janeiro.
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