sexta-feira, 23 de abril de 2010

E se fosse na Venezuela?

Diretor de TV é morto com tiro na cabeça em Honduras
Do Ópera Mundi

O jornalista hondurenho Georgino Orellana, de um canal de televisão de San Pedro Sula, foi assassinado ontem (21/4), em meio a uma onda de violência contra jornalistas que já custou a vida neste ano de sete profissionais.

Orellana, de 48 anos, recebeu um disparo na cabeça quando saía do trabalho depois de concluir um programa. "Sei que foi uma pessoa que o esperava embaixo de uns arbustos na saída do canal 5, onde trabalhava", disse o ministro de Segurança, Oscar Álvarez. Orellana trabalhava também como professor da Escola de Jornalismo da Universidade Nacional Autônoma.

Com este assassinato somam sete os repórteres de diversos meios mortos a bala neste ano em Honduras. As vítimas são Joseph Ochoa, do canal 51 de Tegucigalpa; David Meza, de Rádio O Pátio, na Ceiba; e José Bayardo Mairena e Víctor Manuel Juárez, de Rádio Súper 10, em Olancho. Também foram assassinados Nahum Palácios, da Televisão do Aguán, em Colón, e Luis Antonio Chévez, locutor da emissora W105, de San Pedro Sula.

"Não encontramos explicações, estamos na defensiva. Não temos palavras para manifestar o repúdio que sentimos", disse o presidente do Colégio de Jornalistas, Elán Reyes.

Até agora os crimes permanecem impunes e as autoridades não processaram nenhum dos autores materiais e intelectuais dos atentados contra o setor.

A diretora geral da Organização de Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, Irina Bokova, condenou os assassinatos e instou o governo a perseguir aos culpados. "Preocupam-me muito os ataques contra os jornalistas em Honduras", disse Bokova.

A situação se agravou após o golpe de Estado de 28 de junho, quando meios de imprensa foram fechados ou militarizados e vários jornalistas foram presos ou obrigados a abandonar o país.

http://www.operamundi.com.br/noticias_ver.php?idConteudo=3771

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