quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Contra Fatos nao ha Argumentos


Um colaborador mandou um texto provocador, comparando os governos FHC e Lula. Como nao consegui colocar a tabela dele em html, vai como icone do post (cliquem nela para ver ampliada). Por fim, trago uma abordagem feita no Blog do Nassif, tambem por um colaborador, levantando os erros do governo Lula. Vai logo depois. Tirem suas conclusoes:

Por GPS2

PARA SER ANALISADO ...
IMPRESSIONANTE O QUE UM TORNEIRO MECÂNICO FEZ...
BALANÇO BRASIL 2009

O ex-presidente FHC mandou um recado esta semana pela televisão ao Senhor Lula da Silva para que “trabalhasse mais, mentisse menos e não pensasse em terceiro mandato”. Com base em dados publicados pela imprensa, tomo a liberdade de fazer um pequeno balanço comparativo dos 8 anos do governo FHC com 7 anos do governo LULA.
Balanços comparativos são previstos na Lei das Sociedades Anônimas (art. 176).




Por Ninguem (do Blog do Nassif):
(...)
1. aceitar a China como economia de mercado, acreditando que ela apoiaria a legítima ambição brasileira de obter um assento permanente no Conselho de Segurança. Dificilmente a China aceitará um CS no qual o Japão seja membro permanente (Brasil e Japão estão no mesmo barco);

2. ser excessivamente conciliador, de um modo geral;

3. ser leniente em situações específicas que mereceriam maior assertividade: (i) afastamento e “exílio” do Paulo Lacerda e afastamento e possível exoneração do Protógenes; (ii) troca do ministro da Defesa (e foi colocar justamente quem? O Nelson Jobim?!) durante a “crise” fabricada pela mídia (o “Caosaéreo”); e (iii) não ter chamado Gilmar Mendes às falas por ocasião do grampo que não houve;

4. levar a reforma agrária em banho-maria;

5. não encaminhar ao Congresso legislação legalizando o aborto, o casamento de homossexuais e a descriminalização de todas as drogas atualmente consideradas ilegais;

6. ter firmado a recente Concordata com o Vaticano. Sou absolutamente contrário a qualquer tipo de ensino religioso – independentemente de credo – em escolas públicas. Se é para fazer proselitismo religioso, que isto seja feito na própria igreja, mesquita, sinagoga, templo ou que tais e não em escolas públicas. Ah, sim, e com dinheiro exclusivo dos seus respectivos fiéis. Por isso, acredito que o Executivo deveria propor legislação para acabar imediatamente com essa palhaçada de isenção fiscal para atividades religiosas. Por que eu, que sou ateu, sou obrigado a cobrir esse buraco criado por essas isenções?;

7. de um modo geral, acho que o governo federal, principalmente neste segundo mandato, deveria ter ousado mais, no sentido de efetivamente sedimentar os enormes avanços na distribuição de renda e resgate dos mais desassistidos. Ainda acredito que, em 2010, Lula irá, mais uma vez, nos surpreender positivamente;

8. o governo federal já poderia ter, há muito tempo, mandado o Meireles & Cia. para escanteio. Quem tem de efetivamente mandar no BACEN é o governo eleito; jamais seguidores da cartilha torta do mercado. Um artigo da Marilena Chauí, ainda pré-posse de 2003, cantava a bola: “quem manda é o governo eleito. O papel do tecnocrata é executar aquilo que o governo determina” (não necessariamente com essas palavras). Ainda nesta linha, acredito que o governo federal já poderia, desde o primeiro dia de governo, ter ordenado que o BB e a CEF baixassem radicalmente as taxas de juros cobradas nos empréstimos aos clientes, para forçar os bancos privados a diminuírem o spread, que, no Brasil, é obsceno;

9. Lula, aparentemente, aceitou a imposição de condições (temas sensíveis decididos por meio de voto qualificado) do Saad (Rede Bandeirantes de TV) para participar do CONFECON. Se isso realmente ocorreu, ele deveria ter mandado o Saad ir pastar; e

10. o Executivo deveria ter aproveitado a enorme popularidade, para forçar a votação da reforma política.

11. Tem mais, muito mais. Por exemplo, acabar com essa palhaçada que são as agências reguladoras, que regulam o modo como os consumidores podem ser legalmente explorados; rever detalhadamente o modo como as “privatizações” foram feitas e, se for o caso, retomar sem indenização tudo aquilo que foi vendido a preço de banana (só os lucros absurdos que tiveram ao longo desses anos mais do que cobrem qualquer indenização).


Tirem suas conclusões.
Forte abraço.

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