domingo, 16 de maio de 2010

Lula no Irã: EUA e a Grande Mídia Brasileira torcem contra.

Vai ser um prejuízo só para os falcões e a indústria bélica americanos. No mesmo sentido para a grande(?) mídia brasileira, que está alinhada a interesses estratégicos desta linha belicista, além, é claro, engajada na questão eleitoral brasileira. Como é que vai ficar se o Lula conseguir tal acordo? Numa primeira hora vai isolar os EUA no seu intuito de aplicar uma nova rodada de sanções ao Irã, preparando terreno para uma futura (e talvez não tão longe) invasão do país. Segundo, vai colocar os países europeus que se alinham automaticamente com os EUA numa saia justa, tendo que se justificar ao público interno do porquê de se envolverem em tal imbróglio, já que estão envolvidos numa recessão no próprio quintal. E ainda que o Lula não consiga, terá feito o seu papel de posicionar o Brasil como um interlocutor importante e de respeito no cenário internacional.

Do blog do Brizola Neto
Lula no Irã: EUA e PSDB morrem de medo de acordo


Só falta uma coisa para o final de semana se tornar infernal para os fundamentalistas de mercado do PSDB: é Lula conseguir fechar, hoje, em Teerã, um acordo com Ahmadinejad para resolver o impasse nuclear com o Irã. E os sinais são de que isso acontecerá. O Ministro das Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast disse no sábado que “são propícias” as condições para um acordo pelo qual o país aceite que o processo final de enriquecimento do urânio usado como combustível de usinas nucleares seja parcialmente realizado no exterior.

Lula não faria a declaração de que eram de 9,9 em dez as possibilidades de acordo se não houvesse um entendimento prévio. Desembarcou em Teerã para dizer o que é óbvio: o Brasil será fiador, perante o mundo, de um acordo que atenda à preocupação com o desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã mas, ao mesmo tempo, preserve o desenvolvimento tecnológico do país no setor.

Está evidente que a diplomacia brasileira trabalha um acordo que dê aos países europeus um motivo para tirarem o problema Irã de sua pauta de preocupações, já “lotada” por uma crise econômica que pode abalar até o projeto do Euro como moeda.

E que coloque os setores belicistas dos EUA numa posição de isolamento, se pretenderem seguir com o projeto de uma nova guerra da “coalizão” ocidental no Oriente. Governantes de tempos prósperos como Blair, Aznar e outros se afundaram com isso, em tempos prósperos. Os atuais, já sufocados pelos seus próprios problemas, estão loucos por uma saída.

Inshaa’Allaah, queria Deus, como dizem os árabes.

http://www.tijolaco.com/?p=14792

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