segunda-feira, 19 de abril de 2010

Eleições 2010: A Pesquisa Datafolha, o jingle da Globo e o pastiche da Veja

Com a divulgação da última pesquisa Datafolha ficou claro que neste campo há resultados para todos os gostos. Mas com o advento da internet, nada ficará impune, ou pelo menos sob o véu da impermeabilidade. Verifica-se que o instituto, segundo o blog os amigos do presidente Lula apostou numa brutal mudança na distribuição geográgica da base amostral, com o número de cidades paulistas pesquisadas passando de 25 para 55 e o de bairros paulistanos passando  de 18 para 71, mantendo a mesma base amostral do Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Isto é no mínimo manipulação, sabendo-se que o Estado de São Paulo, apesar de ser o mais populoso da federação, passou a ter um maior percentual em face do aumento do seu peso no calculo estatístico para a pesquisa do Datafolha, e sabendo-se que lá é a base eleitoral de José Serra. Com isto a disparidade em relação aos demais institutos (pelo menos até agora). Em tese, todos os institutos poderiam fazer isto, o que demonstra como estas pesquisas, especificamente neste caso, estão servindo apenas para para impedir debandada de aliados, conseguir apoio de empresários, consolidar alianças com outros partidos, e manter a militância acordada.

O outro ponto é o jingle da Rede Globo apresentado no último domingo após o Fantástico, e que tem como slogan "nós queremos mais", uma "semelhança" com o slogan de campanha  do José Serra que é "O Brasil pode Mais", além, é claro, da alusão disfarçada ao número 45 (anos da Rede Globo = ao número do Serra). Quer dizer que a Globo quer mais educação e saúde? Interessante o que diz o Nassif sobre o assunto:
Endoidaram de vez. Pretendem reconquistar poder político para enfrentar os grandes grupos de comunicação que começam a chegar no Brasil. E o fazem em uma aposta de tudo-ou-nada, jogando fora a legitimidade perante parcela expressiva da opinião pública. Quem vai hastear bandeiras nacionalistas para defender esse acúmulo permanente de arrogância, de demonstração espúria de poder? Como uma organização desse tamanho não dispõe de um conselho de estrategistas capazes de apontar para essa crônica do desastre anunciado?


E aqui, como um "grand finale", uma amostra de como "eles" realmente perderam o senso do ridículo (claro, com a revista Veja):


E assim vai girando a roda das preferências "não declaradas", mas escancaradas, ainda que manipuladas, falseadas, disfarçadas. Como diria o Azenha: estamos diante da soma das campanhas de 1989 e 2006. Será que eles acham que a população não está atenta a tudo isto? Ou o brasileiro é gado a ser tocado na direção que eles quiserem?

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