quinta-feira, 12 de agosto de 2010

As Entrevistas do JN

O que podemos dizer dessas entrevistas? Houve tratamento diferenciado ou não? É possível apontar algo relevante para influenciar na definicção do voto de uma pessoa?
Sinceramente, não acredito que tenha servido para muita coisa. Ainda que tenham aliviado pro Serra - e aí ficou feio para a emissora que já não goza de tanto prestígio -, o tempo fez com que a abordagem dos assuntos fossem superficiais.
Sobre o tratamento, o Serra foi menos interrompido e bem mais poupado. Essa exposição da emissora revela o esforço que está sendo feito para tentar melhorar a performance do candidato que corre o risco de começar o guia eleitoral pelo menos 10 pontos atrás de Dilma Rousseff. E assim podemos dizer que a emissora tem candidato definindo.
É interessante observar que, na entrevista da Dilma, a tática foi de tirá-la do sério, com perguntas sobre se maltratava colegas de trabalho ou se seria tutelada (fantoche) pelo Lula. O Bonner foi mais agressivo e a interrompeu constantemente. Com o Serra foi diferente. Ele teve tempo para divagar sobre as perguntas e muito pouco foi interrompido.
Um outro aspecto foi o do mensalão do PT, que esteve presente, tanto na entrevista da Marina, quanto na do Serra. Na deste último ficou a dívida sobre o mensalão mineiro e do DEM no Distrito Federal, bem como sobre a questão do José Roberto Arruda, que era o mais cotado para ser o vice do Serra na chapa presidencial.
Enfim, infelizmente deu a lógica. Era o que se esperava da emissora, não iria ser diferente disto. Vamos ver se este esforço todo vai dar algum resultado nas próximas pesquisas de intenção de voto. Acredito que não. Nem tanto pela capacidade de penetração do programa da emissora, mas pelo fato de que ele já não é tão relevante para definir o voto do cidadão brasileiro.

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