sábado, 16 de julho de 2011

A Crise da Divida Americana

Quem diria que veríamos os EUA as voltas com problemas de déficit publico destas proporções? E uma queda de braço entre Democratas e Republicanos, aqueles pelo aumento de impostos, e estes pelo corte de gastos públicos, onde, logicamente, os menos favorecidos sairão perdendo. Aumento de impostos para os mais ricos, nem pensar. Cortes no Medicare e Medicaid entre outros gastos públicos são defendidos com unhas e dentes pelos mercadistas e financistas. Provavelmente encontrarão um meio termo para este impasse, logicamente pendendo para o corte dos gastos públicos, mas o fato e que a economia americana so conseguiu gerar no ultimo mês 18 mil postos de trabalho. E muito pouco para o gigante. E um alerta suficiente para forçar, inclusive, cortes naquela que e considerada intrínseca na cultura dos americanos, a industria de guerra.

O texto a seguir e uma tradução livre do site Democracy Now, de uma pequena parte do artigo “U.S. Debt Default Looms as Talks Stall on Deficit Reduction: “We Are Playing with Fire””. O vídeo esta em inglês.



A discussão sobre um acordo de redução do déficit foi interrompida após cinco dias consecutivos de negociações entre republicanos e democratas. O objetivo e aumentar o teto da dívida americana para alem de US$ 14,3 trilhoes de dólares. Esta semana, a Standard and Poors se tornou a segunda das grandes agências de rating de crédito a colocar sob revisão a dívida dos EUA, citando um risco crescente de não pagamento. Os republicanos estão pressionando por cortes maciços de gastos, com muitos dos quais Obama se comprometeu, e os democratas dizem que querem aumentar os impostos sobre as empresas e famílias abastadas.

Legisladores dos EUA não conseguiram chegar a um acordo sobre a redução do déficit após cinco dias consecutivos de negociações. De acordo com assessores republicanos e democratas, o presidente Barack Obama concluiu as discussões quintas-feira, dizendo que ele quer um acordo no prazo de 24 a 36 horas. O presidente planeja uma entrevista coletiva para discutir a situação das negociações da dívida. As negociações até agora têm sido amargas, com legisladores republicanos culpando o presidente Barack Obama pelo impasse.

O Presidente da Câmara, o republicano John Boehner comentou: O fato é que os republicanos têm um plano. Apresentamos o nosso orçamento na primavera, delineando as nossas prioridades. Onde esta o plano do Presidente? Quando ele vai colocar suas cartas na mesa? Este aumento do limite de endividamento é um problema dele, e eu acho que é hora de ele levar o seu plano, colocando na mesa algo que o Congresso pode passar.

No começo das negociações, Boehner (Presidente da Câmara dos Deputados) disse que tinha chegado a um acordo com o presidente Barack Obama , mas depois recuou. Neste momento o Líder da Maioria, Eric Cantor, entrou em cena para levar as negociações. Os EUA devem elevar seu teto de endividamento de US$ 14,3 trilhoes para além 02 de agosto. Neste ínterim a Poors se tornou a segunda das grandes agências de classificação de crédito a colocar a dívida dos EUA sob revisão, citando um risco crescente de não pagamento. Outra agência de classificação, a Moodys, avisou um dia antes que poderia rebaixar a classificação da dívida americana.

Os republicanos estão pressionando por cortes de gastos maciços, e rejeitando pedido dos democratas para aumentar as receitas, em parte, aumentando os impostos sobre as empresas e famílias abastadas. Os líderes republicanos também começaram um debate interno sobre uma proposta da líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, sobre o aumento do limite da dívida, exigindo que o presidente Obama busque aprovação no Congresso para até US$ 2,5 trilhões em três parcelas. Os Republicanos dizem que o plano iria corroer a sua influência para garantir cortes nos gastos, enquanto os aliados dizem que pouparia os republicanos pela culpa de um padrão de crédito perigoso antes da eleições de 2012.

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